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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

sobre os (não-)ateus e/ou (não-)drogados e/ou (não-)militantes da universidade pública

a pessoa fala de consumo de drogas dentro da universidade pública como se consumir drogas fizesse parte de processo avaliativo das disciplinas e como se a renovação da matrícula a cada semestre dependesse do consumo periódico/constante de drogas.
¿sabem quem fala esse tipo de merda, que se consome drogas dentro da universidade pública com a mesma habitualidade de quem bebe água? 
quem não sabe que bebida alcoólica também é droga, que remédio pra dormir também é droga, que tem todo um lobby político-econômico da indústria de bebidas e da indústria farmacêutica pra criminalizar o consumo de outras drogas, nem sabe onde fica o campus de uma universidade pública mais próximo da sua casa, não sabe como uma universidade pública funciona porque nunca estudou em uma e, no máximo, só se informa do que acontece no mundo pela internet. geralmente, através de conteúdo altamente duvidoso. sim, se deve duvidar de tudo, mas tem conteúdo que não dá não. fora que esse pessoal, esse mesmíssimo pessoal ai não sabe ler uma porra de um trabalho, quer logo julgar o trabalho pelo título, ao invés de ir lá ao resumo e ver do que se trata tampouco, a porra da introdução do trabalho. não menosprezando menosprezando sim e foda-se, mas esperar o quê de quem, né non?
“ah, mas eu estudei em uma universidade pública” 
egresso de universidade pública que fala isso era o que, na minha época de CEFET, chamávamos de “número de matrícula”: entra/va mudo e sai/a calado. só sabe/sabia chegar à sala de aula e ir embora, só frequenta/va evento na instituição pra pegar carga horário. sabe/sabia, no máximo, no máximo, caminho da secretaria e do refeitório. ‘tá/‘tava errado? não, não ‘tá/‘tava. ‘tá errado quando quer se meter a dizer “na minha época da universidade”, quando nem viveu sua “época da universidade”. faz o favor pra todo mundo de ir se fuder, vai. 
“na minha época, só tinha militante comunista” sem saber nem que porra é comunismo, apesar de que, realmente, militante, independente da ideologia[1], é chato para um caralho. “tinha muito marxista”, marxista é um bicho muito chato e muito emocionado, mas o “número de matrícula” sabe nem que porra é marxismo, não sabe citar uma obra, um texto, um mísero ensaio. “eu só tive professor doutrinador”, pessoa sabe nem que porra é doutrinação e, mesmo tendo pai professor ou mãe professora (ou não), não sabe que professor mal tem tempo pra se coçar, que dirá pra se preocupar em doutrinar outrem. “pessoal só queria saber de greve” sabe nem pelo que o pessoal fazia greve, caralho. “pessoal fazia troça de mim porque eu era/sou cristão” pessoal tem mais o que fazer do que perseguir alguém pela sua religião, tanto que tem evento eclesiástico dentro dos liceus e geral nem tchum, totalmente foda-se. mazagora o que eu vi de fresc@ enchendo a porra do saco quando teve evento de religião afro-brasileira, CARALHO.
pessoal pensa que, na universidade pública, pessoal não tem o que fazer e vai fazer os outros virarem ateus e/ou drogados e/ou militantes[2] pra queimar o filme do ensino superior. deixa eu contar um segredo pra vocês: sabem quem vira ateu e/ou drogado e/ou militante na universidade pública? isso mesmo, quem já tem predisposição pra virar ateu drogado militante e só precisava dum insert coin, press start pra sê-lo. isso quando @ alecrim não deixa sua religião e vira drogado e/ou militante. isso quando @ alecrim já não entrou ateu e/ou drogado (viciado em remédio pra dormir ou pra qualquer outra porra também é ser drogado sim e vai se fuder se tu pensas o contrário)  e/ou militante. ninguém, NINGUÉM vai te amarrar, pegar as drogas e enfiar tua goela abaixo ou ameaçar matar tua família ou cancelar tua matrícula se tu não usares drogas, se tu não abandonares tua religião ou se tu não ingressares em algum movimento (geralmente, o movimento estudantil[3]).

eu já não gostava de militante antes de ingressar no CEFET, os militantes que conheci no CEFET me fizeram gostar menos ainda de militante. quando ingressei na UFPA, os militantes que conheci através dos meus amigos fizeram eu pegar um indiscutível, inexorável e insofismável RANÇO de militante. muito mais porque eu andava bebia igual um filho da puta que viu o time perder o campeonato em casa mesmo tendo a vantagem e descobriu que é corno assim que chegou em casa com gente que andava com esses caralhos que fez muita gente me confundir com eles, o que me fez perder oportunidades de estágio e de comer muita mulher[4]. se fiquei puto com isso?
NÃO, IMAGINA, FIQUEI FELIZ PARA UM CARALHO COM ISSO. PODEM TER CERTEZA DISSO!

VOLTANDO 
pessoal da direita diz que “o pessoal da esquerda controla a narrativa da universidade pública” e quer colocar gente lá pra “assumir o controle dessa narrativa[5]”. um excelentíssimo exemplo dessa patifaria é “ah, mas o professor de esquerda não gostou do meu trabalho e não deixou passar, disse pra eu fazer outro”.
eu até achava isso frescura e mania de perseguição. ai fui ver uns trabalhos ai de “gente de ‘direita’” e PUTA QUE PARIU, DOIDO, só tema sem pé nem cabeça, totalmente desconexo da realidade acadêmica e do que seu curso propõe. o homo universitarius padrão já não gosta de ler material acadêmico, convenhamos, é um fato que TODO MUNDO sabe e NINGUÉM nega. o homo universitarius de direita lê menos ainda e acaba fazendo uma merda maior ainda, acaba fazendo um trampo de conclusão de curso só pra se livrar mesmo. ‘tá errado? não, não ‘tá.
mazessa galera ai, essa mesma galera que lê muito menos do que o habitual, que caga pra pesquisa (mesmo que não queira enveredar pela pesquisa, mesmo porque ninguém é obrigad@ mesmo), que não sabe de PORRA NENHUMA que ‘tá acontecendo no lugar que assiste aula, que só sabe o nome de quem ‘tá ministrando disciplina porque é obrigatório fazê-lo que também propaga esse tipo de merda: “pessoal usa droga como quem bebe água e diz ‘bom dia’”; “na minha época, só tinha militante comunista”; “tinha muito marxista”; “eu só tive professor doutrinador”; “pessoal só queria saber de greve”; “pessoal fazia troça de mim porque eu era/sou cristão” e mais uma lista de bobagens que só é pra passar raiva. geralmente, essa galera é a que mais faz mais merda quando ninguém ‘tá vendo e deixa na surdina, criticando abertamente quem faz com todas as letras possíveis e em caixa alta e neon que dá pra ver de high above fields of marte[7]. NÃO IRONICAMENTE E NÃO COINCIDENTEMENTE, esse pessoal, esse mesmíssimo pessoal também é o mesmíssimo pessoal que não sabe ler uma porra de um trabalho, julga o trabalho pelo título, ao invés de ir ao resumo e ver do que se trata porque não entendeu o título; tampouco, a porra da introdução do trabalho. mas como falei, esperar o quê de quem? que fossem os Josés Maria Bassalo[8] e as Sônias Albuquerque[9] de suas gerações? não, né, porra? não mesmo. “não” em todas as línguas faladas pela nossa espécies, em todos os períodos até o da confecção deste texto. 
pessoal da direita quer colocar gente na universidade pública pra “assumir o controle da narrativa” pra quebrar a academia pelo lado de dentro pra poder sucatear pra poder justificar privatização da mesma. longe de mim dizer que gente de direita não pode cursar universidade pública, porque ela é – TEORICAMENTE É, DEVERIA SER[10] – de todos para todos e para todos e uma das graças do liceu é justamente a diversidade (ainda que com seríssimos limites e seríssimas restrições, porque ninguém merece bolsominion, lulaminion, neonazi[11], ancap[12], socialista lambedor de rabo da URSS com camisa do Che Guevara[13] e liberal privatista[14]) é a graça da academia.
podem até me chamar de teórico da conspiração[15], paranoico[16], o caralho que for isso nos coloca em rota de colisão, estamos em rota de colisão[17], mas do jeito que o direitista/liberal brasileiro médio é gerado e concebido por uma chocadeira queimada, césio-137 no lugar do cérebro e uma tara incurável/intratável por privatização, não se pode-se duvidar jamais dessa possibilidade. ademais, sabem gosta duma doutrinaçãozinha de leve e no jeitão? isso mesmo, direitista. preciso lembrar do projeto “escola sem partido”? as escolas confessionais são controladas por esquerdistas/progressistas[15]? pois então.
DISCLAIMER: VAI SE FUDER SE TU VIERES COM O PAPO DA “AH, MAS A ESQUERDA TEM A ‘IDEOLOGIA DE GÊNERO’ QUE QUER QUE TODO MUNDO ACEITE”!
vai ter gente que vai falar das aceitações de indivíduos que não são “facilmente” aceitáveis? sim, vai. indivíduos que foram historicamente e socialmente marginalizados e ignorados e que SÃO historicamente e socialmente marginalizados e ignorados. não vou cair na hipocrisia de que a esquerda também marginaliza e ignora muitos destes indivíduos e não os usa quando lhe convém, porque sim, a esquerda marginaliza e ignora muitos destes indivíduos e só os usa quando lhe convém. não precisei de ninguém pra me dizer isso porque eu vi e já fui massa de manobra quando eu ainda não era ciente disso e não era conveniente pra muita gente que eu tivesse ciência disso.
PORÉM, não quer preto na universidade? vai ter preto na universidade. não quer indígena na universidade? vai ter indígena na universidade. não quer mulher trans na universidade? vai ter mulher trans na universidade. vai ter pardo, mameluco, estrangeiro, portador de necessidade especial, o caralho que for na universidade porque sim. TODO MUNDO SE FODE PAGANDO IMPOSTO PRA TODO MUNDO ESTAR NA UNIVERSIDADE SIM E PORQUE SIM.
“ah, mas a universidade não é lugar pra esse tipo de gente” – quem diz “pessoal usa/va droga como quem bebe água e diz ‘bom dia’”; “na minha época, só tinha militante comunista”; “tinha muito marxista”; “eu só tive professor doutrinador”; “pessoal só queri/a saber de greve”; “pessoal faz/ia troça de mim porque eu era/sou cristão” e mais uma lista de bobagens que só é pra passar raiva vai dizer. tenho uma excelentíssima e maravilhosíssima notícia pra mim e uma péssimíssima e horribilíssima notícia pra esse tipo de gentalha: A UNIVERSIDADE É LUGAR PRA ESSE TIPO DE GENTE TAMBÉM SIM E PORQUE SIM, POR MAIS QUE VOCÊS NÃO QUEIRAM E VOCÊS NÃO TEM QUE QUERER PORRA NENHUMA.

quem ficar incomodado com isso, pode ir pra Ucrânia ou pra (Terror)Israel, os dois países estão aceitando brasileiros. aqui não vão fazer falta.


quer ser ateu? seja, mas não encha a porra do saco d@ abiguinh@.
quer ser religios@? seja, mas não encha a porra do saco d@ abiguinh@.
quer ser drogad@? seja, mas não encha a porra do saco d@ abiguinh@.
quer ser militante? seja, mas não encha a porra do saco d@ abiguinh@.
não quer fazer universidade? não faça, mas não encha a porra do saco d@ abiguinh@.

sim, viver em comunidade é uma merda, mas o máximo que podemos fazer é facilitar a vida de todo mundo, começando por não escrotizar a vida de todo mundo e pra todo mundo
sim, a teoria é uma maravilha.
sim, falar é mais fácil do que fazer.



postagem dedicada ao Prof. Dr. José Maria Filardo Bassalo[18] (1935-2015), que eu tive a indizível honra de conhecer quando ainda vivo; a toda que conheci de movimento estudantil que não foi otári@ comigo quando eu ‘tava na graduação[19] e a tod@s @s junkies que conheci em igual interim.
¡vocês foram e são, no melhor sentido da palavra, foda! .





¡¡¡BIS!!!
¡¡¡ZU!!!
¡¡¡DEM!!!
¡¡¡BREAKIN!!!
¡¡¡FUCKIN!!!
¡¡¡NEUEN!!!
¡¡¡POST!!!










[1] existem direitas e existem esquerdas, mas isso é conversa pra outro post.
[2] militante de direita ou militante de esquerda, ambos são igualmente insuportáveis para um caralho.
[3] queria mandar aqui um grande “HAIL AND KILL!” pra todo mundo que conheci de movimento estudantil que não era otári@ e não foi otári@ comigo.
[4] como se já não fossem suficientes meus defeitos e péssimos hábitos da época pra queimar meu filme gratuitamente.
[5] se vocês soubessem a raiva que tenho da ressignificação desse termo para utilização nesse contexto...
[6] outra conversa pra outro post.
[7] malz, não deu pra não fazer a referência.
[8] José Maria Filardo Bassalo (1935-2015), engenheiro civil pela Escola de Engenharia do Estado do Pará, bacharel em Física pela Universidade de Brasília; mestre e doutor em Física pela Universidade de São Paulo. 
[9] Sônia Cristina de Albuquerque Vieira, doutora e mestra em Ciências Sociais, com ênfase Antropologia pela Universidade Federal do Pará; e licenciada plena em Ciências da Religião pela Universidade do Estado do Pará.
[10] tem que espancar neonazi até suástica nazi virar cata-vento. nem dá pra fazer ração pra bicho com carne de neonazi porque o bicho vai ficar envenenado e, posteriormente, imprestável pra qualquer uso.
[11] eu já falei que ancap não é gente e sua opinião é automaticamente desconsiderada em qualquer situação? ancap não é gente e sua opinião é automaticamente desconsiderada em qualquer situação.
[12] ironicamente esse pessoal seria morto no regime soviético e/ou pelo Che Guevara.
[13] idem nota 11.
[14] teórico da conspiração e conspiracionista são a mesma coisa? não sei, responde ai nos comentários. 
[15] paranoicuzão ou paranoicuzinho?
[16] idem nota 7.
[17] sim, EXISTEM DIFERENÇAS entre esquerdistas e progressistas. sim, também é outra conversa pra outro post.
[18] curiosidade curiosa: ele foi avô de um maluco que fez segundo e terceiro anos do ensino médio comigo, inclusive.
[19] podem até me chamar de “maldito hipócrita do caralho” porque namorei com duas, a Heiđrun, a Ina e a Annie. eu falei pra caralho delas aqui em muitos e muitos posts.

Um comentário:

Anônimo disse...

De um colega físico: grande satisfação ver que o professor Bassalo é uma referência sua. Seu texto em muitos aspectos representa o que penso. Eu tenho um posicionamento abertamente à esquerda, mas acho uma grande bosta empurrar o que penso na goela dos outros. Acho que as pessoas devem ver quem sou e seguir se quiser. Infelizmente a gente vê hoje os liberais que flertam com o fascismo nus e sem máscara. Hoje existe uma cultura da apologia à ignorância. Nisso eles se destacam, pois como tudo em sua mente liberal, as coisas só precisam parecer, não precisa ser. É o caso da pseudoscience chamada neoliberalismo. São todos preguiçosos que pontuam negativamente no score da humanidade, pois atuam no sentido oposto à evolução da espécie. É como um sistema massa-mola, com a força restauradora sempre atuando contra o movemento. Nesse caso o conservadorismo assassino das grandes corporações contra o progressismo. Se você não é poderoso e investe nessas mazelas, você é conservador liberal, kkkkkkkkkk.... você é uma abominação cognitiva disforica! Hahahahahaha

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