Era pra eu ter postado ESTE texto ontem – que postei no Faceboook até – e não o poema em questão, mas ai vai assim mesmo:
“A Alemanha continuaria como o principal centro da Física teórica e experimental, até início da década de 1930, quando muitos de seus cientistas (Hans Bethe, Otto Stern, Otto Hahn, Jack Steinberger) emigrariam para outros países da Europa e para os EUA, em fuga do regime nazista, ali implantado em 1933. A condição privilegiada de suas universidades (Berlim, Heidelberg, Göttingen, Munique, Frankfurt, Giessen) e dos seus laboratórios tornaria a Alemanha o incontestável foco irradiador das pesquisas dos fenômenos físicos, e para onde convergiam estudantes, professores e pesquisadores de várias partes do mundo. Sua liderança e sua influência eram reconhecidas internacionalmente. Boa parte do avanço teórico registrado nesse período teve a participação, exclusiva ou decisiva, de cientistas alemães (Planck, Einstein, Laue, Lenard, Stark, Born, Heisenberg, Hertz, Wien, Sommerfeld, Bothe, Hahn, Strassmann, Bethe, Franck), atuantes na Física quântica, na Relatividade e na Física nuclear. O alto nível da pesquisa continuaria, na Alemanha, no segundo período, como atestam as contribuições de Mössbauer, Jensen, Jensen, Von Klitzing, Ruska, Binning, Bednorz, Steinberger, Paul, todos agraciados com o Prêmio Nobel de Física no Pós-Guerra. A Sociedade Científica Kaiser Wilhelm se tornaria, depois da Guerra, no Instituto Max Planck, maior centro de pesquisa científica da Alemanha, e dos mais importantes do mundo.
(...) Planck, que recebera em 1918 o Prêmio Nobel de Física (PNF) por sua Teoria Quântica, assumiria, em 1930, a presidência da Sociedade Kaiser Wilhelm, principal instituição de pesquisa científica alemã, tendo a ela renunciado, em 1937, por graves divergências com o regime nazista, mas permaneceria no país durante toda a Guerra no intuito de preservar e resguardar a vida científica na Alemanha. Terminado o conflito, Planck seria reconduzido à presidência da Sociedade, a qual, em sua homenagem, hoje se chama Instituto Max Planck, um dos mais renomados centros científicos de pesquisa teórica.”
– Carlos Augusto de Proença Rosa, Física, In: ROSA, Carlos Augusto de Proença. História da ciência: a ciência e o triunfo do pensamento científico no mundo contemporâneo. Brasília: FUNAG, 2012.
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