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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

FABÍOLA – part drei / EDUCAÇÃO – parte dois

FABÍOLA – part drei
[poema ainda sem título]
Será que eu vou ter que tatuar ou escrever na minha testa
O quanto eu te quero
Pedaços de bolos e poemas não são suficientes?
Serão precisos bolos inteiros e antologias poéticas?
Eu já tomei banhos de chuva pensando nisso
Até estou quase gripado
“Como conquistar você?”
Eu sou, assumidamente, um idiota patético ridículo
Que atualmente mal está comendo e dormindo
Pensando em sua professora de língua alemã
“Como conquista-la? Como conquista-la?”
Eu perco a noção, a estabilidade, as estribeiras...
Quanto mais frio faz, mais me sinto idiota pensando nisso.
Se eu estivesse somente de bermuda, como eu sempre fico na chuva
na Alemanha ou na Escandinávia ou na Rússia
ou na Groenlândia ou na Sibéria ou no Norte do Canadá
ou no Alasca ou na Antártida ou no Círculo Polar Ártico
como sentir-me-ia?
Eu gostaria de saber o que tudo isso significa:
Qual é o verdadeiro sentido de gostar de alguém?
Qual é o verdadeiro sentido de querer alguém?
Não estou te pedindo para ficar comigo para que eu possa entender
Só estou te pedindo para iluminar minhas idéias
Para que eu faça... (para que nos façamos?)... ficarmos juntos...!
Onde estão
seus Olhos e seus Olhares e seus Gestos e sua Voz
além de ministrando aulas de língua estrangeira?
Eu simplesmente fico sem palavras...
Zapeando canais durante toda a madrugada...
Se te deixa mais confortável
Saiba que, quando bebo pra cair atualmente, não é pra esquecer que eu gosto de você
Nem que me sinto como se estivesse num breu completo
Só de pensar que não sei o que fazer pra poder ter você
(Ainda não sei se isso é bom ou ruim!).
Ah, onde Você está?, onde você está
além de em meus pensamentos
e em sonhos mais belos?
Apenas Seu primeiro nome e Seus sobrenomes
E Seu primeiro nome que digo para mim mesmo.
“Você pensa em mim o mesmo tanto que penso em você
... do mesmo modo...
Que penso em você
todo o dia
o dia todo?”
Eu sinto falta de seu olhar quando não vejo e quando não é para mim!
Um dia... será que, um dia, sentirei falta do cheiro e do gosto de sua pele?
Atualmente, logo atualmente que eu não queria que meu coração quisesse alguém
Até que você apareceu.
Eu devo te culpar por me sentir mal por pensar em você o dia todo?
Eu devo te agradecer por me sentir melhor por querer somente você e não quaisquer outra mulher na Terra?
Não podemos escolher quem queremos:
?Isso é bom ou ruim?
O que alunos e estudantes devem fazer para conquistar suas Professoras?
Aprender a dançar, cozinhar, cantar, lavar, passar, dirigir e massagear
e tudo o que o Verdadeiro-Amante-Perfeito deve saber?
Como não se negar e, ao mesmo tempo, agradar totalmente a Mulher que se quer/deseja?
Pensar na resposta dessa pergunta é como ter espinhos rasgando as mãos e pregos rasgando os pés e lâminas rasgando a pele...
Por favor, não queira se sentir assim!
Ah, eu peço e suplico e imploro:
Seja minha augusta e venerável Senhora, Ama e Rainha
trajando negro e escarlate e dourado!
Com uma coroa de flores nos cabelos
e o mais incrivelmente belo dos vestidos já confeccionados!
Eu imploro com minh’alma Sagrada Rainha: Salve-me!
Eu suplico com meu coração, Augusta Senhora: Socorre-me!
Devolva meu coração, minha alma e minha sanidade altamente duvidosa!
Ah, professora de língua germânica, só de pensar:
em seus olhos e em suas mãos e em seus lábios...
e em suas curvas e em sua pele e em seus cabelos...
Ah, como só de pensar em tudo isso me impede de cair
em verdadeira tristeza e inegável depressão
e incomensurável e honesta solidão...
“Mas como conquista você, Professora?”
A resposta dessa pergunta ser-me-á o brilho do sol
e o completo fim da chuva!

:: .. :: .. :: escrito entre a madrugada dos dias 24 e 29 de abril de 2008 :: .. :: .. ::






Nome da postagem: EDUCAÇÃO – parte dois
Esta postagem contem duas reportagens da revista Nova Escola, de outubro de 2006 – mês dos 10 anos de morte de Renato Manfredini Júnior, vulgo RENATO RUSSO, vocalista e letrista da Legião Urbana–, edição n.º 195, ano XXI. Na verdade, é uma reportagem e um ensaio. Espero que vocês gostem!

A sociedade em busca de mais tolerância
Cabe à escola contribuir para que crianças com Down e outras deficiências não sejam discriminadas e possam aprender como as demais
Por Meire Cavalcante mcavalcante@abril.com.br

Helena, personagem de Regina Duarte na novela Páginas da Vida, da Rede Globo, vai á reunião de pais na escola da filha Clara, 6 anos (interpretada por Joana Mocarzel, 7 anos), que tem síndrome de Down. Ansiosa, ela aguarda a distribuição dos trabalhos para ver a produção da menina. Mas qual não é a sua surpresa ao ver que ela na tem uma pasta. Furiosa, a mãe percebe que a filha não fez as mesmas atividades dos demais e que passou o tempo todo brincando de massinha e no parquinho – longe dos colegas, para não se machucar. Revoltada, ameaça denunciar a professora ao Ministério Público e, ao conversar com a diretora, descobre que alguns pais quiseram tirar os filhos da escola por causa de Clara. Essas cenas, exibidas no mês passado [i.e.: esta reportagem é de outubro de 2006] foram as primeiras em que a menina foi discriminada na escola.
A novela, que vai ao ar em horário nobre, está despertando o público para a questão do preconceito, inclusive em sala de aula. Mesmo depois de 18 anos da promulgação da Constituição, que prevê “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, alguns diretores e professores acreditam que alunos com deficiência não conseguem aprender e, em classe, devem apenas brincar e passar o tempo. Há ainda pais que não aceitam os filhos se relacionando ou estudando com “retardados”, pois acham que isso baixa a qualidade do ensino. Outros acreditam que a deficiência é doença e que os “anormais” devem ser evitados.
Além de enfrentar a pressão da família dos alunos, muitos educadores têm de aprender a lidar com o próprio preconceito. “Isso deveria ser trabalhado desde a formação inicial. Se a inclusão é garantida por lei, com podem os professores sair da faculdade sem conhecer o assunto?”, questiona a produtora de cinema Letícia Santos, mãe da pequena Joana, que estuda em escola regular desde a Educação Infantil. Letícia e o marido, o cineasta Evaldo Mocarzel, acreditam que a participação da filha na novela contribui para diminuir a intolerância contra a síndrome de Down.

Comportamento aprendido
Educadores, diretores, pais, estudantes: nenhum deles nasce com preconceito. A intolerância é assimilada e fomentada pela sociedade, muitas vezes resistente quando se trata de lidar com as diferenças. “A discriminação surge da necessidade que temos de qualificar as coisas e os indivíduos dentro do que é socialmente normal”, diz Dorian Mônica Arpini, do departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. As crianças só repetem as atitudes dos adultos em relação ás pessoas com deficiência e ao papel que estas desempenham na sociedade.
“Desde as civilizações primitivas, o homem se organiza socialmente centrado em si mesmo. com base nisso, ele julga os demais pelas roupas que usam, pelos alimentos que consomem, por sua história e por sua moral”, afirma o sociólogo Eladio Antonio Oduber Palencia, do Instituto de Educação Superior de Brasília. “Os grupos são formados de acordo com a classe social, idade, cultura, religião, região onde vivem, estética”, explica. As chamadas comunidades de referência pressionam as demais e ensinam atitudes como o deboche. Para Palencia, quando uma pessoa ocupa uma posição que, pela normalidade, não faz sentido, surge o estranhamento. “Certa vez perguntaram a uma empresária negra se ela era esportista, pois estava bem-vestida em um restaurante caro”, conta.
O primeiro passo para combater a intolerância é aceitar que ela existe. Em uma pesquisa feira pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em São Luís, apenas 25% dos familiares de crianças com deficiência dizem tê-la aceito quando receberam a notícia. Isso demonstra o despreparo e a falta de informação. A mesma pesquisa aponta que 22% das famílias só identificaram a deficiência da criança quando ela tinha entre 3 e 10 anos. “A resistência às pessoas com deficiência é fruto do desconhecimento sobre o assunto. Só quem tem mais contato sabe que elas podem se desenvolver se forem motivadas”, afirma a pesquisadora Terezinha Moreira Lima, uma das autoras do levantamento.
Os números mostram ainda que 61% das crianças com deficiência já sofreram algum tipo de discriminação em diferentes situações, inclusive na escola. No entanto, apenas 38,7% das responsáveis tomaram providências.

O papel da Educação
A escola, portanto, é um local em que é necessário combater o preconceito. “Alguns pais acham que a escola inclusiva anda para trás porque o ensino piora com alunos com deficiência”, diz Palencia. “Como vivemos num mundo em que todos querem competir para ter sucesso, talvez andar para trás, no sentido de diminuir um pouco esse compasso frenético, seja positivo.” Ele lembra que, normalmente, quando bate o sinal na hora da saída, todos correm alucinados em direção à porta da sala: “Se há um colega em cadeira de rodas, porém, eles aprendem a esperar, a ajudá-lo e acompanhá-lo.”
A inclusão ensina a tolerância para todos os que estão diariamente na escola e para a comunidade. “A chegada das crianças está provocando uma grande reflexão”, observa Dorian. Por isso, os especialistas afirmam que a inclusão escolar é uma revolução silenciosa. Para que ela aconteça, no entanto, toda a equipe deve pensar em conjunto. A idéia precisa estar incluída na proposta pedagógica e levar todos a conhecer melhor o assunto. Quando não há informação, se torna angustiante para o professor receber esse aluno e lidar com ele. O trabalho em equipe leva todos os educadores e funcionários a desempenhar de maneira mais eficiente seu papel nessa área.
Windyz Ferreira, coordenadora do projeto Educar na Diversidade, do Ministério da Educação, publicou em 2003 a pesquisa Aprendendo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência, da organização sem fins lucrativos Save the Children Suécia, que luta pela disseminação dessas práticas no mundo todo. “Em vez de só levantar números, procuramos coletar depoimentos de jovens, pais, parentes, professores e outros profissionais sobre o preconceito e a violação dos direitos humanos”, explica Windyz.
Em um desses relatos, a mãe de um menino de 13 anos com deficiência mental diz que ele era tratado como palhaço pelos outros estudantes. “Certa vez, colocaram um papel com o desenho de um pênis em suas costas. Enquanto ele andava, os alunos e até os funcionários riam dele. Então o tirei da escola.” Uma garota de 18 anos, com deficiência física, conta: “Quando comecei a estudar, me olhavam como se eu tivesse uma doença contagiosa e alguns me chamavam de aleijada; quase todos os dias, chegava em casa chorando”;
Escola não é lugar de sofrimento e humilhação. Por isso, os professores e funcionários precisam adotar posturas conscientes e coerentes com seu papel de formadores (leia o quadro abaixo). “Quem pode dizer onde terminam as possibilidades de aprendizado de quem tem possibilidades de aprendizado de quem tem deficiência? Só com as portas da escola abertas é que poderemos saber. Por isso, ela é tão importante”, conclui Dorian.

Combater o preconceito...
> Garante o cumprimento dos direitos da criança.
> Dá ao aluno com deficiência a mesma oportunidade que têm os demais.
Reação dos familiares ao saber da deficiência da criança
73%
Não aceitam imediatamente
25% Aceitam
2% Rejeitam

Onde há preconceito*
Família 27,4%
Escola 20,9%
Igreja 7%
Vizinhança 68,1%
Transporte coletivo 40,9%
Hospitais 9%
Ruas, praças e locais públicos 4,5%
*Do total de crianças que já sofreu discriminação (respostas múltiplas).
Fonte: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, de São Luís.

Atitudes do educador que inclui
? Procura conhecer a legislação que garante o direito à Educação das pessoas com deficiências.
? Exige auxílio, estrutura, equipamentos, formação e informações da rede de ensino.
? Deixa claro aos alunos que manifestações preconceituosas contra quem tem deficiência não serão toleradas.
? Não se sente despreparado e, por isso, não rejeita o aluno com deficiência.
? Pesquisa sobre os deficientes e busca estratégias escolares de sucesso.
? Acredita no potencial de aprendizagem do aluno e na importância da convivência com ele para o crescimento da comunidade escolar.
? Organiza as aulas de forma que, quando necessário, seja possível dedicar um tempo específico para atender às necessidades específicas de quem tem deficiência.
? Se há preconceito entre os pais, mostre a eles nas reuniões o quanto a turma toda ganha com a presença de alguém com deficiência.
? Apóia os pais dos alunos com informações.

Fonte: Aprendendo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência, Save the Children Suécia

QUER SABER MAIS?
CONTATO
>> Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís,
r. Isaac Martins, 84, 65010-690, São Luís, MA, tel. (98) 3214-1073
BIBLIOGRAFIA
>>Direitos das Pessoas com Deficiência,
Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, 342 págs., Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610, 40 reais
>> Inclusão Escolar – O Que É? Por quê? Como Fazer? , Maria Teresa Eglér Mantoan, 96 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172-002, 12,50 reais
>> Sociedade Inclusiva: Quem Cabe no seu Todos?, Cláudia Werneck, 236 págs., Ed, WVA, 30 reais
>> Violência e Exclusão, Dorian Mônica Arpini, 206 págs., Ed. Edusc, tel. (11) 6436-3011, 28,40 reais
INTERNET
No site www.scslat.org, entre no link Publicadores e faça o download da pesquisa Aprendendo Sobre os Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência







esta postagem foi escrita ao som dos álbuns São Paulo Chaos da banda paulista de hardcore Blind Pigs, do ano de 1997; Sonho Médio, de 1998, da banda de hardcore cearense capixaba conhecida no mundo todo – ou seja, o Dead Fish; e, por fim, A Arte do Insulto, dos cariocas do Matanza, de 2006.

“Rápido garçom, me traga seu melhor whisky / Esse seu amigo aqui só tem mais meia hora / Até que diabo descubra que morri / E venha me levar embora // Desculpe garçom pela pressa / Mas eu não tenho outra saída / Eis todo meu dinheiro / Traga-me tudo em bebida // O pouco tempo que me resta / Que seja bem aproveitado / Não faço questão de festa / Mas quero estar embriagado // Nada eu levo da vida / O que eu tenho é o que há no meu carro / Meus vinte melhores amigos / Estão num maço de cigarros // Adeus meu bom amigo / Adeus e muito obrigado / Espero beber contigo / No bar que há lá do outro lado.”“Whisky Para Um Condenado”, Matanza, do A Arte do Insulto

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sábado, 19 de abril de 2008

EDUCAÇÃO – parte um

A partir desta postagem, vou colocar algumas reportagens da revista Nova Escola – uma das melhores publicações da Editora Abril – que achei muito do cacete e creio que ajudarão alguns profissionais da área de educação, que não recebe a atenção necessária dos governantes de nosso país. A primeira matéria se chama O que você espera deles? , e foi tirada da revista Nova Escola de abril de 2005, número 181, ano 20, e eu gostaria muito de dedicá-la para as minhas grandes e veneráveis professoras / amigas / conselheiras Maria Luiza Ferro Santana, Maria Edilena Carvalho e Patrícia Nogueira Coelho e Regina Célia Andrade Matos e, por fim, Shirley Boller [do estado do Paraná]. Ich höffe Sie lieben! Espero que elas gostem! E vocês também.
Enjoy!


O QUE VOCÊ ESPERA DELES?
Se só de olhar você já deduz que este ou aquele aluno não vai aprender, pode apostar: ele não vai mesmo. Para evitar que a profecia se realize, é preciso superar essa primeira impressão. E acreditar que todos podem ter sucesso
Por Meire Cavalcante

Suponha que você se inscreveu em um curso de dança. Na primeira aula, o professor ensina os passos básicos e você, que anda com o esqueleto enferrujado, não tem um desempenho dos melhores. Ele percebe sua dificuldade e faz aquela cara de quem diz: “Você não leva o menor jeito”. Nas aulas seguintes, o professor não lhe dá muita atenção nem se empenha nas explicações. Mas não poupa elogios aos que parecem ter nascido pra dançar. Como você se sentiria numa situação como essa? Provavelmente se julgaria um fiasco, sairia do curso ou desistiria de dançar. Agora, tente imaginar o peso dessa situação nos ombros de seus alunos, sejam eles crianças ou adolescentes. Desanimador, não?
Esse pré-julgamento do professor, que leva muitas vezes ao fracasso dos estudantes, tem um nome pomposo: profecia auto-realizadora – fenômeno mais freqüente do que se imagina e que provoca sérias conseqüências. É verdade. A forma como o aluno é visto e tratado por quem deve ensiná-lo pode virar uma bola de neve. Ao acreditar que a criança é incapaz, o professor provoca nela uma adaptação às baixas expectativas. Feito isso, o aluno realmente não aprende. Para que todos tenham a mesma oportunidade de se desenvolver na escola, é essencial refletir sobre a sua postura diante da turma. Depois, convencer-se de que todos são capazes de avançar. Assim, você não só combate o fracasso escolar mas evita que talentos sejam desperdiçados.

Reconhecer preconceitos é o começo
É consenso entre estudiosos da profecia auto-realizadora que o professor deve se auto-avaliar sempre. “Todos somos preconceituosos e isso não é defeito. Construímos nossos preconceitos com base em experiências familiares e sociais”, afirma o psicoterapeuta Carmem Maria Andrade, professora da Faculdade Metodista de Santa Marta, no Rio Grande do Sul.
O preconceito nada mais é do que um conceito antecipado sobre algo. E nem sempre ele é negativo. Quer um exemplo? Quando você diz a alguém que é muito bom no que faz porque se graduou em certa universidade, significa que você criou o conceito antecipado de que lá só se formam bons profissionais. “Os pré-julgamentos, no entanto, não podem ser utilizados para machucar ou prejudicar alguém”, alerta Carmem. Isso ocorre, por exemplo, ao crer que um jovem que mora na favela não tem a mesma capacidade que o de classe média.
Em 1967, Carmem realizou uma pesquisa com 100 professores de escolas municipais, estaduais e particulares. “Observando o trabalho dos educadores, identifiquei 22 tipos de preconceitos manifestados em relação às crianças”, diz ela. A origem socioeconômica, a estrutura familiar e até o vestuário eram motivos de discriminação. Dez anos mais tarde, ela localizou 98 dos professores e repetiu o procedimento. “Na segunda vez, identifiquei 24 tipos de preconceito.”
A professora concluiu que ainda é preciso discutir muito o assunto. “De nada adiantam grandes campanhas contra o preconceito na mídia se, na convivência diária, não mudamos nossa prática”, afirma. Carmem conta que a manifestação mais freqüente das duas pesquisas era a discriminação racial. Certa vez, ela ouviu uma professora perguntando para outra quantos negros tinha em sua sala. A resposta foi impactante: “No primeiro bimestre eram três, mas consegui ficar só com um!”

O retrato do aluno vem da avaliação
Além dos aspectos básicos, as atitudes da garotada também estimulam os professores a formar opiniões deturpadas. Crianças e jovens manifestam comportamentos que, sem dúvida, refletem um pouco da sua personalidade, mas que de forma alguma determinam suas capacidades cognitivas. Durante uma pesquisa realizada em escola pública de São Paulo, a psicopedagoga Maria Cristina Mantonanini pediu aos professores que separassem os alunos bons dos ruins. Resultado, cerca de 40% das crianças foram consideradas ruins. “Avaliei todas elas e constatei que nenhuma tinha problemas cognitivos. O desenvolvimento intelectual das crianças dos dois grupos era semelhante. Isso deixou muitos professores espantados.” Para Maria Cristina, índices altos como esse são indício de que as estratégias em sala devem ser revistas. “Ao separar bons e ruins, a maioria não utiliza critérios pedagógicos e cognitivos, limitando-se apenas a observar atitudes.”
Se uma criança chega suja, fala demais ou é agressiva não significa que é incapaz de aprender. Foi o que descobriu Ana Lígia Malaquias. Há alguns anos, ela lecionava para turmas de aceleração em uma escola pública do Rio de Janeiro. As crianças traziam um histórico de fracasso e eram vistos como casos perdidos. Entre elas estavam cinco irmãos, o terror da escola. Elas falavam muito, eram indisciplinados, tiravam notas péssimas e nem certidão de nascimento tinham.
Duas garotas dessa família foram para a turma de Ana Lígia. “Eu tinha ouvido muitos comentários ruins sobre o comportamento e o rendimento dos irmos. Quando entrei na sala, já tinha criado as piores expectativas em relação às meninas”, conta. Para Júlia e Karina* [nota: *Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos estudantes], a atitude de Ana Lígia não era novidade. Afinal, já carregavam o estigma de péssimas alunas. Elas nunca participavam das atividades, eram muito tímidas – às vezes agressivas – e não faziam amizade com ninguém.
Certa vez, durante uma aula na sala de leitura, as meninas sumiram. As duas estavam atrás do teatrinho de fantoches; uma com um livro no colo e um boneco na mão; a outra, prestando atenção na história que a irmã contava. “Naquele dia, percebi que, mesmo faltando às aulas, elas tinham entendido a proposta como os outros. Só faltava uma oportunidade que eu não estava dando”, admite. Hoje, quando Ana Lígia pega uma turma nova, primeiro conhece bem todos e depois lê os históricos e conversa com os antigos professores. “Assim, evito pré-julgamentos injustos.”

Atitudes que caracterizam a profecia
Durante sua pesquisa, Maria Cristina ouviu relatos de crianças conformadas com o fracasso e que acreditavam na incapacidade atribuída a elas. “Muitas falavam que não davam para o estudo ou que a professora dizia que não conseguiriam aprender.” A pesquisadora conta que 84% dos estudantes considerados ruins chegavam para falar com ela apreensivos, tinham dificuldade de falar de si mesmos e medo de errar. Já os avaliados como bons eram curiosos e mostravam muita desenvoltura e confiança ao se expressar.
Apesar de alguns professores serem explícitos, Maria Cristina acredita que, para condenar um aluno, não é preciso dizer que ele não vai aprender. Basta, por exemplo, ignorar quando ele tenta dar uma resposta ou nunca chamá-lo à lousa para uma atividade. “Se a criança tenta participar e é criticada, ela não vai tentar uma segunda vez, acreditando que todos sabem mais que ela”, explica. Esse tipo de conduta do professor não prejudica apenas o rendimento e a autoconfiança do aluno. Pode também minar suas chances de se socializar.
Para a professora Carmem, a escola estimula a competitividade de tal forma que, quando a turma observa a atitude discriminatória do professor, passa a ridicularizar o colega que tem dificuldades. “Ninguém quer ser amigo daquele aluno. Muito menos oferecer ajuda a ele para resolver problemas”, afirma. Assim, cria-se na sala um ambiente propício para a desigualdade, em que o estudante excluído passa a ser responsável pelo fracasso. Essa dinâmica pressupõe que só não aprende quem não quer ou não se interessa.
A atitude do professor em sala é tão poderosa e facilmente percebida pela turma que não é possível escondê-la. Por isso, não adianta combater o problema afirmando – mesmo sem acreditar – que uma criança vai conseguir se sair bem. Ao contrário, essa estratégia pode ser tão negativa quanto a profecia auto-realizadora. São dois os motivos: ter um sentimento pelo aluno e demonstrar outro pode gerar nele um grande desconforto; e, se ele aceitar essas afirmações positivas, pode se decepcionar ao criar expectativas sobre si que não são reais.

O professor pode mudar a situação
O professor em relação aos estudantes às vezes é tão marcante que, ao encontrar um professor com uma postura diferente, muitos se admiram. “Quando entrei sorrindo pela primeira vez em uma sala considerada problemática, um aluno me perguntou se eu ia ficar com eles de verdade”, conta Lael Keller, professora da Universidade do Estado de Minas Gerais, em Passos. Em 1995, ela dava aulas de Educação Especial na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) – onde hoje é supervisora –, quando foi convidada a assumir uma turma de 1ª série em uma escola pública regular.
O curioso é que não havia nenhuma criança em deficiência na classe – e Lael logo percebeu isso. “Fui convidada por minha experiência em Educação Especial. A escola já tinha tentado de tudo com aquela turma”, lembra Lael. O grupo era um retrato do fracasso – e a culpa, atribuída às crianças. Na sala, encontravam-se todos os repetentes, os indisciplinados e os que tinham dificuldade de aprendizagem. Sem avaliação e propostas pedagógicas adequadas, eles eram imprudentemente diagnosticados como portadores de distúrbios mentais e de comportamento.
Apesar de não achar adequado reunir todos em uma mesma turma, a professora buscou a melhor maneira de alfabetizá-los e de tirar das costas deles o peso de afirmações inconseqüentes como “você é burro”. Os pais, cansados das reclamações, já acreditavam na burrice dos filhos e nem tentavam ajuda-los. “Por isso, dava deveres que os alunos podiam resolver sozinhos. Era emocionante ver o orgulho que tinham ao entregar a tarefa pronta no dia seguinte”, revela Lael.
Ela propôs atividades lúdicas e dinâmicas fora da sala e trabalhou com jogos e projetos, sempre observando as dificuldades e analisando o conhecimento de cada um. Com isso, podia planejar as atividades mais adequadas. As melhores surgiram a partir do meio do ano. Os pais, surpresos com a reviravolta na vida escolar das crianças, enchiam a professora de presentes. “Eu me sentia mal com os agrados, pois aquilo era apenas a minha obrigação.”
Ao mesmo tempo que não acreditam nos alunos, muitos professores também não confiam na própria capacidade de ensinar. Maria Cristina Mantonanini percebeu que, ao encaminhar uma criança ou adolescente a especialistas, como o médico ou o psicólogo, muitos professores se sentiam diminuídos, como se o magistério não desse conta do recado. Em seu livro Professores e Alunos Problema: Um Círculo Vicioso, ela afirma que “o professor que só consegue enxergar no aluno a falta – a dificuldade, aquilo que ele não sabe e deveria saber – faz o mesmo consigo próprio!”
Lael já recebeu na Apae muitas crianças com diagnósticos errados. As escolhas encaminhavam os estudantes para se livrarem dos “problemas”. “O professor deve entender que casos de saúde são resolvidos por um médico, que questões emocionais podem ser amenizadas por um terapeuta e que quem doutrina o processo de aprendizagem é ele”, ressalta Maria Cristina. Ela destaca que a consciência do valor do magistério aumenta a confiança dos educadores na própria capacidade e também na dos estudantes. A prova está na conclusão de sua pesquisa. Todos os alunos que ates haviam sido considerados ruins foram aprovados. “Isso só aconteceu porque os professores, nas longas reflexões que fizeram, perceberam que podiam intervir no processo de aprendizagem com base nos conhecimentos de sua profissão.”

METODOLOGIA TAMBÉM INTERFERE NA APRENDIZAGEM
Nem todos os alunos que fracassam são vítimas da profecia da auto-realização. Em muitos casos, as estratégias de ensino é que não se mostram adequados. Segundo a pesquisadora Maria Cristina Mantonanini, é possível traçar um caminho seguro para descobrir em que medida as dificuldades de um estudante são ou não decorrentes de sua atitude em relação a ele. A primeira coisa que o professor tem que fazer é avaliar seus preconceitos e adotar uma postura diferente, acreditando nas crianças e nos jovens. Em seguida, analisar a porcentagem da classe que considera ter problemas de aprendizagem. “Em uma turma homogênea de 30 ou 35, é normal ter um ou dois com reais necessidades especiais”, afirma Maria Cristina. O sinal de alerta deve piscar quando, por exemplo, quase metade não estiver aprendendo – como no caso da escola em que ela realizou sua pesquisa. “Esse talvez seja o momento de o professor rever a metodologia utilizada para ensinar.” Claro, ao lançar mão de diversos métodos e atividades, será mais fácil descobrir quem, de fato, tem problemas de aprendizagem. Isso diminui os riscos de encaminhamentos desnecessários a especialistas.

COMO EVITAR OS “RÓTULOS”
Observe quais critérios você utiliza ao avaliar uma turma. Para mudar de postura, é fundamental perceber os próprios preconceitos e de que forma a bagagem individual que você traz interfere na sua prática.
Debata sobre o assunto com seus colegas nas reuniões pedagógicas. Isso estimula uma reflexão mais profunda da equipe e, conseqüentemente, uma mudança de conduta.
Aprenda a lidar com as diferenças e incentive o direito à diversidade a turma.
Evite relacionar as capacidade de aprendizagem das crianças a características físicas ou comportamentais. A família, a etnia, a religião, a atitude, a aparência e a classe social, econômica ou cultural de um aluno não determinam se ele pode ou não avançar.
Propicie oportunidade iguais de crescimento para todos os alunos, mas sempre observando as necessidades individuais. Um planejamento adequado permite que cada um progrida no seu ritmo.
Acredite sempre que todos são capazes de aprender.

QUER SABER MAIS?
>> ANA LÍGIA MALAQUIAS COUTINHO, e-mail: aligia@click21.com.br >> LAEL KELLER, email: keller@passosuemg.br >> MARIA CRISTINA MANTOVANINI, e-mail: mcrismantovanini@uol.com.br

BIBLIOGRAFIA
>> ENSAIOS PEDAGÓGICOS: COMO CONSTRUIR UMA ESCOLA PARA TODOS?, Lino de Macedo, 168 págs., Ed. Artmed, tel. (11) 0800 703-3444, 34 reais >> PROFESSORES E ALUNOS PROBLEMA: UM CÍRCULO VICIOSO, Maria Cristina Mantonanini, 173 págs., Ed. Casa do Psicólogo, tel. (11) 3034-3600, 21 reais





[esta postagem foi escrita ao som dos álbuns Se Julgar Incapaz Foi O Maior Erro Que Cometeu da banda de punk rock Bulimia – composta só por mulheres –; Tocar e Protestar, da banda cearense de hardcore Sociedade Armada e Restos de Nada, da banda clássica de punk rock da década de 1980 de mesmo nome].

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terça-feira, 15 de abril de 2008

FABÍOLA - part zwei

NACHFRAGE:: PEDIDO
Glänzen Sie in mein Himmel, Stern! :: Brilhe em meu céu, Estrela!
ich gehe mein Herz wenn Sie geben das Ihr. :: eu dou o meu coração se Você der o seu.
Sie sind in meine Träume :: Você está em meus sonhos
und wann werden Sie sind erreichbar meine Küsse? :: e quando estarás ao alcance de meus beijos?
meine Augen glänzen sehen die Ihre? :: meus olhos brilham ao verem os seus?
Sagen Sie mir: wie müß ich machen :: Me diga: como devo proceder
zu Sie werden mein ewig Glanz Sonne? :: para que tornes-Te meu sol de brilho eterno?
Ah, Sie all un Sie wie ein all! :: Ah, Você Toda e Você como um Todo!
Ah, mein Herz gebrochen! :: Ah, meu coração partido!
Gestatten Sie mir sein nur und einsam Ihr! :: Permita-me ser só e somente Seu!
können Sie hören wann ich sage Ihr Name? :: podes ouvir quando digo o Seu nome?
können Sie hören wann ich frage mir :: podes ouvir quando me pergunto:
„wenn werden können wir, endlich, sein zusammen?“ :: “quando poderemos, finalmente, estarmos juntos?”
Bitte, lassen Sie nicht mir weit von alles ich will :: Por favor, não me deixe longe de tudo que desejo
ein Mal alles ich will nun sind Sie! :: uma vez que tudo o que quero é Você!
Glänzen Sie mit all Ihre Energie, :: Brilhe com toda sua energia,
Erblinden Sie mir mit Ihr Feuereifer, :: Me cegue com o seu fulgor,
Verbergen Sie mir von wer will mir schlecht :: Me esconda de quem me quer mal
mit Ihre sterblich Angst. :: com seu ódio mortal.
Wann Ihr Herz und mein werden ein? :: Quando Seu coração e o meu tornar-se-ão um?
Wann Ihre Hände und meine werden zwei? :: Quando Suas mãos e as minhas tornar-se-ão duas?
Wenn Ihre Küsse und meine werden viel? :: Quando Seus beijos e os meus tornar-se-ão muitos?
Bitte, Stern, antworten Sie mir: :: Por favor, Estrela, me responda:
„wann werden wir endlich unsere?“ :: “quando seremos finalmente nossos?”

:: .. :: .. :: escrito na madrugada do dia 14 de abril de 2008 :: .. :: .. ::

sábado, 12 de abril de 2008

FABÍOLA!

[poema ainda sem título]
O que fazer pra não quebrar a cara?
Acho que vou... estou 90% crente de que vou me arrebentar contra um muro outra vez.
Eu só olho e fico mais confuso...
Se me perguntarem o que eu vi nela, não vou saber responder.
Acho que foi o todo, ou não-sei-o-que que só eu consigo ver mas que não consigo explicar.
Nem sei o que sinto por ela, mas sei que é bom
E estou começando a achar que isso vai ferrar comigo.
Isso não me tira o sono porque já estou anestesiado
Se isso é bom ou ruim eu ainda não determinei...
Eu ainda não gosto tanto dela assim
Para vê-la quando fecho os olhos ou no fundo dos copos.
Talvez seja melhor expulsá-la agora de meus sonhos enquanto ainda posso
Para não ficar mais magoado do que já estou
E atrasar as obras intermináveis de reconstrução de meu coração
Uma vez que ele será implodido outra vez.
Não é a primeira vez que essa droga acontece:
Querer uma professora como estrela mais bela e brilhante de meu céu!
E, todas as vezes que isso aconteceu, um arranha-céus como o Empire State Building caiu na minha cabeça.
Somente eu quebrei a cara, ficando com a tristeza e com a decepção e com a raiva acumulada.
Mas eu nunca vou ficar sozinho:
A vokda, a cachaça, o uísque e o rock’n’roll, a literatura e os meus verdadeiros amigos
Sempre, da maneira deles, vão estar comigo!

::..::..:: 09 de abril de 2008 ::..::..::
::..::..:: obrigado Danielli Bessa ::..::..::

terça-feira, 8 de abril de 2008

MUITO MAIS POSTAGENS ATRASADAS!

CORAÇÃO PARTIDO TRIDESTILADO
Faz muito tempo que não sei o que é não estar de ressaca e dormir só de manhã:
Todo fim de semana andar quilômetros atrás de bebida, tabaco e diversão.
Eu me odeio por ainda sentir a sua falta!
Eu te odeio por ainda sentir a sua falta!
Não digo mais seu nome mas ainda sonho com você...
Não digo mais seu nome antes de dormir para que somente eu possa ouvir,
mas ainda vejo você algumas vezes quando fecho os olhos
ou no fundo dos copos cheios de birita ou vazios.
Eu bebo debaixo de chuva e com o sol a pino...!
Só Deus sabe como consigo voltar pra casa da qual minha mãe quer me expulsado por eu ter me tornado o que sou.
Ainda bem que você e nenhuma que veio antes ou depois está aqui pra ver
Este vagabundo alcoólatra que me tornei:
Bebendo praticamente todo dia pra morrer mais rápido.
Não me preocupo mais se alguém ainda se importa ou não
Mesmo porque eu mesmo nem me importo mais.
Não quero que você morra – eu só quero te esquecer completamente e de uma vez por todas.
Toda vez que eu encho a cara não é só pra me divertir
É pra te esquecer também!
Pra você eu estou morto e enterrado e apagado do passado –
Porque Gaia não permite que você seja isso para mim?
Você era tão bonita e por você, somente por você eu poderia até parar de beber
Mas tenho certeza absoluta de que você não vai mais voltar
Então só me resta seguir em frente e tomando todas em homenagem a minha incomensurável estupidez.
Eu sou um dos primeiros a chegar e só saio depois do último cigarro ser fumado até o filtro e não tiver mais uma gota de bebida nos copos e nas garrafas.
Eu não vou casar e ter mulher, filhos, família, casa e emprego.
Deus é Pai e não padrasto e não vai me permitir viver para ter isso tudo;
E nem se eu quisesse, nem poderia – também pudera, com essa vida que eu levo
Sem horário e regras a de comer, dormir e viver
Dormindo e lendo muito, sem nenhum exercício físico, ouvindo rock’n’roll o dia todo e me embriagando um dia depois do outro.
E será que você ainda sorri com os olhos o sorriso mais belo deste mundo
Quando quem você gosta de verdade está no seu campo de visão?
Por favor, eu imploro, faça suas malas e se vá embora de uma vez por todas de minha mente e de meu coração!
Você ter ido embora sem olhar para trás influiu bastante no que eu sou hoje e isso eu devo admitir.
Eu fiquei com a literatura e com a bebida, com as lágrimas, com o rock’n’roll e com a solidão.
Eu tenho quase certeza absoluta que não lerás este poema até o final ou mesmo lê-lo-á
Mas eu precisava botar tudo isso pra fora.

:: 07 de abril de 2008 ::
:: Vielen Dank zu: Annie, Shir und Renata ::