Postagem em destaque

YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sábado, 19 de março de 2011

OUT OF THE CRADLE: ENDLESSLY ROCKIN!

Esta semana não me foi a melhor do mundo, mas tenho que admitir que me diverti bastante. Ontem tiveram umas coisas lá na UF que deu pra salvar o resto da “semana útil”.
Esta semana só assisti mesmo duas aulas (Entschuldigen Sie mir, Frau Steffen!): Prosa Germânica, ministrada por Herr Arnegger, e Compreensão e Produção Oral e Textual em Alemão, ministrada pela já citada Steffen. As outras, sinceramente, eu ‘tava sem culhões pra assistir! Herr Barroso, Frau Larissa e Frau Amaral que me desculpem, mas vocês ficam pra semana que vem!
Prosa Germânica (i.e.: PG). A matéria é do caralho, não posso duvidar. Mas agora a cobra vai fumar, porque Herr Arnegeer não vem mais de voadeira e sim com um Mjolnir na mão! E ele promete não ser o cara legal visto em Panorama da Literatura Germânica (1º semestre do ano passado) – aulas ministradas em língua alemã sem dó nem piedade. Segundas e quartas, das 07:30 às 09:10.
Compreensão e Produção Oral e Textual em Alemão (i.e.: CPOTA2). Frau Steffen é um amor de pessoa, mas agora ela veio com sua Coveleski* e não pretende deixar Titã sobre Titã. Falar e escrever tudo o que for possível em alemão. Pra quem foi com a maior má-vontade da face de Gaia, foi até uma grande surpresa eu ter metralhado e falado pra caralho na aula (e ter feito a pergunta que meio que quebrou as pernas da professora). Sextas-feiras, das 07:30 às 11:10.

Também começou o ÚLTIMO SEMESTRE do CURSO LIVRE! QUATRO horas de aula na SEXTA-FEIRA!
Eu dormi mal-para-caralho da quinta para a sexta e, depois daquela feijoada do poder lá do RU, eu praticamente pesquei mais da metade da aula. Foi só depois de eu ter feito uma pergunta sobre lingüística da língua alemã (não, não foi a mesma que fiz a Frau Steffen de manhã) que eu “acordei” de vez. Depois disso a aula transcorreu muito bem, diga-se logo. Vamos ver o que este semestre me reserva, ainda mais com Herr Sigurd Jennerjahn como professor e um “eu quero ser pego pra laranja” escrito com letras garrafais em néon no meio da minha testa!

Agora ‘bora farrear.
Lá fomos eu e Marco Antônio (tinha que ser!) comprar a primeira parte da bebida e toma-lhe-te cana! E olhe que ele ‘tava FUDIDO esta semana justamente por causa de bebida! Aconteceram umas coisas que não dá pra relatar aqui (mas que me deixaram muito do seu puto – namorada também serve pra isso, pra te deixar MUITO PUTO [e olha que eu gosto PRA CARALHO dela]). Sorte que a presença do pessoal compensou! Até o Jorge (sim, exatamente o do bar do Jorge – muito citado aqui em postagens do ano passado) deu as caras por lá! Depois, comprar mais bebida e tomar todas lá na Capela Universitária, toca cada um pro seu lado!
Tem uma coisa que eu ia comentar aqui sobre as presepadas não-contadas de ontem à noite, mas vou dar um post só pra isso antes do final do mês.


Conclusão da semana:
“A transição da literatura das tradições orais para a literatura escrita se deu de modo equivalentemente contrário ao abordado por Walter Benjamin em seu A Tarefa do Tradutor: da sonoridade para a mudez, criando assim o que Anatol Rosenfeld, em A Personagem de Ficção define como literaturaquaisquer palavras impressas em papel”.[Acreditem se quiser, eu cheguei à esta conclusão enquanto lia o artigo “A Tarefa do Tradutor” e Seu Duplo: a Teoria da Linguagem de Walter Benjamin como Teoria da Traduzibilidade, – da Susana Kampff Lages –, no ônibus indo à UFPA, terça-feira de manhã (sim, no dia do post sobre o álbum mais recente do Matanza, comentado em Matanza Strikes Back Again!)! Pensem na ressaca MONSTRO com que eu estava quando tive este insight. Como o Alan disse: “é do tipo de epifania que só acontece quando se está bêbado e/ou mais dormindo do que acordado e não tem como anotar”.]



PRA TERMINAR:
Lendo:
A Floresta do Suicídio. Arte de Gabriel Hernandez e roteiro de El Torres. Do IDW Studios (sim, o mesmo de Metal Gear Solid, Zumbis vs. Robôs e Silent Hill: Morrendo por Dentro – comentados em Mais Quadrinhos! Mais Quadrinhos!). Tinha que ser no Japão e sua maior taxa de índice de suicídios do mundo. Eu achei o primeiro número do caralho (como tudo que já li do IDW) e recomendo. Achei no Gibiscuits. Baixe o seu clicando AQUI!

A Literatura Alemã, de Erwin Theodor, de 1980. Editora da Universidade de São Paulo, 189 páginas. Apesar de ser meio velho, este livro tem uma linguagem bastante acessível, dando um bom panorama da literatura de língua alemã até o ano da publicação. O que dá raiva é que, lendo essa obra, chego à conclusão de que não temos “o” livro FODÃO de literatura de língua alemã da origem aos nossos dias em língua brasileira, como o Curso de Literatura Inglesa, do Jorge Luis Borges, comentado em Tuesday Wars [5].

O Tempo Aprazado, com poemas da escritora austríaca Ingeborg Bachmann selecionados e traduzidos por João Barrento (por Gaia, olha este sobrenome!) e Judite Berkemeier. Editora Assírio & Alvim, 1992, da série Gato Maltês, 110 páginas. A coisa mais legal de uma edição bilíngüe (como esta) é ver como a sintaxe muda completamente do texto original para o traduzido. Lendo ao pé da letra é uma coisa, sentindo o poema para poder traduzir se torna uma quase que completamente diferente, caso o/a tradutor/a tenha uma certa habilidade para não mudar a mensagem do texto. São poemas que questionam o “porque de ser” e o “porque de estar” de forma bem simbólica, pouca coisa é dita diretamente – essa é a grande vantagem de Frau Bachmann. ‘Tô pensando n’um ótimo motivo pra fazer meu TCC em cima de alguma coisa dela (mas já tenho um ótimo motivo contrário, que consiste em uma só palavra: “QUADRINHOS”). E, eu odeio ter que admitir isso, mas é lendo obras assim que me dá mais vontade de ser tradutor de textos científicos, porque se for de beletrística, eu ‘tô mais do que fudido!




Agora vou me arrumar pra ir à casa do Pitts jogar aquele RPG. Depois de uma semana dessas, eu mereço, né?

*ler a HQ I Kill Giants, de Joe Kelly e Joe Ken Nimura, também comentada em Mais Quadrinhos! Mais Quadrinhos! para mais detalhes sobre Coveleski.

sexta-feira, 18 de março de 2011

MAIS PERDIDOS ENCONTRADOS.............!

Achei este poema dentro do caderno que uso pro curso livre (primeira aula amanhã!). Sim, eu nem lembrava mais dele. É de FEVEREIRO DO ANO PASSADO. Como fazia uma cara que não postava nenhum poema completo aqui então...... Espero que vocês gostem!


[sem título]
LÁ, lá vamos nós de novo, vamos nos despedir de novo:
Sem olhares vazios...
Sem abraços sem sentido...
Sem sorrisos sem significado...
Lá, lá vamos nós
Viver as nossas vidas e indo cada um para seu lado:
Sem mais raiva...
Sem mais sofrimento...
Sem mais tristeza...
E os meus dedos despedaçados voltam a se recompor
E estarem como antes
De você aparecer e levantar vôo embora
Por escolha minha de abrir as mãos.
Agora, agora você vai cantar “bem-te-vi”, “bem-te-vi”
Em outro pomar
Enquanto outros rouxinóis vêm cantar para mim
E eu fecho os olhos
E só consigo escutar a sua melodia.
Quando chover, você lembrará de mim
Como eu lembro de você
Ao fazer sol e ao final de cada entardecer?
E nós, e nós nos despedimos outra vez
Desta vez...
Agora sem mais o mesmo carinho de antes...
O mesmo respeito...
Mas ainda querendo te beijar
Me controlando para não faze-lo...!
E, a partir de agora e de então,
Seremos especiais
Um para o outro
Mesmo
Mesmo que outros pássaros cantores
Estiverem cantando somente
Somente
somente aos nossos ouvidos

:: 02 de fevereiro de 2010 ::

quinta-feira, 17 de março de 2011

MATANZA – ODIOSA NATUREZA HUMANA – 2011

MATANZA
ODIOSA NATUREZA HUMANA2011

REMÉDIOS DEMAIS
Era pra frear e eu acelerei
Era só desviar, mas eu nem tentei
Passei por cima de seis

Mas eu me recordo que não fugi
Esperei até o socorro vir
Mas eu só lembro até aí

Porque eu tomo remédio demais
Porque eu sinto raiva demais
Tanto que eu não durmo mais
Já estou vendo o mal que isso faz

A polícia disse que eu reagi
E que eu tinha um rifle comigo ali
E abri fogo sem discutir

Mesmo que não faça o menor sentido
Por que de um ato tão desmedido
De nada mais eu duvido

Porque eu tomo remédio demais
Porque eu sinto raiva demais
Tanto que eu não durmo mais
Já estou vendo o mal que isso faz

Destruí uns dez carros no total
Sinto pelos caras que eu deixei mal
Já estive também no hospital

Desses que não deixam você sair
Mas que não impedem você de fugir
Ajuda saber dirigir

Mas me davam remédio demais
Por que eu sinto raiva demais
Tanto que eu não durmo mais
Já estou vendo o mal que isso faz

EM RESPEITO AO VÍCIO
Eu não gosto das coisas que eu vejo,
Meu maior desejo eu não sei qual seria.
Não penso em nada que eu queira
Além da primeira cerveja do dia.

Hoje eu tenho certeza que gosto muito mais do bar vazio,
Começo sentado na mesa mas sempre acabo no meio-fio.
Me sociabilizo até bem, mas sempre que posso evito,
Por que eu sei que o menor atrito pode um mecanismo acionar.

Melhor deixar como está por aqui
Pra não ter que contar com o destino
Eu não tiro a razão do assassino em vários casos que vi.

Mundo horrível, gente desprezível, a quem vou me justificar?
Tão difícil, em respeito ao vicio, deixar o conforto do bar.

Eu nao sei se o que eu penso está certo,
Ou se eu parto de um mal julgamento,
Pois metade do mundo eu não quero por perto,
E a outra metade eu lamento.

Eu nao fiz esse mundo ruim,
Mas talvez eu ajude a deixa-lo pior.
Devo ser um monstro sem dó,
Por que na verdade eu não tô nem ai.

Mundo horrivel gente desprezível, a quem vou me justificar?
Tão difícil, em respeito ao vício, deixar o conforto do bar.

ELA NÃO ME PERDOOU
Do buque de rosas que eu mandei pra ela hoje
Nenhuma única pétala ficou
Eu acho que ela ainda não me perdoou
Eu acho que ela não me perdoou

Então eu tive a grande idéia de uma serenata
Levei uma pedrada que quase me matou
Eu acho que ela ainda não me perdoou
Eu acho que ela não me perdoou

Eu não sei o que há de errado
Entender eu sei que não consigo
Se um dia eu for assassinado
Ela vai pro inferno comigo

Mulher difícil, que sacrifício
Fazei somente o que ela vos disser
Não tem parada, não é piada
Pra você ver o amor como é

Se a mulher que voce quer, não te quer mais
E você só foi perceber isso tarde demais
Tudo bem, pois não faz a menor diferença no fim
Eu tenho amigos que gostam de mim
Que não vão se importar se eu ficar com a garrafa de gim, só pra mim

ESCÁRNIO
Tudo brilha, tudo é lindo, e seus amigos são de ouro
Você sabe é um milhonario, um malandro poderoso
A bebida desse doce amacia o cigarro
A fumaça é perfumada, você manda no seu carro

O problema é que no fim vem a conta
O problema é que no fim tem que pagar
O que mata é que o garçom tem um tridente
E vai ter eternidade pra cobrar

Todos riem da piada que não tem nenhuma graça
O mal gosto te define, esculpido em carrara
Os problemas são dos outros
Só importa sua vida, o escárnio é seu comparça, falsidade é sua amiga

O problema é que no fim vem a conta
O problema é que no fim tem que pagar
O que mata é que o garçom tem um tridente
E vai ter eternidade pra cobrar

TUDO ERRADO
Que belo resultado, fico realmente impressionado
O jeito que o sujeito tem de fazer tudo errado
Sabe muito bem que não entende nada
Que não aprende, vai ficando diferente porque fez o dito xis
Fez o que bem quiz, menos o combinado, e não quer que eu fique irritado

Sabe que ta fazendo errado e vai fazendo mesmo assim
Sabe que ta ficando torto e que vai ficar ruim
Sabe que vai ficar por isso e todo compromisso pode deixar de lado
É mesmo um desafortunado, quem acha muito engraçado fazer tudo errado

Junto com o dinheiro posto fora, foi-se a paciencia embora
Já passou da sua hora de sumir daqui
Eu não quero mais que fique, não quero que se explique
Quero ver se me entende e saia já da minha frente
Porque não existe coisa mais nociva que o idiota de iniciativa

Sabe que ta fazendo errado e vai fazendo mesmo assim
Sabe que ta ficando torto e que vai ficar ruim
Sabe que vai ficar por isso e todo compromisso pode deixar de lado
É mesmo um desafortunado, quem acha muito engraçado fazer tudo errado

SACO CHEIO E MAU-HUMOR
Não me dei bem, eu não fui feliz
Não me arrependo do que eu fiz
Mas não foi nada do jeito que eu quis

Eu não gostei mas eu não morri
Eu demorei para digerir
O tempo gigantesco que perdi

Não penso mais
Pois nada traz
De volta o que se passou lá atrás

Se eu não prestar bem atenção
Se eu me deixar pela emoção
Eu vou ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

Se eu não quero, acaba aqui
Se eu não choro eu só posso rir
Pra não ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

Não me dei bem eu não foi feliz
Não me arrependo do que eu fiz
Mas não foi nada do jeito que eu quis

Eu não gostei mas eu não morri
Eu demorei para digerir
O tempo gigantesco que perdi

Não penso mais
Pois nada traz
De volta o que se passou lá atras

Se eu não prestar bem atenção
Se eu me deixar pela emoção
Eu vou ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

Se eu não quero, acaba aqui
Se eu não choro eu só posso rir
Pra não ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

ODIOSA NATUREZA HUMANA
Se todo mundo fosse embora
E só eu ficasse aqui
Eu teria nessa hora
Um bom motivo pra sorrir
Se tudo desaparecesse
E nao ficasse mais ninguém
Somente num dia desses
Eu passaria muito bem

Sonho que eu tenho por noites seguidas
Do mundo acabando num belo dia
Sem choro nem despedida
Mesmo porque ninguém se conhecia

Chame de misantropia ou como quiser
Mas você não me engana
Não perde quem desconfia
Culpa da nossa tão odiosa natureza humana

CARVÃO, ENXOFRE E SALITRE
Não faltam juízes que nos condenem
Como não faltam mandados de busca
Deixam claro o medo que sentem
Até nossa sombra os assusta

Só porque assaltamos seus bancos
Porque delapidamos seus bens
Porque nos explodimos as pontes
e descarrilamos seus trens

Só que não tem parede que nos separe
Não tem cadeia que nos segure
Não tem nenhum santo que nos perdoe
Nem diabo que nos ature

Nós somos como água suja que não há processo que filtre
Juntos somos carvão, enxofre e salitre
Juntos temos mãos sujas que não há confissão que absolva
Com pouca pressão, é natural que se exploda

Não tem rotina para o fugitivo
Não tem lugar totalmente seguro
Quem precisa lutar pra estar vivo
Enxerga melhor no escuro

O som de tantas mortes ecoa
Ao longo de tantos anos de luta
A munição que usamos é boa
E a boa vontade, bem curta

Só que não tem parede que nos separe
Não tem cadeia que nos segure
Não tem nenhum santo que nos perdoe
Nem diabo que nos ature

Nós somos como água suja que não há processo que filtre
Juntos somos carvão, enxofre e salitre
Juntos temos mãos sujas que não há confissão que absolva
Com pouca pressão, é natural que se exploda

AMIGO NENHUM
Eu acabei de chegar e já me arrependi
Eu tinha prometido que não voltaria mais aqui
Cai a noite é sempre tudo igual
Começa muito bem, mas acaba muito mal

Passa o tempo, passam gerações e só fica pior
Nessa esquina havia um bar onde jogavam poker de marujo e continua tudo sujo
Continua tudo realmente muito feio
Das lembraças que eu odeio as piores são as que trago daqui

Mil vezes maldita cidade, que infelicidade eu tive de ser mais um
Dos que aqui nasceram respirando perigo
Por isso aqui ninguém se faz de poucos amigos
Aqui ninguém tem amigo nenhum

É muito natural que eu não me sinta bem
Pois chove desgraçadamente desde que eu desci do trem
Complicado até pra caminhar
O vento é tão gelado que é dificil respirar

Sigo um labirinto que me leva de volta ao hotel
O meu quarto empoeirado continua exatamente no estado em que eu deixei
Até o vinho no carpete que eu derramei
Eu só agora eu vi que na verdade eu nunca sai daqui

Mil vezes maldita cidade, que infelicidade eu tive de ser mais um
Dos que aqui nasceram respirando perigo
Por isso aqui ninguém se faz de poucos amigos
Aqui ninguém tem amigo nenhum

CONFORME DISSERAM AS VOZES
Naquele dia comecei a ouvir as vozes
Que me falavam coisas sobre o meu destino
Do dia em que eu me tornaria de um sujeito ordinário
A um sistemático assassino

Eu esperei, conforme disseram as vozes
Pelo sinal do final do nosso tempo
E então passei pela mensagem revelada
Logo na entrada de um grande estacionamento

Não entendia direito todas as vozes
Mal compreendia qual era o objetivo
No entanto, tão rápido que se fala
Enchi o porta-malas do carro com os explosivos

Estacionei, conforme disseram as vozes
Na lateral, junto às portas do cinema
Senti pena pelos carros importados
Mas as vozes garantiram que valeria a pena

E de repente cessaram todas as vozes
Como se nunca tivessem existido
Alívio que seria memorável
Se eu não fosse o responsável por um shopping destruído

E desde então nunca mais ouvi as vozes,
Mas eu duvido que isso mude a minha sorte
O meu futuro é um pouco incerto
Daqui eu sigo direto para o corredor da morte

MELHOR SEM VOCÊ
Acordei sem lembrar o que fiz
Mas pedi pra ninguém me contar
Pela dor de cabeça, eu bebi muito mais do que o figado pôde aguentar

De ressaca eu me sinto feliz
De saber que eu não tenho onde ir
Eu não tenho ninguém esperando, não tenho mais relação pra discutir

Hoje as coisas são como devem ser
E você mesma pode ver
Que a minha vida vai bem melhor baby, sem você

Eu me sinto bem onde estou
Passando minhas férias no bar
Hoje a noite não sei onde vou, mas eu sei muito bem aonde vou parar

Mas não pense que é facil pra mim
Se ninguém me vê reclamar
Tudo o que é bom chega ao fim, sendo assim quem sou eu pra discordar

Hoje as coisas são como devem ser
E você mesma pode ver
Que a minha vida vai bem melhor, baby, sem você

De manhã é tudo agradável
À tarde eu começo a beber
A noite eu fico imprestavel, e não há mais nada que eu pense em fazer

A vida não segue um horário
Faz cada um seu caminho
Quem nasceu pra ser solitário, precisa de muito tempo sozinho

Hoje as coisas são como devem ser
E você mesma pode ver
Que a minha vida vai bem melhor, baby, sem você

A MENOR PACIÊNCIA
Não quero que perca seu tempo comigo, não sou amigo seu e não pretendo ser,
Não quero que perca seu dia, que me dando notícia que eu não quero saber
Não quero ser desagradável, mas não é razoável que me venha pedir
Que fique aqui ouvindo promessa, porque não me interessa o que será disso aqui

Eu não preciso que ninguém venha atormentar meu juízo
Eu não tenho mais a menor paciência pra isso
Eu não preciso que ninguém me de nenhum tipo de aviso
Eu não tenho mesmo a menor paciência pra isso

Não desça do seu aparelho, só pra me dar conselho que eu não vou seguir
Eu sei bem do que me condena, só que não vale a pena tentar corrigir
Não quero que se de ao trabalho, e se for necessário eu torno a dizer
Não se preocupe comigo, eu não sou amigo e não pretendo ser

Aqui eu moro sozinho, não tenho vizinho, até aqui, não tem caminho
Aqui eu vivo isolado, e muito bem, obrigado, não quero ser perturbado
Aqui eu passo tranquilo, longe de tudo aquilo que nunca fez meu estilo
Se alguém morar pra esses lados, o que eu não quero é ser importunado

Eu não preciso que ninguém venha atormentar meu juízo
Eu não tenho mais a menor paciência pra isso
Eu não preciso que ninguém me dê nenhum tipo de aviso
Eu não tenho mesmo a menor paciência pra isso

O BEBUM ACABADO
Que ninguém me cobre atitude, que ninguém me de lição de moral
Que ninguém fale da minha saúde, se volta e meia eu passo mal
Pois se o maior problema ainda fosse a minha desobediência cristã
Já que estou bebendo hoje, só vou parar depois de amanhã

Não penso mais sobre a vida, não mais me ocupo com Deus
A mim, basta a bebida, que serve a todos os problemas meus
Se só o conhaque me ouve, farei do chão do bar meu divã
Se eu estou bebendo hoje só vou parar depois de amanhã

Não me importo com a fama de bebum acabado
Não importa o tempo que ainda falta pro fim
Soube que sai mais uma vez carregado, e mesmo com a chuva eu dormi no jardim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim

Não faço mais amizades, não quero que saibam de mim
Se eu começar a falar sozinho, eu peço que me deixe assim
Não sei onde deixei as chaves, eu não sei onde parei a van
Se eu chegar em casa hoje, vou acordar depois de amanhã

Não me importo com a fama de bebum acabado
Não importa o tempo que ainda falta pro fim
Soube que sai mais de uma vez carregado, e mesmo com a chuva eu dormi no jardim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim

quarta-feira, 16 de março de 2011

MATANZA STRIKES BACK AGAIN!

Eu ia falar sobre o começo das aulas na UFPA e do aniversario do Jeanzinho, que rolou na casa dele ontem (e foi muito do seu fodástico, diga-se logo), mas, (in?!?)felizmente, tenho algo muitíssimo mais relevante a ser dito aqui:
O NOVO ÁLBUM DO MATANZA – ODIOSA NATUREZA HUMANA – É A COISA MAIS FILHADAPUTAMENTE FODÁSTICAMENTE DO CARALHO QUE EU JÁ OUVI DELES!!!!! CONSEGUE SER MAIS FODEROSO QUE O ANTERIOR, A ARTE DO INSULTO!!!!

Tracklist:
Remédios Demais
Em Respeito ao Vício
Ela Não me Perdoou
Escárnio
Tudo Errado
Saco Cheio e Mau-Humor
Odiosa Natureza Humana
Carvão, Enxofre e Salitre
Amigo Nenhum
Conforme Disseram as Vozes
Melhor Sem Você
A Menor Paciência
O Bebum Acabado

Novamente, as melhores e mais importantes filosofias que podem ser aplicadas diretamente à vida de gente como eu e de mais de 95% de todo mundo que bebe com a mesma freqüência que eu!
Ainda não escolhi as minhas favoritas (a faixa título é um clássico), mas com o tanto que vou escutar esse álbum, podem ter certeza que isso não vai demorar!
Em breve, todas as letras!

Só pra constar e antes que eu m’esqueça: Passe longe da fase do Justiceiro escrita pelo Rick Remender, desenhada pelo Roland Boschi e colorida pelo Dan Brown (não, não o d’O Código da Vinci), com capas de Mike McKone e Morry Hollowell. Cumé que o Joe Quesada PERMITE que UMA COISA DESSAS seja publicada? Se você não conhece o Justiceiro e está interessado, nem PENSE em ler. A não ser que seja fã hardcore do cara – tal como este que vos bloga – passe batido.
E pensar que essa merda vai ser publicada no Brasil na Universo Marvel. Triste e tenso...!


E quem precisa de felicidade quando se pode ouvir Matanza lendo o Justiceiro da fase Garth Ennis?
Eu, não.

segunda-feira, 14 de março de 2011

MALDITO BÊBADO SORTUDO FILHO DA PUTA MALDITO

“Tente conceber! Tente vislumbrar!
Que é tão igual quanto os que odeia!
Tudo isso vai mudar?”
– Dead Fish, “Tão Iguais”.


É isso.
Demorou pra caralho pra que eu chegasse à essa conclusão, mas cheguei.
Doeu pra caralho. Me neurou pra caralho. Me tirou o sono e a concentração e a paciência. Fiz de tudo para não chegar à ela, mas, no final, era tudo inevitável. E isso já me assombrava desde antes de chegar à universidade, ficar dias embaixo do lençol pensando nisso. Ou mesmo completamente angustiado pensando e fingindo estar tudo bem.

Sortudo.
É isso.
Maldito sortudo.
Maldito alcoólatra sortudo. Maldito alcoólatra sortudo filho da puta porco maldito.
As coisas acontecem por uma razão específica que eu já parei de pensar qual é e passei apenas a viver. e, no final, tudo isso leva a tudo isso novamente. Espiral do caralho.
Não dava pra chegar a conclusão oposta. Não depois de todas as cagadas que ando passando. Tem aquela merda do “Não importa o quanto você acha que está fudido, sempre vai encontrar alguém pior...!” (graaaaaande consolo), e eu SEMPRE encontro alguém mais fudido e em situação mais fudida. Eu deveria me sentir melhor? Eu deveria (eu acho), mas simplesmente não consigo. Eu simplesmente travo. Sim, tem os problemas para os quais estou é cagando e andando, mas têm umas coisas aí.

Pode ser muito egoísmo da minha parte dizer isso, mas aconteceram umas coisas comigo que me fizeram tomar conhecimento desta minha situação. Primeiro era só o sortudo. Depois os outros adjetivos. Não sei em que ordem (talvez não queira lembrar, foda-se), mas foram chegando. Se o pior cego é aquele que não quer ver, podem crer que sou o primeiro senão um dos primeiros hors-concours do ranking, de tanto que fechei os olhos e me acomodei para com esta situação mega-escrota. Agora sei/entendo* o que as gurias querem dizer quando dizem que ficam realmente surpresas/admiradas de um verdadeiro über escroto como eu ainda conseguir pegar mulher (mas minha realmente impressionante de capacidade conseguir CAGAR TUDO é realmente nada invejável – elas que o digam. Isso quando não consigo CAGAR a oportunidade de ficarmos juntos**, ou falando um turbilhão de asneiras e/ou simplesmente desaparecendo sem dar contato).

O pior, cambada, não é ter a plena consciência que tenho que mudar. O pior MESMO é NÃO TER CULHÕES para começar a mudar. Porque não adianta caralho nenhum fazer um plano de auto-ajuda e não ter coragem para botar em funcionamento. “Hoje ‘tô com a galera mas não vou beber”. “Hoje ‘tô com a galera mas não vou beber E nem fumar”. “Hoje não vou bater punheta”. “Hoje vou dormir mais cedo”. “Hoje não vou comer farinha”. “Hoje não vou falar palavrão”. E assim vai até fazer o programa completo. Cadê coragem? Cadê disposição?
E, puta que pariu, faz uma cara que desisti de mudar o mundo, porque faz uma cara que simplesmente deixei de lado a idéia de mudar a mim mesmo. “Primeiro a parte e depois o todo”.
Aí entra o fato de eu ficar puto com certos hábitos de terceiros. As famosas “frescuras” e “hipocrisias”, além dos(as) cheios(as) de não-me-toques. Dá vontade de esquartejar e empalar. E, olhando sob determinada ótica, eu não sou nada diferente deles. Não faça essa cara que eu sei que está fazendo agora. É verdade. Eu não sou melhor do que eles porque também tenho meus hábitos considerados, por muitos, repulsivos. Metralhadora de palavrões e de ofensas a nível sexual. Mulherengo convicto. Desrespeitador e escarnecedor dos considerados padrões de moral. Critico ferrenho de instituições. Inconseqüente. Alcoólatra. Preconceituoso. Rancoroso. Irascível. E isso é só o COMEÇO da minha lista.
Mas, acredito – eu posso estar errado! joguem tomates e tortas, se quiserem! – que minha vantagem (última e quase insignificante) é que admito meus defeitos a ponto de lista-los. Grande merda do caralho: saber listar seus próprios defeitos e não querer corrigi-los, mesmo tendo plena convicção de que lhe são tortuosamente nocivos. E então entramos em dois paradoxos: o criado por Clarice Lispector, quando diz que não se pode cancelar os defeitos por não saber qual sustenta a base da pessoa, e o por Robert Musil, em seu Der Mann ohne Eigenschaften (i.e.: O Homem sem Qualidades, de 1932-1933). Como ser louvável sem ter como ser louvável? As virtudes compensam os contras?
E se eu estiver errado quanto a tudo isso?


“Old habits die hard”
– Thaís Arns***, em seu finado fotolog



bis zu dem f*ckin neuen Post!

* saber e entender não são sinônimos de concordar e aceitar.
** vide o EPEL 2011. Via MSN, a guria disse que ficou supergamada em mim, mas que nem quis tentar porque, quando não me via apresentando trabalho, eu estava “só” prática e completamente BÊBADO! Ou seja...
*** eu falei muito dela em algumas postagens de fevereiro de 2009. Só não me perguntem quais.

sábado, 12 de março de 2011

ANTES DE SAIR

Antes de ir à casa do Muitas-Garras ir pegar o Mago: a Ascensão e o Guia da Tecnocracia pra poder ir à casa do Pitts jogar RPG, campanha de Engenheiros do Vácuo, ‘tô passando aqui pra dizer que ‘tô mais morto do que vivo e o que ando lendo.

Achei um site de downloads de Comics muito do caralho, chamado Cozinha do Inferno, onde só têm coisas de vigilantes da Marvel, como Demolidor (pasmem! tem A Queda de Murdock e O Homem Sem Medo, escritas pelo Miller COMPLETAS lá), Justiceiro (o que eu baixei do Humano mais Mal-encarado das Comics não é brincadeira [nota: foi numa dessas sagas que eu descobri MUITO POR ACASO que o Warren Ellis {The Authority, RED} escreveu durante um tempo o Doutor Estranho!muito*tenso*demais!]), Punho de Ferro, Luke Cage e o que mais me interessou a ponto de baixar todos os números que ‘tavam disponíveis: Alias.

Eu descobri Alias na finada Marvel MAX (que eu conheci quando o Edjan me emprestou em meados de 2003 pra 2004), que começou a ser publicada no Brasil pela Panini, atual detentora dos direitos da Marvel e da DC no Brasil, em setembro de 2003 e cancelada, após OITENTA E UMA edições, em maio de 2010 (foi justamente nesta revista que a Panini publicou o restante dos arcos que o Garth Ennis escreveu para o Justiceiro – ver Ennis vs. Rodrigues).
Não confunda com a série de TV do mesmo nome, estrelada pela Jennifer “Elektra” Garner. Esta série, criada pelo então roteirista-prodígio da Marvel, Brian Michael Bendis (sim, o principal cabeça pela Invasão Skrull, comentada aqui por alto em kein Titel zu dem Mittwochpost [6]), que fez um trabalho fodaço em Demolidor logo depois das fases do Joe Quesada (o editor-chefe da Casa das Idéias) e do Kevin Smith (sim, o diretor do Dogma e do Procura-se Amy, obrigatório para todos os fãs de HQ). A arte é de Michael Gaydos () e as cores de Matt Hollingsworth (que também trabalhou em Terra X, comentada aqui em Tons Escuros ou Mesmo Pálidos, de fevereiro do ano passado).
Super-resumo-resumido só pra te deixar com água na boca e ir baixar todos os números: Alias. Ou simplesmente Jessica Jones. Uma órfã que adquiriu os poderes da forma mais estranha possível, se tornou super-heroína conhecida como Safira (sem relação-referência com a vilã da DC, Safira Estrela, inimiga do Lanterna Verde) e depois de ter comido o pão que o diabo amassou nas mãos de um super-vilão super-filho-da-puta e, depois de mais um coma, decidiu abandonar a vida de uniformizada e se tornar detetive profissional – e aí que começam suas narrativas extremamente bem-contadas e bem-amarradas, fazendo de Bendis – junto ao Mark Millar na primeira fase d’Os Supremos – os melhores da Marvel na sua geração (mas isso não impediu que ele desse umas pisadas de bola federais).
Alias é FODA (inclusive quando dá uns lances/plots sobre a merda da maldita Invasão Skrull – Alias #08)! Você TEM que ler e simplesmente não dá pra não parar até terminar. Pena que ela foi incorporada ao 616 e saiu do MAX! O que não faltava nesta personagem era POTENCIAL e o Bendis soube explorar isso muito bem, fora que a dupla Gaydos-Hollingsworth contribuíram bastante para a climática das histórias.
Quando eu voltar, termino de ler as outras.
Baixe as suas diretamente do Cozinha do Inferno clicando AQUI!


A biritada no CAL ontem foi do caralho! Compensou inclusive eu ter dormido no último Curuçambá-UFPA do dia e acordado no final da linha! Sorte a minha que os caras me deram uma carona até o PAAR e o Bruno Chaves m’emprestou um capital para pagar um moto-táxi até aqui perto de casa.
Danke schön immerzu, Bruno!


“FELIZ ANIVERSÁRIO!!!” e “MUITAS FARRAS NA VIDA!!!”: para meus Irmãos-Lobos e Brothers of Rock and Roll LEANDRO OTÁVIO VIEIRA BRASIL, vulgo CADAVÉR, e RONALDO RIBEIRO MORAES!!!! Ontem foi aniversário do ARMANDO VIEIRA JÚNIOR!!!!!




Último final de semana das férias.

“Tudo isso será se pudermos perceber... que amar, viver, cantar, não será em vão.”
– Dead Fish, “Proprietários do Terceiro Mundo”, do álbum Afasia, de 2001.

sexta-feira, 11 de março de 2011

LUTO POR UMA HEROÍNA!

Luto pela minha placa de vídeo offboard que morreu ontem!
Descanse em paz e sou-lhe eternamente grato pelos serviços prestados!

O carnaval, apesar de todos pesares, foi muito do caralho! Graças à minha namorada, meine Mutter, aos meus Brothers-of-Alcohol-and-RPG (foi maus, Sonho-Desperto! Annie não deu eu ir à tua casa por motivos óbvios se me chamar de canoa, eu mando mesmo ir tomar no cu!!), e ao rock’n’roll que escutei intensamente.

Música-tema do carnaval (por motivos óbvios para nerds e RPGistas e todo mundo que ouve o bom e velho rock and roll [*espinhada tensa na Thaíse mode on*]): “Quatro Dias no Inferno” (para entender o porque desta música ser o tema do carnaval, baixar a música clicando aqui e a escutando), dos cearenses do Sociedade Armada, do debut deles, Tocar e Protestar, de 1999.

terça-feira, 8 de março de 2011

DIENSTAG! [05]

Terça-feira, 8 de Março de 2011
12:27:44

Como eu disse no Facebook ontem: “Só o Neil Young pra salvar meu playlist de carnaval”: Long May You Run, de 1976, American Star’' n Bars, de 1977 + Comes A Time, de 1978.



“Que horas são?
A cidade está em chamas”
– CPM22, “Cidade em Chamas”, do álbum Felicidade Instantânea, de 2005.


É terça-feira de carnaval, quase meio-dia e meia, acabei de tomar café e ‘tô pelado na frente do PC arrumando coragem pra tomar banho porque a água ‘tá fria pra caralho, digitando este post. Não tenho nem idéia do que fazer hoje, mas ainda vai ter a mesa de Garou a ser narrada pelo Sonho-Desperto e acho que isso vai salvar o meu dia. Uma semana sem posts, né? Desde FALEM at War*...

Tem muita coisa a ser dita, mas só as mais relevantes terão vez aqui.
RESUMINDO: Sábado fui à Icoaraci ver o pessoal e jogar um RPGzinho. Até ai, tudo bem. Depois toca pro supermercado comprar bebida e toca pra casa da Siljane Borges, da Velha Guarda do CEFET. Depois dum bom goró, *idéiadejericomodeon*: ‘BORA PRA COTIJUBA!
Toca de novo pro Lìder e compra as coisas pra levar e ‘bora – Jane, Elton, Pitts, Jess, Flávio, eu e mais amigos über-ripongos da Jan! Acabei comprando nada mais, nada menos do que escova + pasta de dentes, sabonete, café, papel higiênico, preservativo, bebida, biscoito, carne, etc. e estes itens de sobrevivência. A viagem foi do caralho! A pernada até o local de estadia foi do caralho, mesmo apesar do sol morto de tenso sobre nossas cabeças. Ok.
“Ok” e felicidade-de-pobre tem data de validade. Fato consumado. A chapa esquentou e toma-lhe-te briga de casal. “Mas que porra...?” Briga do caralho e discussão do caralho. ‘Cabou a putada e levanta acampamento de volta a Icoaraci. Viagem xoxa, todo mundo triste, azedo, puto da vida um com o outro. Na casa do Pitts, bebe toda a cerveja e come toda a carne que íamos comer lá no Cutelo. Mas, bem, cerveja + álcool + churrasco + Matanza SEMPRE foi e SEMPRE será uma EXCELENTE combinação.
Ah, é. Minha NAMORADA apareceu lá (errou muito feio quem disse que era a [nome censurado] ou mesmo a [nome censurado]). Ela se chama GEOVANNA e também é lá da UFPA. Sim, uma Irmã-de-Armas (ela é da mesma Habilitação que o Rob e o Muitas-Garras: Portugiesischsprach – Língua Portuguesa). Eu, real e definitivamente, tenho muita sorte porque, ultimamente, só arrumo namoradas inteligentes e excelentes companhias que sempre tem assunto pra conversar. Annie (sim, referência-mais-do-que-direta à canção do Bambix, do What’is In A Name, de 2000) não foge à regra. E o melhor: ela TAMBÉM usa óculos. Uhu! (Hum, e eu também achei ótimo ela ter conhecido o Pitts [e os pais dele], a Jess e o Flávio antes de outros caras do CEFET).
Ah, e teve uma “rockada” morta de escrota aqui perto de casa também. A vantagem é que eu vio gente que não via fazia uma cara, fora meus pariceiros do PAAR que vieram pros meus lados ver uma rockada também. Sempre é bom ver essas putas malditas, há, há, há.

ONTEM.....
Ontem, fui à casa do Glaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauber. Domingo foi aniversário dele, mas não deu pra ir à casa dos pais dele, mas ontem compensou que colocamos a conversa em dia sobre MUITOS assuntos. Fora que ele me arrumou umas coisas muitíssimo do caralho sobre informática e literatura cyberpunk. A última vez que eu o vi pessoalmente foi no último dia do Arrastão do Arraial do Pavulagem Junino do ano passado (4.07.2010 – comentado em Heute-War-Es...!, do mesmo dia). Fora isso, só MSN mesmo. Saudade é foda.
E eu vi/encontrei meine Herrfau Garou também. Ela veio aqui em casa e a apresentei para mamãe. Elas ficaram conversando um bom tempo enquanto eu lia umas coisas ainda pendentes. Passamos mais um tempo conversando sobre outros assuntos pendentes do dia anterior (vê-la tricotando com a Jess, no domingo, como se os assuntos não fosse acabar nunca foi tenso demais!). Claro que estar com ela novamente foi ótimo, não preciso nem dizer.


Acho que só vou postar isso e passar o resto do meu dia deitado. Ainda tem a mesa do Sonho-Desperto mais tarde e finalmente vou colocar meu Filho de Gaia Philodox estrategista de guerra em ação.
Senhoras e Senhores, Marcelino da Silveira Bachmann, Sorriso-do-Terror, Philodox Filho de Gaia Cliath do campo do Ataque Iminente.



“FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!” e “MUITAS FARRAS NA VIDA!!!!” para meu Irmão-Lobo ALBERT RICHARD MORAES LOPES!


Inté!

quarta-feira, 2 de março de 2011

FALEM AT WAR!*

Eu disse no post de ontem que ia falar de temas tensos que foram levantados no lançamento da Kamikazes lá em Bragança.

E tem o curso de Letras da Universidade Federal do Pará. E dentro deste, há os cursos de Letras Estrangeiras Modernas (que são: Alemão, Inglês, Espanhol e Francês). Se eu concordo como estes cursos são administrados e dirigidos? Vou responder como praticamente TODOS OS ALUNOS deste curso que têm alguma coisa na cabeça respondem a isso de forma veemente:
NÃO!

Cada vez mais a administração da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas está retirando do PP – Projeto Pedagógico – as disciplinas relacionadas à LITERATURA e LINGÜÍSTICA, com o intuito de dar maior direcionamento à maldita Licenciatura.
“COMO ASSIM, CARA PÁLIDA?!?”
Como assim retirando da grade as disciplinas relacionadas à Literatura e Lingüística, se A BASE do curso de Letras também tem como PILARES PRINCIPAIS a Literatura e Lingüística?!? Estudos diacrônicos e sincrônicos da língua que se fodam, né? Pelo visto...

Depois de tanto conversar com a galera (Harley, Tailson, Alan, Jean e Mayara), chegamos à três grandes conclusões coerentes/pertinentes/tensíssimas-para-caralho quanto a isso:

PRIMEIRA CONCLUSÃO: FALTA DE SENSO CRÍTICO
Ou seja, você não pensa se não tiver acesso ao que te faça pensar. É assim com a literatura, com o cinema e a música. Fato. Todos os idiomas da FALEM possuem representantes literários-musicais que são expoentes em suas áreas. Sem as matérias de Literatura, os alunos não vão ter como recusar o que está lhes sendo ministrado, pois não terão acesso às obras que se tornaram cânones das línguas que estão estudando e assim pensar em cima das mesmas. Sem as matérias de Lingüística, não saberão/conhecerão as (r)evoluções através da linguagem para que ela é o que é atualmente. Ou seja...

SEGUNDA CONCLUSÃO: FALTA DE CONHECIMENTO DA EVOLUÇÃO DOS IDIOMAS
Eu quero ver matérias como Língua Inglesa e Ensino do Uso da Língua vão explicar a evolução e desenvolvimento da língua inglesa desde Beowulf até Deuses Americanos; Língua Espanhola explicar de Dom Quixote até Negra espalda del tiempo; Língua Francesa explicar Cantilène de sainte Eulalie até L´Âge de Raison; Língua Alemã explicar a Bíblia traduzida para o Gótico até Nas Peles da Cebola. Lingüística e Literatura andam de mãos dadas, querendo os diretores da FALEM ou não. Neguinho já chega zerado elevado a dez no curso, vai sair zerado elevado a mil se não correr atrás. Como se não bastasse, os professores não incentivam os alunos a produzirem nada que seja da maldita Licenciatura. E depois não sabem porque não levam os cursos da FALEM a sério no resto do país.

TERCEIRA CONCLUSÃO: CURSO DE PEDAGOGIA COM LÍNGUA ESTRANGEIRA
É, negada, é isso mesmo que vocês leram. E o pior que isso está se tornando uma tendência nos cursos de Licenciatura da UF (mesmo considerando que Letras é a única Licenciatura da UFPA que NÃO TEM Bacharelado – bonito pra nossa cara, né?). Muito legal, né? Tanto que dá vontade de vomitar. Eu não sei se fico com nojo ou com raiva, ainda mais por não saber onde diabos esse pessoal quer chegar com essa idéia totalmente, no mínimo e na melhor das hipóteses, fudidamente retrograda. E a GRANDE IRONIA é que enchem a grade de disciplinas pedagógicas e na hora de fazer a prova do Mestrado da instituição, esta vem bombardeando com questões tremendamente violentas de LITERATURA e LINGÜÍSTICA. Muuuuuuuuuito legal, não? Provas de outras instituições então......

E estes são os “profissionais do futuro” que querem formar e que estão formando. E acham que isso é bom. Não que eu me importe com o que os outros vão pensar. Mas é o MEU CURSO e isso está acontecendo NA MINHA CASA! Como eu posso simplesmente ser impassível e sair cantando na chuva “quero mais é que se dane porque não é comigo que está acontecendo”. Oh, sim, não posso negar que estou muito feliz de isso não estar acontecendo comigo, TODAVIA não posso simplesmente não me importar com quem vem depois.
“Ah, vai pedir ajuda pro Centro Acadêmico do teu curso pra ver se eles podem ajudar”. Eles NÃO VÃO ajudar, estão tão preocupados com seus interesses próprios que não fá-lo-ão. E mesmo assim, mais da metade do CAL é de Língua Portuguesa – acreditam que não é problema deles porque simplesmente não os afeta (EU OS DESAFIO A ME PROVAR QUE EU ESTOU ERRADO!). DCE? Não me façam rir.

Estamos em guerra. Silenciosa. Mas ainda assim é guerra. E o que está em jogo é não somente a formação de futuros profissionais de Letras Estrangeiras, mas inclusive a credibilidade dos cursos frente a outros de mesmas habilitações país afora (“É esse o tipo de profissional em LE que a UFPA forma? sem ter conhecimento básico da lingüística e literatura da sua área? Tenha dó...”).
Eu temo, de todo meu coração, que os coordenadores só percebam isso quando for tarde demais e nada mais puder ser feito.




„Muter, gib’ mir Kraft!“
– Rammstein, „Mutter“, do álbum de mesmo nome, de 2001



* O título desta postagem é referência mais do que direta ao jogo de PC Star Wars: Empire at War, de 2006.

terça-feira, 1 de março de 2011

EPEL 2011: REPORTE!

E então que se volta vivo do Encontro Paraense de Estudantes de Letras de 2011. Sinceramente, eu gostaria muito de dizer que foi uma das melhores viagens da minha vida.
Não foi.

Eu amo meus amigos que estavam lá comigo, mas aconteceram umas presepadas TENSAS DEMAIS que complicaram bastante as coisas (umas delas provocadas por mim, diga-se logo).

Mas, em contrapartida e “pra equilibrar a Força” (e depois eu que sou meganerd, né, Jean?), eu conheci muito nego gente fina, de verdade. Gente que vai no meu coração pra sempre depois disso. Um grande „Heil, Heil!“ pra vocês todos!


24.Fevereiro.2011 – Quinta-feira.
É, eu fui de carro com o Tail, dormi na casa dele porque ia ser foda sair de madrugada de casa pra ir à dele pra enfim viajarmos. Viagem longa, negada. Falamos um moooooooooonte de coisas, mas volta e meia, ficávamos calados, procurando assunto porque não tinha mais. Nesse momento, eu digo que seria melhor mais gente ir conosco na caranga dele. (Ouvindo na viagem: Dido, The Offspring).
Na estrada, perguntamos “só” a Deus e ao mundo se estávamos MESMO no caminho certo para Bragança. Estávamos NEURADOS, achando que estávamos perdidos e/ou na estrada errada. Agora é engaçado – no momento, não era. Definitivamente.
Em Bragança. Primeiro fomos ao campus da UF de lá, mas no fim o credenciamento era no campo de concentração alojamento do pessoal que não era do município do evento (não sabíamos disso [que o credenciamento do evento era no alojamento do pessoal], penamos pra achar a UF perguntando, perguntando, achamos o campus e, lá, graças à duas filhas das cidade, achamos o alojamento). E, sim, foi ÓTIMO (re)ver todo o povo da UFPA. Era como se estivéssemos em casa. Foi do caralho e altamente confortante ver caras conhecidas e queridas. Uma grande reunião de matilha, há, há, há.
Eu não lembro o nome da escola onde ficamos alojados. Mas ver o pessoal reunido nas salas de aulas que improvisaram como quartos do jeito que estava, parecíamos mais um monte de desabrigados com casas destruídas por uma enchente, tornado, chuva, deslizamento de terra, etc, blá, blá, blá. Foda-se, era fila pra tudo: pegar comida, tomar banho, lavar louça (tema tenso que vou falar mais à frente). Como eu disse pro Alan: “agora acho que começo a ter uma idéia como os judeus se sentiam em Auschwitz”.
Almoço que é bom quando chegamos lá o caralho. Tivemos que apelar pra pão e salsicha e queijo prato, mais um refrigerante. Depois toma-lhe-te cigarro e álcool em cima (não, Tail não fuma, mas certamente não se pode dizer o mesmo de mim, do Jean, do Neutão, da Giselda, do Alan, do Muitas-Garras, do Charles, do Robson, do Rubens e da Suellany [adorei ter te conhecido]). Depois toca pr’um balneário doido aí que indicaram pra gente. De verdade. Eu lembro que cheguei lá e que agitei bastante. Depois teve um momento que acordei no chão do banheiro masculino do alojamento (que as mulheres também usavam porque tinha box e o delas não – acreditem, isso foi uma grande merda do caralho) com o chuveiro ligado na minha cabeça. “MAS QUE CARALHO EU ‘TÔ FAZENDO AQUI?!?” É isso que dá beber no primeiro dia como se não houvesse amanhã. Acordei à noite mesmo, completamente fudido e vivo no piloto automático.
Dormir foi uma coisa. Não que eu me incomode com gente roncando perto de mim porque eu também ronco pra caralho. Mas foi uma verdadeira corrida de motores – eu, Tail, Harley e Dred. Se eu me incomodo com o fato das pessoas ficarem putas da vida com isso? Você fica incomodado quando dá a descarga? Então...


25.Fevereiro.2011 – Sexta-feira.
Primeiro dia de apresentação do trabalho e estávamos a mil. Eu, Jean e Tail estávamos pilhados e ansiosos com aquilo tudo. Eu não via a hora da coisa começar. Conheci umas gurias de Portugiesischsprach e até que me entrosei marromenos com elas (Joanne, Edilaine, Nanda e Andréa). Falando a verdade, conheci gente pra caralho. Entretanto, poucos valiam a pena mesmo (Raimundo, Suelanny, Rafael, Gabrielly, estou falando com e de vocês).
Tem gente que eu via sempre zanzando lá pela UF mas não dava a mínima importância. Foi neste evento mesmo que descobri quem são (Camila, Cris e Fabíola, estou falando com vocês) e que são até legais e tratáveis (mesmo considerando o fato de que praticamente todo mundo é legal e tratável se eu for o ponto de referência). Sem comentários pra comida – viva o cartão de crédito.

O trabalho. A conversa do dia:
[rapaz que estava assistindo o trabalho]: Você acredita que eles existam?
[resposta do ministrante do trabalho]: Me desculpa. Você poderia repetir?
[rapaz que estava assistindo o trabalho]: Você acredita que o Homem-Aranha exista?
[resposta do ministrante do trabalho – i.e.: eu]: Hã-hã. Tanto que ele vai estar no próximo Partoba. Pode esperar.
(risadas gerais e o cretino só falta se enterrar)

Não dá pra reclamar do primeiro dia. Sério. Eu gostaria muito mas isso seria, no mínimo, uma tremenda falta de respeito primeiro com meus Irmãos de Matilha, depois com as pessoas que foram nos assistir e depois com a organização do evento (não pensem que não vou apedrejar vocês com bloquetes de concreto depois).
De quatro horas, foi pra duas. Não deu pra enrolar o pessoal como na SEMAL [*falta de assunto mode on*], mas foi um catatau de informações valendo na cabeça do povo. Eu só queria que eles fossem mais participativos e perguntassem mais e fizessem seus próprios comentários.
Mas valeu assim mesmo.

Poizé. Teve um “recital” de poesia. Eu tinha que participar! Vim até ao blog pra procurar alguma coisa pra recitar. Acabei achando um que escrevi bem antigo. “Estrutura” (que está em Vivendo de Passado). Uma menina recitou o dela (que eu nem sei se era o dela, pra falar a verdade) e eu recitei logo depois o meu. E, caralho, foi mais bem-recebido do que eu esperava, apesar de ser grandinho (e olha que eu escolheria o “Paredes Pintadas com Tristeza”, que é praticamente o dobro de “Estrutura” e muitíssimo mais tenso). E foi muito mais legal ainda, porque, pelo visto, não sei quanto a guria, mas dos caras, só eu recitei um poema de cunho próprio. E isso foi ótimo.

PORRA, EU IA ESQUECENDO! Como tinha gente pra caralho (UFPA e UEPA de vários campi), não tinha como lavar toda a louça na copa. Beleza. Grande idéia genial de jerico da coordenação (no sorry, Karina e Rubens): mandar o pessoal lavar numa torneira que tinha lá perto. VÃO SE FUDER ANTES QUE EU ME ESQUEÇA! O que tinha de gente que lava que nem a própria fuça (isso QUANDO lavava) não era nem o pior (mas não menos filha da puta, diga-se logo); o pior era quando deixavam a esponja CAIR NA VALA, passavam uma água e DEPOIS CONTINUAVAM LAVANDO COMO SE NÃO TIVESSE ACONTECIDO. Gaia e Odin e Deus que nos salvem e nos livrem dessas coisas. Eu quase tive um troço quando vi isso e o pessoal nem “tchum”.

[Fato tenso que DEVE ser relatado: de manhã, quando eu ia tomar banho, uma guria me parou e me deu o maior esporro sobre ficar bêbado, fazer merda e coisa e tal. Minha resposta: “Primeiro lugar: vai te fuder. Segundo: se eu quisesse ouvir um esporro desse, ficava em casa e ouvia da minha mãe, porque você falou tudo exatamente como ela fala sobre isso. Terceiro: nem fala mais comigo, só fala comigo se quiser transar comigo; senão, nem olha na minha cara”. Eu não a vi mais, parece que ela foi embora no mesmo dia ou depois. Foda-se.]


26.Fevereiro.2011 – Sábado.
Último dia de apresentação do que nos dispomos a ir. Eu sou um farrista e assumo pra quem quiser ouvir, mas quem me conhece BEM sabe que eu só fui a este evento porque meu trabalho foi escolhido. Senão ia ficar por aqui mesmo....
Lá fomos Tail e eu preparar a apostila da oficina pra passar pro pessoal. Estávamos quebrados devido Suzane (a muié do Muitas-Garras [que teve que ir embora no dia seguinte pra arcar com suas responsabilidades de professor de cursinho]) ter pedido pra ajudarmos a traduzir um resumo duma dissertação de mestrado pro inglês na noite anterior. Foi tenso demais, mas conseguimos resolver nosso probrema.
O cara da manhã foi uma merda. Minugado e miguelado pra caralho. Sorte que eu tava c’uma grana e paguei um completo muito do seu excelente depois de termos impresso a apostila-mater e ter mandado fotocopiado a mesma (a vadia da xérox ainda fez que nem a fuça escrota dela, ficou um caralho de escrota, chega deu vergonha passar aquilo pras pessoas) no campus da UF.

O segundo e último dia não seria na UF e sim numa escola que cedeu o espaço. O espaço não era ruim, sério. Mas deu uma cagada de última hora e tivemos que comprar uma extensão e um adaptador (tivemos que trocar em cima da hora porque o comprimento não dava – viva a nota fiscal), que no final acabaram nem sendo usados, todavia arrumaram um pra gente na tora em cima da hora lá, em cima da hora (Aline, eu te amo por isso).
Eu não esqueci o pen drive em cima da minha cama e o Tail teve que buscar pra podermos apresentar? Muita noobise extremeviolencepower from hell de minha parte, admito. Falta de auto-organização também não ajuda as coisas, a não ser a atrapalhar bastante. Sorte que eu já tinha um certo conhecimento do assunto a ser ministrado e isso ajudou em muito a gente enquanto o Tail fazia a missão final. O Jean ‘tava em modo automático, só passando os slides (eu também pesquei em muitos momentos, tanto que tive que sair da sala pra passar uma água no rosto depois que pesquei e quase caí em cima do Jean). O show foi mesmo do Tailson, que dissecou e explicou as partes mais importantes da apresentação.
Porém: o pessoal participou menos do que no dia anterior. Prefiro não pensar e não colocar nenhuma hipótese. Mas só de todos eles terem ido nos ver já compensou tudo. E eu não me lembro de ter dado desculpas tão sinceras a tantas pessoas de uma só vez. Foi muita gentileza da parte deles terem nos agüentado estes dois dias e não consigo... não conseguimos não ser-lhes menos do que imensuravelmente gratos – e nada menos do que isso – por causa disso.

No QG: Descansar porque ninguém é de ferro. Ainda ficamos zanzando por lá mas depois cada um pra sua cama e apagar. Deu uma cagada e eu acabei derrubando uma vodka que o Ricardo tinha comprado e acabei tendo que passar a minha pra ele (o safado acabou nem tomando tudo e me passando o resto – mas eu também tomei boa parte, mas quando que ia dar ponto sem nó!).
No colégio onde os trabalhos estavam sendo apresentados, teve o lançamento nº-não-sei-qual da revista do curso de Letras da UFPA, a Kamikazes. Nem todos os autores foram, mas os que estavam lá deram conta do recado: Guaxe (como editor da revista, ele tinha que estar lá, obviamente), Charlie, Mayara, Alan e Harley. Eles até levantaram uns temas muito importantes que serão levantados na próxima postagem QUE TODOS OS ALUNOS DAS LETRAS ESTRANGEIRAS DEVEM SE UNIR E SE LEVANTAR PARA LUTAR CONTRA!!!
Um pouco mais tarde, depois das nove, por aí (eu fui comprar mais birita com o Rob e com Tail – pensa na missão!!!), teve uma festa muito legal, duas bandas de rock tocaram, uma delas justamente o Nego Bode (ver XVIII SEMAL – Reporte do Encerramento, de 23 de outubro do ano passado), que poderia ter tocado mais SE o som estivesse ao agrado deles. A outra também foi legal, eles mandaram Foo Fighters (isso foi realmente do caralho!). Todo mundo agitou bastante – não sei quanto aos outros, e sim somente quanto aos meus. Teve até uma festa, TransEPEL, onde tinha mulher vestida de homem e homem vestido de mulher. Se eu me vesti de mulher? Nein, danke sehr. Não, muito obrigado. Mas me diverti MUITO vendo esse bando de filha da puta vestido de mulher (e valeu a viagem por ter visto o Mario-vestido-de-Puta-Aidética, o Dred de “Preciosa” [Carlos, nem te matando resolve! há, há, ha], o Robson-Puta-em-Glabro [essa foi, modéstia à parte, uma grande sacada de minha parte – ver informações sobre a forma Glabro em Lobisomem: O Apocalipse 3ª Edição, páginas 54 e 203-204], o Carlos-vestido-de-Amanda e a Amanda-vestida-de-Carlos [coitado do Alan que não sabia quem pegava, do jeito que ‘tava chapado!], o Ricardo-Puta-Fred-Flinstone e o Guaxe-Puta-Bróder). Não tem o filme Onde Vivem os Monstros? Lá era Onde vivem as BIBAS MONSTRO (muitos risos).
E...... Não lembro que horas apaguei. A última coisa que lembro que eram mais de três da manhã. É, Jean e Alan não tiveram nem como me carregar pro meu canto, tiveram que me arrastar mesmo, há, há, há. Tem como amar amigos desses?
(sim, teve uma parte escrota da festa: quando estava sentado n’uma mureta da quadra, o puto do Ricardo quase não me derruba?!? e ainda teve a cara de pau de dizer que foi só brincadeira!!! quase que meu coração sai pela boca! tive que beber mais ainda pra passar o susto...! tem gente que nem matando resolve...!)


27.Fevereiro.2011 – domingo.
Dia de picar a mula e botar o pé na estrada. Despedidas e mais despedidas e tem gente que far-me-á muitíssimoditoso se eu nunca mais ver em vida. Vai ter o EREL e vou ficar muito feliz se ver muitas caras novamente, ainda mais que vai ser EM CASA!
Como não tinha água no Q.G. e a família da Suzane é de Bragança, lá fomos ela + Maga-chan + eu tomar banho na casa dos avós dela. Voltando pro QG, acaba de arrumar as coisas, se despede da galera, tira as últimas fotos e se manda pro carro.
Tivemos que vir conversando (só quem não parecia estar nada a vontade com nossa conversa era a mãe da Suzane, Frau Zenalda, há, há, há) pra não cairmos no sono. Eu ainda dei umas cochiladas (das quais a Suzane me acordou), mas quem apagou mesmo e por um bom tempo foi Maga-chan. Bom pra ela.

Remetendo ao “Fator Parauapebas”: conviver com as pessoas é uma coisa, e morar com elas, nem que seja por um curto período de tempo é outra completamente diferente. É fato que não sou a pessoa de melhor convivência na face de Gaia, mas as coisas que eu vi e ouvi lá (inclusive as que participei como personagem)... vamos rir para não chorar e não matar ninguém no processo (oh, doch dass mir beiliegend), ok?




Apesar de todos os pesares – vai deixar saudades.
“Histórias pra lembrar, lembranças pra guardar”*




Reportar tudo isso cansou. Vou voltar a dormir!

bis zum dem breakin fuckin neuen Post!


* CPM22, “Coragem”, Chegou a Hora de Recomeçar, 2002.