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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

FABÍOLA – part drei / EDUCAÇÃO – parte dois

FABÍOLA – part drei
[poema ainda sem título]
Será que eu vou ter que tatuar ou escrever na minha testa
O quanto eu te quero
Pedaços de bolos e poemas não são suficientes?
Serão precisos bolos inteiros e antologias poéticas?
Eu já tomei banhos de chuva pensando nisso
Até estou quase gripado
“Como conquistar você?”
Eu sou, assumidamente, um idiota patético ridículo
Que atualmente mal está comendo e dormindo
Pensando em sua professora de língua alemã
“Como conquista-la? Como conquista-la?”
Eu perco a noção, a estabilidade, as estribeiras...
Quanto mais frio faz, mais me sinto idiota pensando nisso.
Se eu estivesse somente de bermuda, como eu sempre fico na chuva
na Alemanha ou na Escandinávia ou na Rússia
ou na Groenlândia ou na Sibéria ou no Norte do Canadá
ou no Alasca ou na Antártida ou no Círculo Polar Ártico
como sentir-me-ia?
Eu gostaria de saber o que tudo isso significa:
Qual é o verdadeiro sentido de gostar de alguém?
Qual é o verdadeiro sentido de querer alguém?
Não estou te pedindo para ficar comigo para que eu possa entender
Só estou te pedindo para iluminar minhas idéias
Para que eu faça... (para que nos façamos?)... ficarmos juntos...!
Onde estão
seus Olhos e seus Olhares e seus Gestos e sua Voz
além de ministrando aulas de língua estrangeira?
Eu simplesmente fico sem palavras...
Zapeando canais durante toda a madrugada...
Se te deixa mais confortável
Saiba que, quando bebo pra cair atualmente, não é pra esquecer que eu gosto de você
Nem que me sinto como se estivesse num breu completo
Só de pensar que não sei o que fazer pra poder ter você
(Ainda não sei se isso é bom ou ruim!).
Ah, onde Você está?, onde você está
além de em meus pensamentos
e em sonhos mais belos?
Apenas Seu primeiro nome e Seus sobrenomes
E Seu primeiro nome que digo para mim mesmo.
“Você pensa em mim o mesmo tanto que penso em você
... do mesmo modo...
Que penso em você
todo o dia
o dia todo?”
Eu sinto falta de seu olhar quando não vejo e quando não é para mim!
Um dia... será que, um dia, sentirei falta do cheiro e do gosto de sua pele?
Atualmente, logo atualmente que eu não queria que meu coração quisesse alguém
Até que você apareceu.
Eu devo te culpar por me sentir mal por pensar em você o dia todo?
Eu devo te agradecer por me sentir melhor por querer somente você e não quaisquer outra mulher na Terra?
Não podemos escolher quem queremos:
?Isso é bom ou ruim?
O que alunos e estudantes devem fazer para conquistar suas Professoras?
Aprender a dançar, cozinhar, cantar, lavar, passar, dirigir e massagear
e tudo o que o Verdadeiro-Amante-Perfeito deve saber?
Como não se negar e, ao mesmo tempo, agradar totalmente a Mulher que se quer/deseja?
Pensar na resposta dessa pergunta é como ter espinhos rasgando as mãos e pregos rasgando os pés e lâminas rasgando a pele...
Por favor, não queira se sentir assim!
Ah, eu peço e suplico e imploro:
Seja minha augusta e venerável Senhora, Ama e Rainha
trajando negro e escarlate e dourado!
Com uma coroa de flores nos cabelos
e o mais incrivelmente belo dos vestidos já confeccionados!
Eu imploro com minh’alma Sagrada Rainha: Salve-me!
Eu suplico com meu coração, Augusta Senhora: Socorre-me!
Devolva meu coração, minha alma e minha sanidade altamente duvidosa!
Ah, professora de língua germânica, só de pensar:
em seus olhos e em suas mãos e em seus lábios...
e em suas curvas e em sua pele e em seus cabelos...
Ah, como só de pensar em tudo isso me impede de cair
em verdadeira tristeza e inegável depressão
e incomensurável e honesta solidão...
“Mas como conquista você, Professora?”
A resposta dessa pergunta ser-me-á o brilho do sol
e o completo fim da chuva!

:: .. :: .. :: escrito entre a madrugada dos dias 24 e 29 de abril de 2008 :: .. :: .. ::






Nome da postagem: EDUCAÇÃO – parte dois
Esta postagem contem duas reportagens da revista Nova Escola, de outubro de 2006 – mês dos 10 anos de morte de Renato Manfredini Júnior, vulgo RENATO RUSSO, vocalista e letrista da Legião Urbana–, edição n.º 195, ano XXI. Na verdade, é uma reportagem e um ensaio. Espero que vocês gostem!

A sociedade em busca de mais tolerância
Cabe à escola contribuir para que crianças com Down e outras deficiências não sejam discriminadas e possam aprender como as demais
Por Meire Cavalcante mcavalcante@abril.com.br

Helena, personagem de Regina Duarte na novela Páginas da Vida, da Rede Globo, vai á reunião de pais na escola da filha Clara, 6 anos (interpretada por Joana Mocarzel, 7 anos), que tem síndrome de Down. Ansiosa, ela aguarda a distribuição dos trabalhos para ver a produção da menina. Mas qual não é a sua surpresa ao ver que ela na tem uma pasta. Furiosa, a mãe percebe que a filha não fez as mesmas atividades dos demais e que passou o tempo todo brincando de massinha e no parquinho – longe dos colegas, para não se machucar. Revoltada, ameaça denunciar a professora ao Ministério Público e, ao conversar com a diretora, descobre que alguns pais quiseram tirar os filhos da escola por causa de Clara. Essas cenas, exibidas no mês passado [i.e.: esta reportagem é de outubro de 2006] foram as primeiras em que a menina foi discriminada na escola.
A novela, que vai ao ar em horário nobre, está despertando o público para a questão do preconceito, inclusive em sala de aula. Mesmo depois de 18 anos da promulgação da Constituição, que prevê “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, alguns diretores e professores acreditam que alunos com deficiência não conseguem aprender e, em classe, devem apenas brincar e passar o tempo. Há ainda pais que não aceitam os filhos se relacionando ou estudando com “retardados”, pois acham que isso baixa a qualidade do ensino. Outros acreditam que a deficiência é doença e que os “anormais” devem ser evitados.
Além de enfrentar a pressão da família dos alunos, muitos educadores têm de aprender a lidar com o próprio preconceito. “Isso deveria ser trabalhado desde a formação inicial. Se a inclusão é garantida por lei, com podem os professores sair da faculdade sem conhecer o assunto?”, questiona a produtora de cinema Letícia Santos, mãe da pequena Joana, que estuda em escola regular desde a Educação Infantil. Letícia e o marido, o cineasta Evaldo Mocarzel, acreditam que a participação da filha na novela contribui para diminuir a intolerância contra a síndrome de Down.

Comportamento aprendido
Educadores, diretores, pais, estudantes: nenhum deles nasce com preconceito. A intolerância é assimilada e fomentada pela sociedade, muitas vezes resistente quando se trata de lidar com as diferenças. “A discriminação surge da necessidade que temos de qualificar as coisas e os indivíduos dentro do que é socialmente normal”, diz Dorian Mônica Arpini, do departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. As crianças só repetem as atitudes dos adultos em relação ás pessoas com deficiência e ao papel que estas desempenham na sociedade.
“Desde as civilizações primitivas, o homem se organiza socialmente centrado em si mesmo. com base nisso, ele julga os demais pelas roupas que usam, pelos alimentos que consomem, por sua história e por sua moral”, afirma o sociólogo Eladio Antonio Oduber Palencia, do Instituto de Educação Superior de Brasília. “Os grupos são formados de acordo com a classe social, idade, cultura, religião, região onde vivem, estética”, explica. As chamadas comunidades de referência pressionam as demais e ensinam atitudes como o deboche. Para Palencia, quando uma pessoa ocupa uma posição que, pela normalidade, não faz sentido, surge o estranhamento. “Certa vez perguntaram a uma empresária negra se ela era esportista, pois estava bem-vestida em um restaurante caro”, conta.
O primeiro passo para combater a intolerância é aceitar que ela existe. Em uma pesquisa feira pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em São Luís, apenas 25% dos familiares de crianças com deficiência dizem tê-la aceito quando receberam a notícia. Isso demonstra o despreparo e a falta de informação. A mesma pesquisa aponta que 22% das famílias só identificaram a deficiência da criança quando ela tinha entre 3 e 10 anos. “A resistência às pessoas com deficiência é fruto do desconhecimento sobre o assunto. Só quem tem mais contato sabe que elas podem se desenvolver se forem motivadas”, afirma a pesquisadora Terezinha Moreira Lima, uma das autoras do levantamento.
Os números mostram ainda que 61% das crianças com deficiência já sofreram algum tipo de discriminação em diferentes situações, inclusive na escola. No entanto, apenas 38,7% das responsáveis tomaram providências.

O papel da Educação
A escola, portanto, é um local em que é necessário combater o preconceito. “Alguns pais acham que a escola inclusiva anda para trás porque o ensino piora com alunos com deficiência”, diz Palencia. “Como vivemos num mundo em que todos querem competir para ter sucesso, talvez andar para trás, no sentido de diminuir um pouco esse compasso frenético, seja positivo.” Ele lembra que, normalmente, quando bate o sinal na hora da saída, todos correm alucinados em direção à porta da sala: “Se há um colega em cadeira de rodas, porém, eles aprendem a esperar, a ajudá-lo e acompanhá-lo.”
A inclusão ensina a tolerância para todos os que estão diariamente na escola e para a comunidade. “A chegada das crianças está provocando uma grande reflexão”, observa Dorian. Por isso, os especialistas afirmam que a inclusão escolar é uma revolução silenciosa. Para que ela aconteça, no entanto, toda a equipe deve pensar em conjunto. A idéia precisa estar incluída na proposta pedagógica e levar todos a conhecer melhor o assunto. Quando não há informação, se torna angustiante para o professor receber esse aluno e lidar com ele. O trabalho em equipe leva todos os educadores e funcionários a desempenhar de maneira mais eficiente seu papel nessa área.
Windyz Ferreira, coordenadora do projeto Educar na Diversidade, do Ministério da Educação, publicou em 2003 a pesquisa Aprendendo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência, da organização sem fins lucrativos Save the Children Suécia, que luta pela disseminação dessas práticas no mundo todo. “Em vez de só levantar números, procuramos coletar depoimentos de jovens, pais, parentes, professores e outros profissionais sobre o preconceito e a violação dos direitos humanos”, explica Windyz.
Em um desses relatos, a mãe de um menino de 13 anos com deficiência mental diz que ele era tratado como palhaço pelos outros estudantes. “Certa vez, colocaram um papel com o desenho de um pênis em suas costas. Enquanto ele andava, os alunos e até os funcionários riam dele. Então o tirei da escola.” Uma garota de 18 anos, com deficiência física, conta: “Quando comecei a estudar, me olhavam como se eu tivesse uma doença contagiosa e alguns me chamavam de aleijada; quase todos os dias, chegava em casa chorando”;
Escola não é lugar de sofrimento e humilhação. Por isso, os professores e funcionários precisam adotar posturas conscientes e coerentes com seu papel de formadores (leia o quadro abaixo). “Quem pode dizer onde terminam as possibilidades de aprendizado de quem tem possibilidades de aprendizado de quem tem deficiência? Só com as portas da escola abertas é que poderemos saber. Por isso, ela é tão importante”, conclui Dorian.

Combater o preconceito...
> Garante o cumprimento dos direitos da criança.
> Dá ao aluno com deficiência a mesma oportunidade que têm os demais.
Reação dos familiares ao saber da deficiência da criança
73%
Não aceitam imediatamente
25% Aceitam
2% Rejeitam

Onde há preconceito*
Família 27,4%
Escola 20,9%
Igreja 7%
Vizinhança 68,1%
Transporte coletivo 40,9%
Hospitais 9%
Ruas, praças e locais públicos 4,5%
*Do total de crianças que já sofreu discriminação (respostas múltiplas).
Fonte: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, de São Luís.

Atitudes do educador que inclui
? Procura conhecer a legislação que garante o direito à Educação das pessoas com deficiências.
? Exige auxílio, estrutura, equipamentos, formação e informações da rede de ensino.
? Deixa claro aos alunos que manifestações preconceituosas contra quem tem deficiência não serão toleradas.
? Não se sente despreparado e, por isso, não rejeita o aluno com deficiência.
? Pesquisa sobre os deficientes e busca estratégias escolares de sucesso.
? Acredita no potencial de aprendizagem do aluno e na importância da convivência com ele para o crescimento da comunidade escolar.
? Organiza as aulas de forma que, quando necessário, seja possível dedicar um tempo específico para atender às necessidades específicas de quem tem deficiência.
? Se há preconceito entre os pais, mostre a eles nas reuniões o quanto a turma toda ganha com a presença de alguém com deficiência.
? Apóia os pais dos alunos com informações.

Fonte: Aprendendo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência, Save the Children Suécia

QUER SABER MAIS?
CONTATO
>> Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís,
r. Isaac Martins, 84, 65010-690, São Luís, MA, tel. (98) 3214-1073
BIBLIOGRAFIA
>>Direitos das Pessoas com Deficiência,
Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, 342 págs., Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610, 40 reais
>> Inclusão Escolar – O Que É? Por quê? Como Fazer? , Maria Teresa Eglér Mantoan, 96 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172-002, 12,50 reais
>> Sociedade Inclusiva: Quem Cabe no seu Todos?, Cláudia Werneck, 236 págs., Ed, WVA, 30 reais
>> Violência e Exclusão, Dorian Mônica Arpini, 206 págs., Ed. Edusc, tel. (11) 6436-3011, 28,40 reais
INTERNET
No site www.scslat.org, entre no link Publicadores e faça o download da pesquisa Aprendendo Sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência







esta postagem foi escrita ao som dos álbuns São Paulo Chaos da banda paulista de hardcore Blind Pigs, do ano de 1997; Sonho Médio, de 1998, da banda de hardcore cearense capixaba conhecida no mundo todo – ou seja, o Dead Fish; e, por fim, A Arte do Insulto, dos cariocas do Matanza, de 2006.

“Rápido garçom, me traga seu melhor whisky / Esse seu amigo aqui só tem mais meia hora / Até que diabo descubra que morri / E venha me levar embora // Desculpe garçom pela pressa / Mas eu não tenho outra saída / Eis todo meu dinheiro / Traga-me tudo em bebida // O pouco tempo que me resta / Que seja bem aproveitado / Não faço questão de festa / Mas quero estar embriagado // Nada eu levo da vida / O que eu tenho é o que há no meu carro / Meus vinte melhores amigos / Estão num maço de cigarros // Adeus meu bom amigo / Adeus e muito obrigado / Espero beber contigo / No bar que há lá do outro lado.”“Whisky Para Um Condenado”, Matanza, do A Arte do Insulto

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