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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

AINDA HÁ TINTA NA CANETA!

25 de novembro de 2005
Eeeeeeeeeeei! Eu continuo escrevendo poesia! Não de forma freqüente como eu fazia antes, mas continuo escrevendo. Eu escrevi mitos pedaços de textos, versos soltos e coisas assim. De textos realmente completos e relevantes, por enquanto, somente estes, que refletem muito bem o que eu estava sentindo quando eu os escrevi.

POEMA SEM SENTIDO
Este é meu poema sem sentido.
Para todos que não aceitam mais viver.
Este é meu poema sem sentido
Para todos que não aceitam mais lutar.
Este é meu poema sem sentido
Para todos que desaprenderam a amar
Para todos que desaprenderam a viver
E estão reaprendendo todos os dias
Caindo e se levantando
E enxugando seus prantos.
Este é meu poema sem sentido
Para aqueles e para aquelas que eu amo realmente
Mas que não vejo mais por não ter notícias
E tendo que viver para construir suas vidas.
Este é meu poema sem sentido
Para a minha mãe e para a minha irmã
Que duvidam do que sinto de verdade por elas
E que não consigo entendê-las por completo
Assim como elas não fazem o mínimo esforço
Para entender o que se passa de verdade dentro de mim.
Isso me adoece e me queima por dentro como se fosse chama nuclear!
Este é meu poema sem sentido
Para todos que conseguem expressar seus sentimentos para amigos, namoradas e amantes
Mas emudece ao expressar o que sente realmente
Pelo seu pai e pela sua mãe e pelo seu irmão e pela sua irmã e pelos seus irmãos e pelas suas irmãs –
Emudecem e caem em profunda tristeza, vergonha, angústia, raiva e solidão.
Este é meu poema sem sentido
Para todas as pessoas que já choraram bêbadas, fumando, na chuva ou com seus amigos
Ou tudo isso junto de uma vez!
Este é meu poema sem sentido
Para todos que, como eu, já choraram de desespero e tristeza verdadeiros por não passarem no vestibular e por perderem pessoas que gostavam de verdade.
Este é meu poema sem sentido
Para todos cuja tristeza, ansiedade e depressão não deixaram dormir.
Este é meu poema sem sentido
Para todos que estão agora neste instante com os olhos rasos de lágrimas como eu estou agora escrevendo este poema sem sentido.
Este é meu poema sem sentido
Para você que está lendo agora este poema sem sentido que já sentiu algo do que escrevi neste poema sem sentido.
Este é meu poema sem sentido
Apenas e somente mais um poema sem sentido.
este é meu poema sem sentido

:: 13 de setembro de 2005 ::


VANESSOL

É difícil dizer,
É difícil entender,
É difícil andar,
É difícil falar.
Abrir os olhos, levantar da cama
E caminhar
E se manter de pé para lutar
E não chorar:
Quando tudo que foi ensinado se mostra não ser tão certo assim
E não se sabe o que é certo e o que é errado
E não saber mais o que pensar
Nos deixando fracos, confusos, afásicos!
A verdade é que estamos perdidos e escondidos
Dentro de cidade que são nós mesmos –
Cidades nem sempre se dão bem!
Como você vai iluminar a esperança de seus amigos
Se não consegue manter a sua acesa?
E é quando mais se precisa, o coração não responde e a razão se torna indiferente.
Mas eu gostaria de saber o que te dizer
Para deixar você melhor.
Mas eu gostaria de saber o que fazer
Para deixar você menos pior.
Mas por que eu tenho a sensação
De que nada que eu diga, escreva ou faça fará você se sentir melhor
Ou, pelo menos, faça você
Parar de chorar?

:: setembro de 2005 ::


RESISTÊNCIA DO FERRO À COMPRESSÃO
Eu tenho medo de entrar naquele ônibus
E você estiver lá
E não tiver mais lugar pa sentar:
Somente um do seu lado.
Eu tenho medo de chegar lá
E você estiver lá.
Eu gostaria muito de saber
O que fazer e o que dizer
Se você estiver lá.
Eu tenho medo de entrar no ônibus pra ir pra casa
E você estiver lá
E não houver mais lugar pra sentar:
Somente do seu lado ou
Ou somente do meu lado.
O que diabos vai acontecer?
E gostaria muito muito muito de saber
O que fazer o que dizer se isso acontecer:
Quando eu ver você
Quando eu ver seus olhos, que já estiveram nos meus;
Quando eu ver seu rosto, que já esteve colado ao meu;
Quando eu ver sua boca, que muito eu já beijei.
Eu não quero fraquejar se eu te encontrar
Agora que já re-aprendi e descobri:
Que posso viver de novo sem você,
Que posso ser feliz de novo sem você.
“Estou com medo” é diminutivo – Eu estou realmente apavorado!
Só de pensar...
Eu quero muito que isso aconteça
Mas também desejo de todo o meu coração que “NÃO!”
Porque eu não quero ficar triste hoje.

:: 27 de setembro de 2005 ::


TEMPESTADE DE ÁTOMOS
Eu vejo vocês crescendo,
Eu vejo vocês trabalhando,
Entrando e saindo e se formando na universidade,
Casando e tendo filhos e tendo filhas.
E eu queria e quero ser muito um dia ser como vocês
E eu tenho medo de um dia ser como vocês
E de continuar para sempre como eu estou:
Eu permaneço por aqui
Estudando pro vestibular, desempregado
Apenas sonhando dormindo ou acordado com a universidade,
Como sempre e na maioria das vezes
Sozinho e sem rumo para chegar.
E eu me sinto mal quando estou perto de vocês
Por ainda estar assim estagnado.
Foram por estas razões que decidi me afastar da companhia adorável de vocês,
Que são os meus heróis
Mas eu simplesmente não consigo
Não me sentir mal, pequeno, menor, um verdadeiro estúpido e um completo idiota
Quando vocês estão por perto.
Já me disseram tantas e tantas e tantas vezes
Que morrerei sozinho e perdido por aí
Que – por favor, me perdoem! – eu acabei acreditando.
Falar sempre será mais fácil do que sentir
Dizer "não se sinta assim" é mais fácil do que sentir.
Eu vou continuar lutando para chegar onde vocês estão
Se não conseguir, é “tchau” e “adeus para sempre”
Porque eu vou permanecer por aqui.




Espero que vocês tenham curtido!
Até a próxima!

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