JOANA ENQUANTO POEMA(S)
o poema que vem nos traços
dos traços do nariz, dos traços do queixo.
os traços nos quais se apoiam os óculos,
a alinearidade particular de cada fio de cabelo.
os poemas nas pernas,
com mãos de outrem subindo ou descendo por elas.
os poemas encontrados nos ombros,
desvelados a cada beijo marcando topograficamente um ponto.
o poema suspirado...
o poema nos olhos semicerrados...
e na Musa de vestido branco desabotoado
e sem nada por baixo.
o poema dos olhos esverdeados
contrastando com os tons de escuridão
que habitam todo e qualquer cômodo,
todo e qualquer quarto
no final da tarde.
» 28 de março de 2021 «
BIS
ZU
DEM
BREAKIN
FUCKIN
NEUEN
POST
!!!
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