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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

domingo, 25 de agosto de 2019

POEMA DE TWITTER - poema do sábado

POEMA DE TWITTER

acordo
café
anime
animê
animé
poesias de notas do rodapé do Gullar
quisera eu acordar e te ver
embrulhado ventre e embrulhadas coxas sobre véus e lençóis
vermelhos e brancos
de contraste à
tua pele
morena

:: 24 de agosto de 2019 ::

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

mais poemas perdidos encontrados – volume (perdi a conta)

Onde foi que vi Vossos olhos antes de ontem? 
Eu não lembro... Não lembro de olhos com’os Vossos 
antes de ontem.
Onde meus olhos contemplando boca como a Vossa
Nunca antes... Nunca d’antes a meus olhos boca como a Vossa
e rosto como o Vosso
pescoço como o Vosso
Sem contar a grandeza perfeita de Vossas medidas
que só podem ser contabilizadas e registradas
por quem escreve e lê e estuda
Poesia.  


:: biblioteca Paulo Freira, Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará, durante reunião do grupo de pesquisa Literatura e Quadrinhos, do grupo Arte, Religião e Memória (ARTEMI) em junho de 2019 ::

sábado, 17 de agosto de 2019

primeiro poema – sem título, sem título – para Malu

o sol quando nasce, nasce da água
o sol quando acorda, nasce do mar
o sol quando desce pra deitar e repousar
volta pra água ou
vai repousar no mar
quando Tu adentras o mar...?
é pra saber
onde o sol repousa
e também lá se estirar
quando o sol está regando com raios
os jamboeiros e ipês e sapucaias
cujas flores cujas pétalas
decoram todos os caminhos que
tu percorres
desde a hora
desde o momento
que nasces da água
que despertas do mar...
irrigares
os resedás e cinamomos e quaresmeiras
cujas flores
compõem Teus cabelos
e as 
manacás-da-serra e jasmins-manga e cerejeiras
cujas pétalas
compõem Tua carne
e então voltares
para desfadigares
à água
ao mar...


:: 16 de agosto de 2019 ::










“FELIZ ANIVERSÁRIO!!!” e “MUITAS FARRAS NA VIDA!!!” pro meu Irmão MARCELO MELO YONEZAWA e pra minha boa amiga e Irmã-de-Literatura KAREN MONTEIRO CARMONA!!!!


BIS ZU DEM BREAKIN FUCKIN NEUEN POST!!!!

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

… dessa madrugada em claro…

baixei essas quando eu deveria estar dormindo pra dar uma lida assim que possível e atrasar ainda mais a finalização do meu projeto de doutorado, que também é sobre HQ. as que me aprazerem, eu comento por aqui assim que possível
Frank Miller’ RoboCop
(adaptação de Steven Grant, arte de Steven Grant e cortes do Nimbus Studios) 
(essa é quase certeza eu comentar, mesmo que seja escrota!!!!)


Fables: 1001 Nights of Snowfall
(roteiro de Bill Willingham; arte de Brian Bolland, Charles Vess, Derek Kirk Kim, Esao Andrews, Jill Thompson, John Bolton, Mark Buckingham, Mark Wheatley e Michael Wm Kaluta; capas de James Jean)


Sundiata: Leão do Mali
(roteiro e arte de Will Eisner)
(idem RoboCop)


Literatura Brasileira em Quadrinhos - O Enfermeiro, de Machado de Assis
(eu não gosto de Machado de Assis, mas bora ver se em HQ fica menos intragável mais palatável)


Flashpoint - Abin Sur - The Green Lantern 
(roteiro de Adam Schlagman, arte de Felipe Massafera e cores de Rod Reis)


Point of Impact
(roteiro de Jay Faerber e arte de Koray Kuranel)


Starlight
(roteiro de Mark Millar, arte de Goran Parlov e cores de Ive Svorcina)


Juiz Dredd Megazine Vol.02
(vários roteiristas e vários artistas)


HQ Curtas
(roteiro de Bruno Bispo e arte de Victor Freundt)

The Last Defenders
(roteiro de Joe Casey e Keith Giffen, arte de Jim Muniz e cores de Antonio Fabela)
(SÓ PEGUEI POR CAUSA DO NOME DO KEITH GIFFEN MAS ‘TÔ QUASE CRENTE QUE VOU ME ARREPENDER DA GRAÇA)

Blue Estate
(roteiro de Andrew Osborne sobre história de Viktor Kalvachev e Kosta Yanev; com arte de Viktor Kalvachev, Toby Cypress, Nathan Fox e Robert Valley)

bem, é isso ai, vou dormir um pouquim porque ainda vou ter que ler e resenhar uns artigos mais tarde que vou usar no PPDoc pré-projeto de doutorado e farei isso lendo as HQs em questão eeeeeeeeeeeeeeeeee é isso ai!




“FELIZ ANIVERSÁRIO ATRASADO!!!” e “MUITAS FARRAS NA VIDA!!!” pra minha Irmã-de-CEFET E Irmã-de-Curso-e-Armas JACQUELINE LIMA COELHO SAMPAIO!!!!


BIS ZU DEM BREAKIN FUCKIN NEUEN POST!!!!

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

CHUVA DE ANTES QUE A TARDE ACABE - poema da terça-feira

CHUVA DE ANTES QUE A TARDE ACABE
chegarei antes das quatro da tarde
e o céu ainda estará azul e o sol inclemente.
terei que limpar meu quarto
e o banheiro deste
antes das cinco da tarde.
antes das seis da tarde
eu estarei pelado no quintal
tomando banho de chuva
torrente torrencial...
chuva chuvaral...
antes do fim de tarde
antes que a tarde acabe
vou me limpar de tudo que me afligiu
semestre passado e último mês
a partir deste mês
recomeçar de vez
com a chuva que cairá hoje
tirando tudo do passado e de aflição
do caminho
recomeçar de vez...!
chuva de fim de tarde
antes que a tarde acabe



:: 06 de agosto de 2019 ::

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

WOLVERINE VERSUS BLADE – crítica da HQ

eu vi essa no Poder Marvel agora mais cedo de madrugada e “foda-se, por que não? eu gosto do Wolverine e do Blade (exceto quando colocam o Blade com outros personagens da Marvel)”.
baixei. 

Wolverine versus Blade tem roteiro de Marc Guggenheim (Law & Order, CSI: Miami, Arrow, Legends of Tomorrow, o filme do Lanterna Verde [em co-autoria com Greg Berlanti, Michael Green e Michael Goldberg], Perfect Dark Zero [em co-autoria com Dale Murchie], Call of Duty 3 [em co-autoria com Richard Farrelly e Adam Gascoine. X-Men: E de Extinção) e arte de Dave Wilkins (Batman, Star Wars, G.I. Joe, Lanterna Verde, Justiceiro), sendo mais uma história do Blade que do Wolverine pela ambientação vampiresca mais que mutante, ainda que os vampiros estejam transformando mutantes em sanguessugas.
se tu fores facilmente impressionável com arte, Dave Wilkins te convence eu achei espalhafatosa pra caralho e não precisava desse artifício, muito videogamística pro meu gosto o plot desenvolvido pelo Guggenheim é bacaninha até: Varkis é um messias vampírico – mas mezzo mutante (!!!!!!!!!!) – destinado a liderar os vampiros do culto conhecido como Credo a subjugar a humanidade e cabe aos dois, após todas as ladainhas e clichês do caralho que o gênero “versus” pede, resolver a presepada. 
o clichê da luta entre os protagonistas é uma merda (marcaste nessa, Guggenheim). o Doutor que não tem Doutorado, logo não é porra nenhuma de Doutor Estranho faz uma participação especial, inclusive, já que tem misticismo dos violentos na narrativa e dá um bom norte pro Logan da situação, isso é bom porque a história começa em um determinado ponto e termina em outro, não dá trela pra continuação e não usa uma história de uma história pra se escorar.  e pra quem gosta de pancadaria e sangue pra encher uma piscina, é um deleite.
Wolverine versus Blade não é uma HQ que vai salvar tua vida, mas cabe muito bem a uma viagem de ônibus ou a uma espera pra ser atendido no consultório ou quando a pessoa com quem sairás demora uma vida pra se arrumar etc etc etc.  

fase bônus: falando no putardo do Strange, passem longe dessa bomba aqui, Damnation (que a Panini traduziu, corretamente como “Danação”), que também pegay (UI!) no Poder Marvel, escrita a quatro mãos por Donny Cates (Venom, Thanos, Jornada nas Estrelas, God Country [muito fudido esse título, leia assim que tiver oportunidade) e Nick Spencer (a maravíncrivel Morning Glories), cujo trabalho de arte fica a encargo do brasileiro Ivan Reis (Xena, Capitã Marvel, Liga da Justiça, Authority)
Damnation é uma das maiores cagadas da Marvel dessa década que tu vais ler só pra ficar com raiva. passe longe. não querendo ser bairrista mas a única coisa que salva dessa porra é a arte do Reis, porque o resto................... vá tomar no cu da série ESCROTA!


e é isso ai, eu vou dormir, já deveria estar dormindo, diga-se. ‘tava lendo HQ e ai decidi comentar essa, mas eu ainda tenho um montão na lista pra comentar e mais cedo mais tarde, estão por aqui!



BIS ZU DEM BREAKIN FUCKIN NEUEN POST!!!!

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

poema sem título do sábado

sábado amanhece 
amanhece melancólico.
parece amanhecer mais
devagar que
ontem.
quem foi embora ontem?
quem foi embora hoje?
barco navega 
canoa navega 
popopó navega 
transatlântico navega 
petroleiro navega 
destroier navega 
corveta navega 
catamarã navega 
gaseiro navega 
cruzador navega 
graneleiro navega 
karve navega 
birreme navega 
submarino navega 
navega pra onde, navega...?
navega de onde, navega...?
navega sem volta
pra onde?
navegar pra onde não há volta
ao olhar pra trás
não tem caminho de volta
quando se navega de ida, não há volta...
quando se navega de volta, não há volta...
não há volta
não há volta...





:: 03 de agosto de 2019 ::

sábado, 3 de agosto de 2019

poema sem título da sexta-feira

quando amanhece, as estrelas vão embora: 
pelo o que sabemos, vemos somente a luz 
de estrelas já mortas. 
na noite seguinte, outras tomam o lugar? 
na noite seguinte 
outras chegam pra tomar lugar? 
as pessoas morrem aqui na Terra 
e em outras planetas que também tenham seres vivos 
que tenham noção de estrelas e ciclos 
eu só sei que vou embora sem me despedir
pra não correr o risco de ser enrolado e
acabar ficando.
ninguém precisa saber até ser a hora
ninguém precisa saber até
ser tarde demais
e não ter
como chamar de volta.
navegar, navegar
não olhar pra trás, pra trás
navegar pras estrelas...
ou se tornar uma estrela?
se lembrar olhando pras estrelas...
quem ainda olha pras estrelas...?
quando amanhecer eu vou embora com as estrelas
sem me tornar uma.





:: 02 de agosto de 2019 ::

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

BELCHIOR - PARAÍSO - 1982

BELCHIOR
PARAÍSO
1982
– todas as letras e músicas de Belchior, exceto onde indicado
E QUE TUDO MAIS VÁ PARA O CÉU
(Belchior, Jorge Mautner)
Um dia você me falou, em Andaluzia e em Valladolid
Granada fica além do mar, na Espanha
Molhou em meu vinho seu pão
E também me falou em coisas do Brasil
O FMI, Tom, poeta tombado na guerra civil

O homem da máquina então, então me falou
Vá embora poeta maldito!
O teu tempo maldito também já terminou

E eu fui embora sorrindo, sem ligar pra nada; como vou ligar
Para essas coisas quando eu tenho a alma apaixonada?

Mas teu cabelo é mais negro que o negro
Da asa da graúna, de um negro mais sutil
Preto como os tipos pretos que compõem a palavra anil

E à noite eu entro no CinemaScope
Tecnicolor, World Vision, daqueles de cowboy
De que vale a minha boa vida de playboy?
E eu compro este ópio barato
Por duas gâmbias, pouco mais
Mas como dói...  
Eu entro num estádio e a solidão me rói

E eu quero mandar para o alto
O que eles pensam em mandar para o beleléu
E que tudo mais vá para o céu

E eu quero mandar para o alto
O que eles pensam em mandar para o beleléu
E que tudo mais vá para o céu
E que tudo mais vá para o céu
E que tudo mais vá para o céu

MONÓLOGO DAS GRANDEZAS DO BRASIL
Todo mundo sabe/todo mundo vê
Que tenho sido amigo da ralé da minha rua
Que bebe pra esquecer que a gente
É fraca
É pobre
É víl
Que dorme sob as luzes da avenida
É humilhada e ofendida pelas grandezas do brasil
Que joga uma miséria na esportiva
Só pensando em voltar viva
Pro sertão de onde saiu

Todo mundo sabe
(principalmente o bom deus, que tudo vê)
Que os homens vão dizer que a vida é dura e incompleta
Pra quem não fez a guerra e não quer vestibular
Pra quem tem a carteira de terceira
Pra quem não fez o serviço militar
Pra quem amassa o pão da poesia
Na limpeza e na alegria
Contra o lixo nuclear.

Como uma metrópole,
O meu coração não pode parar
Mas também não pode sangrar eternamente

Ta faltando emprego
Neste meu lugar
Eu não tenho sossego
Eu quero trabalhar
Já pensei até em passar a fronteira.
- eu vou pra São Paulo e Rio
(Eldorados da além-mar)
A estrada é uma estrela pra quem vai andar.
Oh! Não! Oh! Não!
Ai! Ai! Que bom que é
A lua branca, um cristão andando a pé!
Ai! ai! que bom, que bom se eu for
Pés no riacho, água fresca, nosso senhor!

Vou voltar pro norte/ semana que vem
Deus já me deu sorte/ mas tem um porém
Não me deu a grana/ pra eu pagar o trem.

MA

EEi! Ma! Você é tão boa!
(MA em hindu é mulher)
EEi! Ma! Como você voa!
Não me dá nenhuma colher de café
EEi! Ma! Você ri à toa!
Contigo jogo melhor que Pelé
Ma não é qualquer pessoa, não
Enquanto eu pretendo ser, ela é

O sol tem sete estágios
As estrelas também
Um elefante é tão elegante
Procuro Ma, a minha amante

Os magos chegam bem cedo
Montados em incríveis motos
Encontro Ma, minha amante
Sentada numa flor de lótus

DA COR DO CACAU
(Guilherme Arantes)
A minha morena é cor do cacau
sabor de banana é sol tropical

Este balanço é pra te embalar
esta canção é prá te encantar
estes acordes são recordação
que nunca é tarde, não, no coração
O meu Reggae é pra regalar
a minha Salsa é pra temperar
o meu Calipso é pra refrescar
ah, e o Merengue é pra suspirar

BELA
Ela
É
Bela
Bela como a luz elétrica
Mensagem pura
Como as letras do alfabeto
Estas estrelas
Como poema concreto
Claro projeto
Como um lugar comum secreto
Ela

Ela o avesso do verso: O processo
A prosa; o trabalho em progresso
Meu lance de dez no acaso do sucesso
Mensagem de amor na votação do congresso
Meu voto é dela!

Ela
Minha (a) ventura, minha bem – aventurança
Minha mãe, minha irmã, minha mulher, minha criança
Raiz do meu cantar, matriz da minha contradança
Bárbara beatriz é ela

Ela
Sensibilidade de fortaleza à luz do dia
Toda a sensualidade da bahia
Folia da utopia da anarquia da poesia
Inferno e paraíso é ela

APARAÍSO
Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar
Ser feliz é tudo que se quer

Ah! Esse maldito fecho éclair
De repente a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar
Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem

Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém
Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar

Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar
Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Do que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou

DO MAR, DO CÉU, DO CAMPO
Fê-pê, Lê-pê, O-pô, Rê-pê,
Aflor do mar, o céu: Rose Selavy.
Lê-pê, A-pá, Ga-pá, O-pô, O-pô, Quê-pê:
A Giocondadá, flor do campo.

Ay! Minha moça ready made passando de virgem à noiva.
My non sense of humour, minha máquina de viver.
Ay! Fonte. Um nu descendo um novo lance de escadados.
Orei, a rainha, o cavalo, o peão, o grande vidro de xadrez.

Cê-pê, A-pá, Nê-pê, Tê-pê, A-pá, Rê-pê,
Cantar o mar no céu, la vie en rose aqui
Estuve pensando en ti, xyz de mi problema:
A culpa é do cinema!

A-E-I-O-U, doble U, dobre o U
Na cartinha da Juju, Misanu.
A-E-I-O-U, dabliú, dabliú,
Que a partilha é de Ubu.

Noiva Maria, denudada por seus parceiros solteiros.
Ay! Dama do meu fliperama, mulher-objeto trovado no chão.
Oh! sonho que o dinheiro compra. Oh! pedra de toque, palavraclosada
Oh! trova clusada. E Kitsh goliardo
Que inventa-provença na minha canção!

A/B/C/D/E/Fê/Guê/
Agá/I/K/Lê/Mê/
N/O/P/Q/Rê/
STUV pensando en ti, XYZ de mi problema:
A cULpa é do cinema

A ESTRANHELEZA
(Arnaldo Antunes)
Pétala de flor na bochecha
Se enfeita, na mata, a menina preta
Fanta-uva, doce corante
Sou feliz, no pé  
verniz diamante

Eê, língua de macaco êê
Perna de serpente
Hóstia manchada de batom
Bomba tomar
Num tá tudo bom

Eê, êe
Eieiei iê
Eieiei iê eê
Eê eê!

Em Saturno há tempestades douradas
No céu (no Céu!!) eu tenho dez namoradas
Tanta estranheleza me encanta
Santa mulher com pele de planta

Eê, língua de macaco, êê
Perna de serpente
Miss mistério no stereo do som
Pérola, tudo tambor tão bom

ELA
Ela contou pra mim que tinha sonhos e se assustava
Por não saber o sentido daquele lance vivido nas ultimas madrugadas
Ela contou pra mim que tinha medo do seu espelho, queria um apoio um conselho
Mas não contava o segredo que seu olhar revelava
Mas a vida era uma festa e as viagens eram fugas
E a solidão, a única amiga a unica certeza da vida
Estava sempre esperando por ela em qualquer porto ou estação
Ela... Uau!
Ela contou pra mim que tinha sonhos e se assustava
Por não saber o sentido daquele lance vivido nas ultimas madrugadas
Ela contou pra mim que tinha medo do seu espelho, queria um apoio um conselho
Mas não contava o segredo que seu olhar revelava
Ela contou pra mim que tinha sonhos
Ela contou pra mim que tinha
Ela contou pra mim que
Ela

A RIMA DA PROSA
Deixe nessa casa sua fala gravada na fita
Permita que eu aperte o botão

O sol glorioso iluminou toda a cidade
E nós cantores
Se a morte chega já deixamos a nossa voz
E alegria nos dentes
Nos olhos dos contentes

A nossa pose na fotografia
Que revela o belo e a bela
Cravo e canela
Verso universo
Romance e folia

Rima da prosa  
que o corpo irradia