TUm amigo meu do CEFET - Roger Barros da Cruz - me mandou essa entrevista que o James Alan Hetfield - pra quem não conhece o cara, ele é nada mais nada menos do que o vocalista e letrista e guitarrista do METALLICA - cedeu pra um programa de televisão na Grécia, chamado TV War. Espero que vocês curtam! (p.s.: eu não concordo com tudo com que ele diz. eu sou fã do cara, da banda dele e das letras dele. eu sei pensar sozinho!).
Sobre o motivo do setlist dos shows da turnê Sick of the Studio '07 contar principalmente com material pré-1991 e não com músicas mais novas:
Hetfield: Bem, é difícil quando você está tocando em festivais e também tem muito material. Você quer tocar algo novo, tocar algo diferente, tocar aquelas com as quais as pessoas se identificam. E muitas vezes... Sabe, nós não tocávamos em alguns desses festivais há anos. Cada noite é diferente. Mas sobre as coisas do St. Anger, eu acho que nós não tínhamos muito tempo, e elas não entraram na lista - foi isso. Mas nós não queremos ser também como essas bandas que só tocam as favoritas. Você quer colocar um pouco delas lá, então... Nós tocamos músicas como Ride the Lightning, ...And Justice for All, Whiplash, The Four Horsemen... Sabe, algumas músicas que não tocávamos em festivais há um bom tempo.
Sobre tocar no show do Live Earth e se os músicos devem se envolver com política:
Hetfield: Foda-se a política! Quero dizer, eu não aguento isso. Me deixa louco. Eu gosto de tocar música. Nos pediram para tocar, e eu disse, 'Ok. Eu quero tocar. Muita gente assistirá esse show.' Eu não gosto de falar de política. METALLICA fala de música sobre a gente, música para os ouvidos de nossos fãs. Sério, fala sobre isso. Eu não gosto de tocar por outro motivo. Eu quero tocar porque eu gosto de tocar.
Sobre como as coisas estão diferentes agora no estúdio comparando com o St. Anger, de 2003:
Hetfield: A gente amadureceu bastante no St. Anger. Nós fomos de odiar uns aos outros, não conversar, para 'Ah, eu te amo', abraçar - sabe, de um extremo para o outro - e ambos eram um pouco loucos, então nós estamos em algum lugar entre essas duas fases agora, onde a maioria das pessoas vive, talvez. [Risos] Eu não sei... Nós estamos nos sentindo melhor sobre isso. E toda a terapia e o trabalho que fizemos para o 'St. Anger' é na verdade algo para este disco, pois agora nós não temos Phil Towle, o terapeuta, com a gente; nós não temos Bob Rock servindo de babá para a gente - este não era o único trabalho dele, é claro - mas um produtor diferente. Nós estamos tentando nos responsabilizar melhor por nós mesmo e amadurecer durante o processo.
Sobre o filme Some Kind of Monster e a explicação do guitarrista do Slayer, Kerry King, que ele não queria assistir ao filme porque não queria "ver esses velhos frágeis que não podem mais tomar um cocktail":
Hetfield: Isto é provavelmente o que eles viram, e faz muito sentido - isto é o que eles têm medo... Eles não querem envelhecer e... Todo mundo envelhece, todo mundo passa por coisas. Aconteceu que a gente passou por isso em um filme. E nós não temos medo de mostrar nós mesmo para ninguém em nenhum momento. Essa é a liberdade pura, bem ali. Lançar esse filme foi mais por nós, eu diria. Eu não tenho interesse em mostrar para todo mundo nossa roupa suja, mas isso era parte da natureza humana. Não foi pra chocar ninguém, não foi pelo dinheiro, não foi para... Não houve motivo para isso, exceto mostrar o que nós passamos naquele momento.
Sobre as várias descrições que foram usadas para descrever o novo álbum do Metallica, incluindo que ele soa como uma mistura entre Master of Puppets e o álbum preto, e que ele contém influência do Oriente Médio:
Hetfield: Eu acho que, guardadas as devidas proporções, esse tipo de coisa já existe desde Fight Fire with Fire. Robert [Trujillo, baixo] ainda ontem disse, 'Ei, essa parte do solo de Fight Fire with Fire soa como grego para mim.' Soa como música grega, talvez.
Sobre os motivos de Master of Puppets ser tão considerado como um álbum clássico e como inspiração para outras bandas fazerem seus próprios Master of Puppets:
Hetfield: Acho que é mais um marco. Acho que quando uma banda diz, 'nós queremos gravar nosso Master of Puppets, é mais como um marco... Eu acho que foi meio que um auge da banda com Cliff Burton, assim como o álbum preto foi, eu acho, um auge com Jason Newsted, e talvez tenhamos um auge com Robert em algum momento. Mas Master of Puppets? Quem sabe? Quem sabe o motivo? Só um monte de músicas boas no momento certo. Isso acontece, sabe?! Não houve esforço extra nisso - nós só estávamos fazendo o que deveríamos fazer, e isso mostra nossa melhor música. Nós estávamos pensando sobre isso noutro dia. Estávamos dirigindo pela Inglaterra e olhando os arbustos entre os estados, sabe, e dizendo, 'oh, aquela é uma cerca viva.' E então começamos a cantar, 'There's a bustle in your hedgerow' [''Tem uma agito em sua cerca viva''] - as letras de 'Stairway to Heaven' [do Led Zeppelin] - e nós meio que 'o que foi isso?' A música mais popular da história do rock tem uma letra meio boba. É só mágica, de alguma forma.
Sobre o que faz o produtor Rick Rubin (Slipknot, Audioslave, Red Hot Chili Peppers, System of a Down) tão especial e porque o METALLICA o escolheu para o novo álbum:
Hetfield: Não é sorte que esses álbums que ele produziu soem bons e serem certeiros. Bob Rock... Deus abençoe Bob Rock. Nós aprendemos muito com ele. Mas chegou em um ponto em que estávamos muito ligados, e eu acho que precisávamos nos separar por um tempo. E trabalhar com alguém novo - alguém que nós possamos respeitar... É difícil quando você esta no topo de seu jogo e já fez de tudo. Você precisa de alguém para mostrar as coisas, e esperamos que ele nos mostre algumas coisas que não saibamos.
Sobre algumas loucuras que as pessoas já fizeram em respeito ao seu amor pelo METALLICA - como o casal sueco que chamou sua filha de Metallica, o livro Metallica e Filosofia escrito por um professor universitário, e a morte de um fã canadense após uma briga sobre o Metallica:
Hetfield: Nós quatro somos quatro crianças muito gratas e sortudas que tocam música... Eu não sei o que dizer. Nós estamos só usando o dom que temos, e o dom deles pode ser escrever um livro. Chamar seu filho de Metallica... Eu não sei sobre isso. Talvez meu cachorro ou algo assim, mas seu filho? Ei, se eles amam tanto isso, por que não? Pessoas se casam com músicas do Metallica... Espero que isso não seja só moda e que realmente te mova. E todos na vida querem só sentir que são parte de algo, ou se sentirem vivos, e a música do METALLICA faz isso comigo, e eu sou grato que isto aconteça com outras pessoas.
espero que vocês tenham curtido!
até a próxima!
Sobre o motivo do setlist dos shows da turnê Sick of the Studio '07 contar principalmente com material pré-1991 e não com músicas mais novas:
Hetfield: Bem, é difícil quando você está tocando em festivais e também tem muito material. Você quer tocar algo novo, tocar algo diferente, tocar aquelas com as quais as pessoas se identificam. E muitas vezes... Sabe, nós não tocávamos em alguns desses festivais há anos. Cada noite é diferente. Mas sobre as coisas do St. Anger, eu acho que nós não tínhamos muito tempo, e elas não entraram na lista - foi isso. Mas nós não queremos ser também como essas bandas que só tocam as favoritas. Você quer colocar um pouco delas lá, então... Nós tocamos músicas como Ride the Lightning, ...And Justice for All, Whiplash, The Four Horsemen... Sabe, algumas músicas que não tocávamos em festivais há um bom tempo.
Sobre tocar no show do Live Earth e se os músicos devem se envolver com política:
Hetfield: Foda-se a política! Quero dizer, eu não aguento isso. Me deixa louco. Eu gosto de tocar música. Nos pediram para tocar, e eu disse, 'Ok. Eu quero tocar. Muita gente assistirá esse show.' Eu não gosto de falar de política. METALLICA fala de música sobre a gente, música para os ouvidos de nossos fãs. Sério, fala sobre isso. Eu não gosto de tocar por outro motivo. Eu quero tocar porque eu gosto de tocar.
Sobre como as coisas estão diferentes agora no estúdio comparando com o St. Anger, de 2003:
Hetfield: A gente amadureceu bastante no St. Anger. Nós fomos de odiar uns aos outros, não conversar, para 'Ah, eu te amo', abraçar - sabe, de um extremo para o outro - e ambos eram um pouco loucos, então nós estamos em algum lugar entre essas duas fases agora, onde a maioria das pessoas vive, talvez. [Risos] Eu não sei... Nós estamos nos sentindo melhor sobre isso. E toda a terapia e o trabalho que fizemos para o 'St. Anger' é na verdade algo para este disco, pois agora nós não temos Phil Towle, o terapeuta, com a gente; nós não temos Bob Rock servindo de babá para a gente - este não era o único trabalho dele, é claro - mas um produtor diferente. Nós estamos tentando nos responsabilizar melhor por nós mesmo e amadurecer durante o processo.
Sobre o filme Some Kind of Monster e a explicação do guitarrista do Slayer, Kerry King, que ele não queria assistir ao filme porque não queria "ver esses velhos frágeis que não podem mais tomar um cocktail":
Hetfield: Isto é provavelmente o que eles viram, e faz muito sentido - isto é o que eles têm medo... Eles não querem envelhecer e... Todo mundo envelhece, todo mundo passa por coisas. Aconteceu que a gente passou por isso em um filme. E nós não temos medo de mostrar nós mesmo para ninguém em nenhum momento. Essa é a liberdade pura, bem ali. Lançar esse filme foi mais por nós, eu diria. Eu não tenho interesse em mostrar para todo mundo nossa roupa suja, mas isso era parte da natureza humana. Não foi pra chocar ninguém, não foi pelo dinheiro, não foi para... Não houve motivo para isso, exceto mostrar o que nós passamos naquele momento.
Sobre as várias descrições que foram usadas para descrever o novo álbum do Metallica, incluindo que ele soa como uma mistura entre Master of Puppets e o álbum preto, e que ele contém influência do Oriente Médio:
Hetfield: Eu acho que, guardadas as devidas proporções, esse tipo de coisa já existe desde Fight Fire with Fire. Robert [Trujillo, baixo] ainda ontem disse, 'Ei, essa parte do solo de Fight Fire with Fire soa como grego para mim.' Soa como música grega, talvez.
Sobre os motivos de Master of Puppets ser tão considerado como um álbum clássico e como inspiração para outras bandas fazerem seus próprios Master of Puppets:
Hetfield: Acho que é mais um marco. Acho que quando uma banda diz, 'nós queremos gravar nosso Master of Puppets, é mais como um marco... Eu acho que foi meio que um auge da banda com Cliff Burton, assim como o álbum preto foi, eu acho, um auge com Jason Newsted, e talvez tenhamos um auge com Robert em algum momento. Mas Master of Puppets? Quem sabe? Quem sabe o motivo? Só um monte de músicas boas no momento certo. Isso acontece, sabe?! Não houve esforço extra nisso - nós só estávamos fazendo o que deveríamos fazer, e isso mostra nossa melhor música. Nós estávamos pensando sobre isso noutro dia. Estávamos dirigindo pela Inglaterra e olhando os arbustos entre os estados, sabe, e dizendo, 'oh, aquela é uma cerca viva.' E então começamos a cantar, 'There's a bustle in your hedgerow' [''Tem uma agito em sua cerca viva''] - as letras de 'Stairway to Heaven' [do Led Zeppelin] - e nós meio que 'o que foi isso?' A música mais popular da história do rock tem uma letra meio boba. É só mágica, de alguma forma.
Sobre o que faz o produtor Rick Rubin (Slipknot, Audioslave, Red Hot Chili Peppers, System of a Down) tão especial e porque o METALLICA o escolheu para o novo álbum:
Hetfield: Não é sorte que esses álbums que ele produziu soem bons e serem certeiros. Bob Rock... Deus abençoe Bob Rock. Nós aprendemos muito com ele. Mas chegou em um ponto em que estávamos muito ligados, e eu acho que precisávamos nos separar por um tempo. E trabalhar com alguém novo - alguém que nós possamos respeitar... É difícil quando você esta no topo de seu jogo e já fez de tudo. Você precisa de alguém para mostrar as coisas, e esperamos que ele nos mostre algumas coisas que não saibamos.
Sobre algumas loucuras que as pessoas já fizeram em respeito ao seu amor pelo METALLICA - como o casal sueco que chamou sua filha de Metallica, o livro Metallica e Filosofia escrito por um professor universitário, e a morte de um fã canadense após uma briga sobre o Metallica:
Hetfield: Nós quatro somos quatro crianças muito gratas e sortudas que tocam música... Eu não sei o que dizer. Nós estamos só usando o dom que temos, e o dom deles pode ser escrever um livro. Chamar seu filho de Metallica... Eu não sei sobre isso. Talvez meu cachorro ou algo assim, mas seu filho? Ei, se eles amam tanto isso, por que não? Pessoas se casam com músicas do Metallica... Espero que isso não seja só moda e que realmente te mova. E todos na vida querem só sentir que são parte de algo, ou se sentirem vivos, e a música do METALLICA faz isso comigo, e eu sou grato que isto aconteça com outras pessoas.
espero que vocês tenham curtido!
até a próxima!
Um comentário:
kra...
não discordo de muita coisa que ele falou, não...
curti principalmente a parte em que ele fala sobre política, apesar de ser meio estúpido.
na minha casa não entra política.
seria isto.
Abraços!
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