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YEAH, HOUSTON, WIR HABEN BÜCHER!

e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

MANHÃ NERD DA QUARTA-FEIRA

Ouvindo: Hagalaz Runedance, The Winds That Sang of Midgard’s Fate, de 1998

“Well, I’ve got some scattered pictures lying on my bedroom floor. Reminds me of the times we shared, makes me wish that you were here cause now it seems I've forgotten my purpose in this life. All the songs have been erased. Guess I’ve learned from my mistakes.

Well, open the past and present now and we are there, story to tell and I am listening. Open the past and present, and the future too. It’s all I got and I’m giving it to you.”
– Green Day, “Scattered”, do álbum Nimrod, de 1997

Na moral, meu humor está bem melhor do que o de ontem. Só não me perguntem a razão, senão perde a graça.

Ontem à noite, lá na facul:
Bem, eu disse aqui na postagem de sexta que escrevi uma carta fodônica pra Luciana (e que não foi entregue, ver comentário no post de domingo). Ontem, durante a aula tanto de Herr Cabral (de Latim) quanto na de Frau Matar (de 3TI2) finalmente arrumei coragem (e saco!) de escrever uma (outra carta fodônica) que seria tipo um apêndice, explanando sobre um assunto (que simples e realmente não vem ao caso comentar aqui qual seria) que simplesmente não abordei na carta anterior. Tomara que os irmãos Muinhos ainda não tenham entregue a primeira carta, porque essa aqui (mais o poema que está postado no post do dia 19.09.2009) vai ser entregue de uma vez só e aí, bem......
Aí veremos os resultados (por isso a citação de “Scattered” abrindo o post).

Hoje de manhã.
Pois é, eu me inscrevi num mini-curso chamado O Fantástico e a Ficção Cientifica: A Influência da Literatura nas Linguagens Artísticas Contemporâneas, que, só pelo nome, achei que ia ser uma coisa, no mínimo, só muito do caralho. Dito e feito. Coisa “só o must”, mais do que especialmente feita de Nerds para Nerds. E a melhor parte é que conheço os três ministrantes: o Alan Ferreira Costa (também de Deutschsprache), o Charles Santos (do RPG, que eu morria e não sabia que era da UFPA) e mais o Jean Kleyton Coutinho (que eu via sempre zanzando lá pela UFPA; caralho, nunca sabemos quem é aluno de lá ou não devido ao fluxo de pessoas que ronda por lá).
Voltando: o trabalho deles, mesmo com todas as cagadas da organização (tinha que ser), foi “só” do CARALHO! Mesmo com a ausência de recursos (viva a organização!), eles fizeram uma “pré” muito da sua foda! ‘Tá certo que os três quase saíram distribuindo Roundhouse Kicks na galera do apoio (como eu ‘tava pronto pra fazer ontem), mas até que tudo saiu muito legal. Eles fizeram um ótimo apanhado sobre a história da literatura fantástica e como ela “evoluiu” pra ficção cientifica, falando de obras e autores seminais, além de certos conceitos e relações entre gêneros e subgêneros e suas devidas conceituações e diferenças. Foi f-o-d-a-!
Amanhã tem a segunda parte. Tomara que seja tão caralhal quanto a de hoje foi.

Mas, em contrapartida, teve o trabalho do Muinhos Discernimentos & desabafos – Bilac, o cronista – que ele teve o imenso desprazer de não apresentar justamente por não ter público. Caaaaaaaaaaaaaaaras, foi-uma-merda. O Muitas-Garras (i.e.: Muinhos) não merecia/merece isso, ainda mais depois do trabalho de cão que ele teve pra fazer este projeto e coloca-lo em funcionamento.
Foi foda, caras. FODA!

E eu reclamando pra porra do meu trabalho APRESENTADO ontem.





Agora deixa eu ir tomar um banho daqueles e dormir um pouco que, mais tarde, vai ter uma palestra muitíssimo da sua escrota lá na facul e só vou pra pegar o certificado de participação, senão......






E que todo o resto do mundo, com exceção das pessoas que amo e curto verdadeiramente, vá tomar bem no meio do olho do cú – começando pela equipe de organização da SEMAL!

[quase um] DESASTRE COMPLETO

“Smoke of my sacrifice. –
Journey to the Isle of the
Blessed. –
Grant my soul your glory.
At night time – I’m your guest.
Only I know why –

Each dawn I die.”
– Manowar, Each Dawn I Die”, do álbum Hail to England, de 1984.

Biblioteca da FIBRA
Devem ser umas oito da noite, por aí. Foda-se isso.

Caralho, eu dormi muito bem, muito obrigado, hoje à tarde, quando cheguei da UFPA. Eu simplesmente não dormi, mas, como o meu grande amigo Leandro (Otavio Vieira Brasil) comumente faz, eu morri (e, consequentemente, ressuscitei).
Da madrugada de ontem pra hoje, finalmente consegui finalizar meu trabalho pra SEMAL (i.e.: Semana Acadêmica de Letras) deste ano, que foi sobre ninguém mais ninguém menos do que o ROBERT ERWIN HOWARD (22.01.1906 – 11.06.1936), que é o criador de verdadeiros personagens clássicos da literatura clássica como Conan, Rei Kull, Sonja e Salomão Kane (não sabe quem são? te mata, seu merda! faça-se um [imenso] favor e vai procurar saber, seu[ua] puto[a]!). Não foi tão escroto quanto pensei, mas a pior parte ainda foi tanto baixar os trailers dos filmes do YouTube, converte-los para um formato joinha e organizar os slides em uma apresentação coerente. O pior foi ter que passar a madrugada acordado, fazendo toda essa merda. A verdade é que tudo isso já devia estar é mais do que pronto, mas como foi pros dois dias do Dia D do RPG.................................
Mas tudo foi quase, entendam bem, QUASE, Q-U-A-S-E-! por água abaixo, graças a (tinha que ser) à (nada invejável) organização do evento!
Primeiro: na Programação Geral do Evento, disseram que minha apresentação seria na Gb3 (i.e.: a terceira sala do bloco G, do Campus Básico), mas, no final, foi na Gb1.
Segundo: como levei os vídeos e coloquei na ficha de inscrição que o método de apresentação seria utilizando um DVD, eu cri piamente de que assim seria. Na primeira sala em que eu estava, a placa de áudio do PC ‘tava pegando que era uma maravilha. puta merda, fiquei feliz pra caralho com aquilo. Como me lançaram pra Gb3, o PC de lá nem áudio tinha, isso me deixou EXTREMAMENTE ENCARALHADO, uma vez que, como não tinha o áudio, a exposição dos trailers dos filmes dos personagens do Howard iam perder praticamente metade do seu impacto (a outra obviamente, era a do impacto visual). PUUUUUUUUUUUUUUTA QUE PARIU! VAAAAAAAAAAAI TOMAAAAAAAAAAR NO CÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ!!!!!!!!!!!! Fiquei tão fodida e caralhamente puto que misturei todas as informações na minha cabeça e fiz uma cagada power violence (entretanto, a apresentação foi mais satisfatória do que pensei, extreme ironia!).
Terceiro (e não tão ruim assim, por isso vai ser o último): nem todo mundo que eu convidei (exemplos: Siro, Luciana, Breno, Tami-chan, Sr. e Sra. Betão, Anselmo, Andréa, Mauricio, Uchiha, Maga-chan, Frau Muinhos, Rosana e Frau Steffen, só pra citar os mais-mais importantes) apareceu pra ver este [quase] desastre total. AINDA BEM! Aí mesmo que eu ficar muito mais emputecido da vida! Não quero nem pensar – os caras lá e eu com cara de bunda, muito encaralhado da vida com a falta de áudio no PC, e apresentando aquela porra assim mesmo.

Tsc, tsc, tsc.
Alguém tem que morrer por causa disso.


Compensações (tinha que ter, né, caraiu?):
1ª: tanto mamãe quanto o John Cash (João Paulo Silva Assunção) e o Victor Hugo, vulgo Pëixë (este do CEFET), foram ver meu trabalho, fiquei “só” feliz-para-caralho com isso (agora algum maldito retardado pergunta: “como é que você ficar ‘feliz-para-caralho’ ao mesmo tempo em que fica ‘fodida-e-caralhamente-puto’?!?” VAI SABER, CARALHO!!!!)
2ª: até onde EU soube, eu fui “só” o ÚNICO entre os CALOUROS de Letras do Campus Central (o de Belém, né, caralho?) de 2009 e o ÚNICO dos apresentadores de Sessão de Comunicação Oral (categoria no qual meu trabalho se encaixa) que não apresentou seu trabalho sem ter que ler nenhum maldito papel. Diabos de Arallu e Malfeas! Não acredito que ainda tem gente no Ensino Superior (ainda mais em uma IFE) que ministra trabalho lendo um texto digitado ou manuscrito em papel. Já sabem, viu, seus malditos merdas? ALL YOU MUST FUCKING DIE!!!!!
3º: Ainda bem que nem Frau Steffen nem Frau Ribeiro apareceram pra ver minha apresentação!!!! Eu fiquei meio com cara de cu por causa disso (delas num terem ido), mas, pensando pelo lado bótimo (bótimo = bom + ótimo), isso foi demais justamente por elas duas (Steffen e Ribeiro) não terem encontrado com mamãe e assim desatarem a falar mal de mim. Sabeis como é: quanto menos encheção de paciência, muuuuuuuuuito melhor!

Mas sabem de uma coisa? Ainda tem a SEMAL do ano que vem.
Aí, caso aconteça algo assim ou semelhante, podem ter CERTEZA que, se eu não matar alguém que, no mínimo, TENTAR foder a apresentação do meu trabalho sobre a dupla Stan Lee/Jack Kirby ou mesmo sobre o mangá Lobo Solitário, alguém, seja quem for, vai ter, no mínimo, sua espinha dorsal despedaçada e ficar TETRAplégico (e isso porque eu sou um cara legal);


E tenho dito!


(trilha sonora de fundo: CPM22, Felicidade Instantânea, 2005)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DIA D do RPG 2009 – dia dois: 27 de setembro de 2009. Domingo!

(trilha sonora de fundo: Pantera, Great Southern Trendkill, de 1996)


“Celebro todo dia
Minha vida e meus amigos
Eu acredito em mim
E continuo limpo.”

– Legião Urbana, “A Fonte”, do álbum O Descobrimento do Brasil, de 1993

Eu acordei bem mais disposto do que eu pensava (também pudera!, fui dormir morto de quebrado ontem!). Como ontem, antes de sair, fiz um almoço super jóia (miojo + sardinha + farinha) pra forrar o bucho lá no evento (como de praxe! e eu lá tenho saco pra comprar comida em evento de RPG?!?) e me mandei lá pra Aldeia Cabana pra mó de encarar o segundo dia do Dia D do RPG 2009.

Ao chegar lá (mesmo pegando dois bondes), cheguei lá antes das nove da matina! Incrível! (incrível o caralho! como faço bando da organização e apoio do evento deste ano, era pr’eu estar lá às oito, tsc, tsc, tsc). Só pra variar, além dos alunos de RPG do Chuva, não tinha mais ninguém por lá. A galera foi chegando mesmo é lá pelas dez, onze da manhã e, puta-que-o-pariumente, deu tão pouca gente quanto ontem e, novamente, não joguei porra nenhuma, porém como o Alex (Paraguay/Nitte/Japa) lá do Pedro Teixeira, amigo do Muinhos, e o Raimundo Junior, lá da galera do RPG de Ananindeua, o apareceram por lá, eu acabei narrando uma mesa de Garou pra eles + Breno (Garcia) e (Felipe) Ehtero e o Nathan (ambos tanto do CEFET quanto do famigerado Projeto Augúrio, do qual falei ontem). Pra variar, foi uma uni-shot (aventura de uma só sessão) de Garou, tal como nos dois Dia D anteriores (i.e.: 2007 e 2008).

Tal como ontem, todo mundo que não veio ontem também não apareceu hoje. Eu até dei uma passada na casa do Siro pra ver se ele ia, ele disse que ia, mas, no final...... Mas, com ele, não tem bronca. Como ele ‘tá perengue de saúde, tá desculpado! Quanto ao resto, tsc, tsc, tsc. Como eu disse, teve o lance da divulgação (não, isso não justifica!).

É uma merda fodônica mesmo. Ano passado, o pessoal reclamou-para-caralho por causa do local do evento e sua conseqüente acessibilidade. Este ano, foi num lugar relativamente de fácil acesso todavia bem mais arejado e muitíssimo mais espaçoso, todavia, com a supracitada quantidade de gatos pingados que tiveram a coragem de aparecer, praticamente ninguém foi. Como se já não bastasse o boicote da cornolhada (cornolhada = coletivo de chifrudos e cornos-mansos, acabei de inventar!) da galera do Augúrio, muita gente que veio ontem fez o imensurável favor de não aparecer hoje...... Puta que pariu!

Depois da uni-shot e de ter arrumado e limpado o local do evento, segui lá pro Pedro Teixeira pra mó de ver a Luciana, mas acabou não rolando (tudo por causa da maldita carta que foi escrita [ver Correspondência / Dia D do RPG [prévia]], todavia não entregue – caralhooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!). pois é, aí desci lá pra casa do Muinhos, fiquei vendo a vitória (mais do que merecida) do São Raimundo (lá de Santarém) sobre o Cristal, ficamos falando merda, subimos (nós dois + Naryga + Papa + um outro amigo deles cujo nome não lembro agora) pra praça pra tomarmos umas canas, tocarmos umas músicas e continuarmos falando assuntos extremamente pertinentes às nossas pessoas (i.e.: nerdices e cultura inútil em geral). Ou seja, ficamos muito loucos, há, há, há. Eu, então, nem se fala (mais risos).

Agora é quase meia-noite e ‘tô aqui, muito do seu bêbado, digitando essa postagem no computador do Muinhos, e vendo quando vai ser a apresentação do meu trabalho na SEMAL (Semana Acadêmica de Letras).... Opa! Vai ser na terça, das 08:50 às 09:10 lá na (sala) GB3! Agora só é ir lá (pra UFPA) amanhã de manhã me inscrever em mini-cursos e oficinas e mandar ver!

Agora, amiguinhos-da-Wyrm, deixem eu terminar de jantar e terminar de falar com a Boller no MSN pra poder ir dormir que amanhã começa outra semana-fodônica-do-Malafaia!








(arre, caralho! eu sei que vou sonhar com ela e dizer o nome dela enquanto estiver dormindo! isso ainda vai acabar de vez comigo!!!!! estar apaixonado de verdade e não ser correspondido é a pior das mazelas pelas quais um ser humano pode passar!!!!!!)

domingo, 27 de setembro de 2009

DIA D do RPG 2009 – dia um: 26 de setembro de 2009. Sábado!

“Get your motor running
Head out on the highway
Lookin’ for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin’, gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space”
– Steppenwolf, “Born to Be Wild”, de 1968

Realmente, hoje foi um dia (quase) do caralho. Com exceção dos veadinhos do Roney e do Claude terem conseguido me convencer a ir ao CEFET pra ir a uma festa que rolou basicamente só reggae (ritmo musical do qual não nutro nada além de desprezo e asco) – e como eu não sei dançar praticamente porra nenhuma...... –, o dia foi realmente muito bom.

A aula de Deutschsprachfreikurs foi mais rentável e esclarecedora do que eu esperava. Como eu ainda estava com algumas dúvidas em relação a algumas coisas do G4 foi realmente ótimo Frau Sauaia ter as sanado. É, eu adoro zoar com os caras da minha sala também, he, he, he.

Dia D do RPG 2009. Mesmo com pouquíssima gente ter comparecido, foi realmente muito bom reunir a velha (nova) turma que apareceu por lá, porque, da velha guarda mesmo, estávamos somente eu + Chuva-Vermelha + Nassandra. O resto “já cresceu” e “não tem mais tempo pra essas coisas” (não preciso dizer nomes porque eles saberão quem são quando lerem isso). Talvez se Mutter Laura e Vater Rafael e o Farra-el estivessem por aqui, eles pudessem até comparecer, mas como eles não estão mais...

Quando cheguei lá, o Breno (Muinhos) ‘tava narrando uma mesa de Vampiro: A Máscara ambientada na Europa Oriental pós-Segunda Guerra Mundial pro Papa, Naryga (Yuri), Josué (lá do [Projeto] Augúrio [vou falar um ‘porquinho’ deles mais a frente]) e mais umas peças que estavam por lá, todavia eu praticamente não joguei nada, só fiz ficar conversando mesmo com o Minhoca (Sullivan) e com a Camila (Souza) até a hora que eles foram embora, depois fiquei zanzando por lá mesmo. Infelizmente, com minha nobre exceção, ninguém da turma do RPG-Ananindeua e praticamente ninguém da turma do RPG CEFET meteu as caras por lá. Bando de cornos. Mas até que é perfeitamente compreensível, uma vez que as putas dos Correios entraram de greve, o Bruno (organizador do evento) não recebu o material de divulgação pra espalhar pela cidade e centros de reunião de RPGistas, tal como o próprio CEFET, a UFPA (por mais incrível que possa parecer, lá AINDA tem jogadores de RPG, tal qual a mim, o Raimundo, o Breno, o Edjan e o Peixe). Lamentável.

Falando na galera do Projeto Augúrio, eu fiquei sabendo por terceiros presentes no evento que esse bando de putas combinaram de não aparecerem por lá. Bom, eles que se fodam! Vou bem cortar meu pinto por eles não terem ido...........! tsc, tsc, tsc.

Uma coisa joinha foi que teve um encontro de tribos de motoqueiros logo ao lado de onde o evento ‘tava acontecendo e deu pra ficar secando de boa as loiras que ‘tavam com os Easy Riders e suas máquinas foderosas! Pooooooooooooooorra, se eu tivesse uma máquina daquelas, mas é nunca que eu ficava sem mulher! (é justamente por causa desse evento de motocas-men que decidi abrir o post com a citação de B

Cheguei em casa → tomei banho → ‘tô jantando → ‘tô digitando esta postagem → vou ler meus e-mails → vou dormir.

Não tem como fazer mais nada, uma vez que ‘tô morto de quebrado.
Essa semana foi foda.

Que venha o segundo dia do Dia D do RPG 2009!


(trilha sonora de fundo: Temple of the Dog, da banda de mesmo nome, de 1991)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CORRESPONDÊNCIA / DIA D DO RPG 2009 [prévia]

Trilha sonora de fundo: AC/DC, For Those About to Rock We Salute You, 1981.

“I can see the light that shines on you and me
Won’t you give one more chance?”
– Bambix, “Summersong”, do álbum Leitmotiv, de 1998.


Hoje de manhã, lá na UFPA, durante as aulas de Filosofia da Linguagem – de Frau Iêda – e de Panorama da Literatura em Língua Portuguesa – de Frau Isabelle Leal –, escrevi numa daquelas páginas dupla de papel com pauta uma tremenda duma carta monstro pra Luciana. Ela meio que serve de complemento pra “primeira encomenda” que mandei pra ela esta semana através do Breno e da Magali Pauxis Muinhos (ver Quanto Mais Aniversários Melhor! e Aniversário da Maga-chan: Comentários Gerais), que contém basicamente a maioria dos poemas que escrevi pra ela (como “Tomcat Annie” e “(tentativa de) Samba (escrito para) Luciana” – presentes em [muito mais] POEMAS [escritos dentro de sala de aula]), além d’um CD que fiz pra ela com vinte e quatro das algumas das (muitas) músicas que, ao ouvir, lembro dela, tal como “Mesa de Saloon” (cuja citação abre Canção Para Luciana), “Outros Tempos” (esta é dos Engenheiros do Hawaii, do álbum Minuano, de 1997), “Porch” (não preciso nem dizer de quem é, dá uma lida em Como Estragar o Primeiro Dia do Seu Ano Novo pra ver a letra e sua respectiva tradução), a versão dos Los Hermanos pra “Pra Ver Se Cola” (do Trem da Alegria, presente em kein Titel – anderen Lied zu Luciana), “Iceberg”, do DF (de Dead Fish, não de Detrito Federal, finada banda punk brasiliense de meados da década de 1980), “Esperando na Janela”, do Cogumelo Plutão, “1000 Memories”, do BR (que abre Meridianne – encontrado em um antigo livro de RPG), entre algumas outras. Têm algumas (canções) que ficaram de fora, mas acho até que vou fazer outro (CD) pra pegar algumas destas, como “Generator” + “Big Me” + “Aurora” + “Next Year”, do Foo Fighters, “Summersong”, do Bambix (que abre este post), “Morgenstern”, do Rammstein (que abre Canção Para Thaíse), mais algumas outras, sei lá.
Bom, eu sei – até agora – que do primeiro CD ela gostou (caaaaaaaaaaras, isso me deixou muito do seu besta! Achei que ela iria odiar!) Espero que também tenha gostado dos poemas. E espero que ela curta/entenda/compreenda a carta que mandei através do Muinhos (que, mais do que honestamente, espero que tanto ele ou a Maga-chan tenham entregue à Luciana...).

Falando nesse bicho (Breno), amanhã tem o Dia D do RPG 2009, lá na Aldeia Cabana. Só pra variar, organizado pelo Bruno Carlos Ferreira Neves, vulgo Chuva-Vermelha-de-Sangue (ver Novembro Cinza e Poemas Para Renata, Chuva-Vermelha-de-Sangue, Pequeno Poema Para Meus Amigos). E, espero que, como nos anos anteriores, seja um evento muito do seu fodástico! Este ano, não vou participar como narrador/jogador e sim no Apoio e Organização do evento. Sabem como é, dar essa forraça pro Bruno e pra Nassandra! Não esquentem que vou postar fotos e fatos dos dois dias da seção paraense do maior evento de RPG da América Latina!

bis zu dem fucking new post!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CENTENÁRIO DO CEFET-PÁRA - parte um

De Escola de Aprendizes Artífices a Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA
*Lairson Costa*
23 de setembro de 1909, o então presidente da República Nilo Peçanha criou dezenove Escolas de Aprendizes Artífices, dentre elas a do Pará, cuja implantação só veio a ocorrer de fato em 1º de agosto de 1910.
O objetivo era ensinar a menores desprovidos de fortuna os ofícios de operário e contra-mestre. Vinte menores iniciaram o aprendizado. No ano seguinte a matrícula chegava a 95 alunos.
No início funcionou em prédio cedido pelo Governo do Estado, na Avenida 22 de junho, atual Alcindo Cacela, onde foram instaladas as oficinas de Marcenaria, Alfaiataria, Funilaria, Sapataria e Ferraria. Seu primeiro diretor foi o engenheiro Raymundo da Silva Porto.
Em 1911, além da aprendizagem de ofícios, a escola passou a ter os cursos Primário e de Desenho. Em 1912, passa a funcionar à noite com um total de 197 de matriculados.
Até 1919, as Escolas de Aprendizes Artífices – EAAs – de todo o Brasil enfrentavam dificuldades para contratar professores para o ensino de ofícios. A iniciativa do Prefeito do Distrito Federal em fundar, no dia 17 de agosto de 1927, a Escola de Artes e Ofícios Wenceslau Braz foi importante para resolver esse problema. Por um acordo firmado a 27 de junho entre o Governo Federal e a Prefeitura do Distrito Federal, a Escola Wenceslau Braz foi incorporada ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Com isso, teve início a preparação de professores e mestres que tanto as EAAs almejavam.
A Lei nº 378 de 1937 reorganiza o Ministério da Educação e cria o Departamento de Ensino Profissional, subordinado à Divisão de Ensino Industrial, que passou a ser Departamento Nacional de Educação, ao qual as EAAs estavam subordinadas. Nesse ano, estas passam a denominar-se Liceu Industrial.
Surge em 1939 a Banda Marcial do Liceu Industrial, hoje uma das mais tradicionais do Pará.
Em decorrência do decreto-lei de 25 de fevereiro de 1942, a escola passa à denominação de Escola Industrial de Belém, adaptando-se à Lei Orgânica do Ensino Industrial, recém-aprovada.
No dia 29 de dezembro de 1944, foi criado o quadro permanente da Escola, que amparou todos os funcionários e docentes.
Em 1947, por meio de convênio Brasil-Estados Unidos, parte o primeiro grupo de professores de Escolas Industriais e Escolas Técnicas mantidas pela União, com o objetivo de aperfeiçoar suas técnicas de ensino. Do Pará, participaram dois professores.
No ano de 1950, dois fatos merecem destaque no cenário nacional: 1) As Escolas Técnicas Federais ou equivalentes passam a receber alunos que concluíram curso industrial pelas escolas do SENAI, para prosseguimento do curso técnico, por meio da portaria nº 15 do Ministério da Educação e Saúde. 2) Autorização pelo Ministério da Educação, no dia 31 de março, aos alunos concluintes de cursos industrial, agrícola e comercial a matrícula no 2.º Ciclo colegial ou técnico.
Essas duas autorizações amenizaram o problema dos cursos do SENAI e Escolas Industriais, Agrícolas e Comerciais, que paravam ao término da 4.ª série do 1º ciclo.
Nesse mesmo ano, a professora Angelina Ferreira da Silva parte para os Estados Unidos representando o Pará no segundo grupo de professores de Escolas Industriais e Escolas Técnicas. Ali especializa-se em Orientação Educacional. Ao retornar, em 1952, implanta o Serviço de Orientação Educacional na Escola Industrial de Belém, o primeiro a funcionar numa escola mantida pela União.
Em 1965, no governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, foi iniciada a construção da nova sede da Escola, na Av. Almirante Barroso, 1155, Marco, numa área de 43.736 m2.
A Escola Industrial de Belém passa a ser denominada Escola Industrial Federal do Pará, em 1966, atuando com o ensino profissional em nível de 2.º Ciclo, hoje Ensino Médio, com os cursos de Edificações e Estradas. Inicia-se a extinção gradativa do curso ginásio industrial.
A criação dos cursos técnicos tornou as instalações da travessa D. Romualdo de Seixas pequenas para abrigar o número crescente de alunos matriculados naquele ano, fazendo com que acontecesse, paulatinamente, a transferência da Escola para as instalações construídas na Almirante Barroso.
A Escola torna-se Escola Técnica Federal do Pará, em 1968, já totalmente instalada em sua nova sede, inaugurada em 12 de agosto. É nesse ano também que a Escola abre as portas para estudantes do sexo feminino.
Em 1970, o Curso de Eletromecânica é desmembrado em dois: Mecânica de Máquinas (hoje apenas Mecânica) e Eletrotécnica. Também nesse ano, acontecem na Escola o V Jogos Estudantis Brasileiros de Ensino Industrial, com a participação de 15 escolas técnicas e mais de 500 atletas.
A partir de 1995, a Escola passou a atuar em regime anual, sendo reservado o período diurno para o atendimento de alunos egressos do 1º grau em Cursos Regulares e o noturno, para os Cursos Técnicos Especiais, com duração de dois anos. Implantaram-se nesse ano os Cursos Técnicos Especiais de Edificações, Eletrotécnica, Mecânica, Metalurgia, Processamento de Dados e Curso Técnico de Trânsito. Este último foi efetivado em convênio com o DETRAN/Governo do Estado do Pará, iniciado no segundo semestre de 1996.
Implantaram-se, em 1968, cursos técnicos na modalidade pós-médio nas áreas de Química, Radiologia Médica, Registro de Saúde, Pesca e Turismo, a fim de atender à necessidade da formação de recursos humanos na área tecnológica.
Com a finalidade de levar ao interior do Pará um ensino de qualidade, favorecendo os anseios de realização e progresso da região Norte, o CEFET/PA expandiu-se e, hoje, conta com três Unidades de Ensino avançadas localizadas em mesorregiões estratégicas para o estado nos municípios de Marabá (12/03/87), Altamira (12/03/87) e Tucuruí (21/12/94).
Em 1980, em convênio com o Parque de Material Aeronáutico de Belém - PAMA-BE, iniciou-se um Curso Pós-Técnico de Manutenção de Aeronaves. Com a evolução da experiência, o Departamento de Aviação Civil/DAC criou a primeira Escola de Mecânicos Civis de
Aeronaves, em convênio com o CEFET/PA. A experiência estendeu-se ao Curso de Eletrônica, e, em 1991, formou-se a primeira turma de alunos de Manutenção de Aeronaves, na modalidade Eletrônica.
Cursos de Lapidação e Artesanato Mineral foram implantados, em 1990, no CEFET/PA, em decorrência de convênio firmado com a PARAMINÉRIOS, órgão da Secretaria de Ciência e Tecnologia, para formar mão-de-obra especializada, a fim de atender às necessidades emergentes do mercado de trabalho, em decorrência da implantação de pólo mineral na região.
A partir de 1997, ofereceu-se à comunidade paraense cerca de setenta e cinco Cursos de Educação Profissional em Nível Básico, nos diversos setores da economia. Esses cursos foram (e até hoje são) ministrados em Belém e em vários municípios do Estado do Pará, atendendo a uma média de 3.500 participantes/ano.
Ainda em 1997, foi instituída pelo MEC a verticalização da Educação Profissional, nos níveis Básico, Técnico e Tecnológico. Dessa forma, a ETFPA foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará, com a finalidade de atuar no Ensino Médio, na Educação Profissional e na Educação Superior, bem como desenvolver a pesquisa tecnológica.
A partir de março/2000, o CEFET/PA, amparado pelo Decreto Federal nº 2.406, de 27/11/1997, implanta Cursos Superiores de Tecnologia, passando a ofertar os Cursos de Licenciatura - Graduação Plena e Curso Normal Superior para Formação de Professores na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, dando ênfase às Ciências e suas Tecnologias, em Belém, Parauapebas, Tucuruí, Santarém e Redenção.
O Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais - PNEs foi implantado em dezembro/2004, com o objetivo de desenvolver o Programa Nacional de Educação, Tecnologia e Profissionalização para PNEs (TECNEP) no CEFET/PA.
Em 1º de julho de 2005, o Ministério da Educação, por meio da Diretoria de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, reconhece os cursos superiores de Licenciatura em Biologia, Física, Geografia e Matemática do CEFET/PA.
Hoje, o Centro oferece os seguintes cursos Superiores: Licenciatura: Física, Química, Matemática, Geografia, Biologia, Pedagogia e Letras; Tecnologia: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão de Saúde, Sistema de Telecomunicações, Saneamento Ambiental, Gestão Pública e Eletrotécnica; Engenharia: Materiais e Engenharia de Automação, Gestão Pública. Técnicos: Estradas, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Telecomunicações, Mineração, Automação Industrial, Planejamento e Realização de Eventos, Mecânica, Pesca, Aquicultura, Agrimensura/Geo, Meio Ambiente, Design de Móveis e Interiores, Saneamento Ambiental.
O CEFET/PA passa, em 2005, a oferecer aos municípios dos Estados de Pará, Roraima e Amapá cursos superiores na modalidade a distância, por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB): Licenciaturas em Geografia, Biologia, Química, Física, Matemática, Pedagogia, além dos cursos de Saúde Pública e Tecnologia em Desenvolvimento de Sistemas de Informação. Há ainda o curso de pós-graduação a distância de Aperfeiçoamento em Educação Especial.
São oferecidos pelo Centro os cursos de Pós-Graduação "Lato Sensu": Especialização em Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade EJA, Aperfeiçoamento em Políticas Públicas de Relações Étnico-Raciais e Aperfeiçoamento na Aplicação da Lei 10.639/2003.
Os cursos de Mestrado e Doutorado vêm sendo realizados por meio de convênios com as universidades públicas federais reconhecidas pela CAPES: CEFET-PA/UFPA: Mestrado em Matemática e Estatística, com dez servidores docentes sendo qualificados; 2) Doutorado Interinstitucional CEFET-PA/UNICAMP: Engenharia Mecânica: “Engenharia de Materiais e Processos de Fabricação”, com treze servidores sendo qualificados; 3) Convênio CEFET-PA/UFPA: Mestrado Profissional em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia, com previsão para qualificação de 20 servidores; 4) Convênio com a UnB MEC: Mestrado em Gestão Pública, com um total de nove docentes. Vale destacar que o CEFET/PA tem hoje três professores cursando doutorado com bolsa captada na CAPES/SETEC, por meio do Programa de Qualificação Institucional de Capacitação Docente (PIQDTec).
Em 11 de março de 2008, o CEFET, a Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, a Escola Técnica de Música (vinculada) e a Escola Agrotécnica de Marabá oficializam sua adesão ao modelo proposto pela SETEC/MEC de se transformarem em Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica.
Para dar conta dessas atividades, o IFPA tem em seu quadro 290 professores, incluindo efetivos e substitutos do Ensino Médio, Técnico e Superior; e 147 servidores técnico-administrativos para uma demanda de 5.202 alunos.
O atual reitor é o professor Edson Ary de Oliveira Fontes, reeleito em junho para um mandato de quatro anos.
No dia 23, a comunidade da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, da qual o IFPA faz parte, comemorou em Brasília e em todos os Estados da federação, os 99 anos e o lançamento do centenário da Rede. As comemorações continuarão por todo o ano de 2009 e se estenderão a 2010. Em Belém, a Comissão Organizadora do Centenário promoveu as seguintes atividades: Apresentação de trabalhos técnico-científicos de alunos e professores; exposição fotográfica sobre os 100 anos da instituição; lançamento do vídeo institucional; lançamento do samba-enredo da Escola de Samba Bole-Bole, que homenageia o IFPA/PA; e torneio de futebol de salão e de campo, voleibol e tênis de mesa.
No dia 20 de dezembro, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Lei nº 11.892 que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Com isso, nossa Instituição passou por mudanças em sua estrutura física e organizacional para atender a essa nova realidade.
O artigo 2º da Lei acima preconiza que os Institutos devem oferecer ensino básico, profissional e
superior. Os cursos superiores são regulamentados, avaliados e supervisionados com os mesmos critérios das universidades federais, tendo, dentre outras, autonomia para criar e extinguir cursos.
Nosso Instituto Federal tem como órgão executivo a Reitoria (um reitor e cinco Pró-reitores). Os diretores gerais dos campi são nomeados pelo reitor. Neste primeiro momento, serão respeitados os mandatos dos diretores eleitos pela comunidade.
Fazem parte do IFPA os seguintes campi: Belém (sede), Abaetetuba, Altamira, Bragança, Castanhal, Conceição do Araguaia, Itaituba, Marabá, Nova Marabá, Santarém e Tucuruí.

BIBLIOGRAFIA
BASTOS, Péricles Antônio Barras. De Escolas de Aprendizes Artífices à Escola Técnica Federal do Pará. Belém: CEFET, 1984.

COSTA, Lairson Barbosa da. CEFET, História que inspira poesia. Belém: CEFET; L &A, 2005.

Jornal do CEFET/PA, dezembro de 2008.

MOTA, Carlos Alberto Mendes da et al. Proposta de Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia dos Materiais do CEFET/PA. In: CEFET, História que inspira poesia. Belém: CEFET, 2005.


* Prof. do Instituto Federal do Pará - IFPA e Revisor de Textos da Universidade Federal do Pará - UFPA. É autor dos livros Insanidades (contos, 2002); Mosqueiro em Versos (2003); Mosqueiro, Pura Poesia (2004); CEFET, História que inspira poesia (2005); Contando Histórias (contos, 2006); Tênis de Mesa no Pará... (2007); Igreja do Evangelho Quadrangular: 35 anos abençoando as famílias paraenses (2008); Orientações para a Produção Textual.." (2009); e "Um encanto de Ilha" (2009). Lançou os CDs Tributo a Mosqueiro (2006) e Celebrando a IEQ/PA (2008); e o vídeo Um Encanto de Ilha (2008).


fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1559714

domingo, 20 de setembro de 2009

LOBO SOLITÁRIO: O Mito [parte três de três]

Trilha sonora de fundo: Arrastão do Pavulagem, Arraial do Pavulagem, 2001
(deveras contrastante, não?)


LOBO SOLITÁRIO:
O Mito

Como acontece em grandes obras, o mangá se tornou um marco, um grande ponto de referência na cultura pop mundial. A série deixou influências indeléveis em numerosas outras criações, tanto em quadrinhos quanto fora deles. Veremos agora muitos (mas nem de longe todos) trabalhos que foram influenciados direta ou indiretamente por este grande mangá.

Começaremos pelos filmes baseados na série. Em 1972, a HQ ainda em produção, o autor Shintaro Katsu, célebre por ser o intérprete do espadachim cego Zatoichi na série cinematográfica homônima, estava à procura de um papel para seu irmão, Tomisaburo Wakayama, também ator, e viu em Itto Ogami um personagem de potencial comparável ao do próprio Zatoichi. O próprio Kazuo Koike participou da adaptação dos quadrinhos para o filme e o hábil diretor Kenji Misumi (outro veterano dos filmes de Zatoichi) foi chamado para dirigí-lo.

O resultado foi excelente, transpondo com habilidade do papel para a película. Apesar de um tanto encorpada para o papel (tendência que seria seguida pelos outros intérpretes do personagem nas telas), Wakayama revelou-se um ótimo Ogamim ainda que não tivesse o carisma de seu irmão. Mas, apesar de algum sucesso nas bilheterias, não conseguiu cumprir sua meta de igualar o sucesso de Zatoichi.

Ainda assim, a cinessérie continuou até o sexto filme (sempre com Wakayama no papel principal), com qualidade e sucesso decrescentes. O golpe mais sério foi, sem dúvida, o afastamento do diretor Misumi (talvez por motivos de saúde, ele morreu em 1975). O último filme foi lançado em 1974, com a HQ ainda em curso e, em conseqüência disso, a série de filmes foi privada de um desfecho satisfatório.

Os filmes foram o primeiro produto da série a chegar ao ocidente. Em 1980, Roger Coman – o célebre produtor de filmes B – lançou nos EUA um longa-metragem que combinava os dois primeiros filmes japoneses. Sua produtora editou os dois filmes em um só (fazendo alterações consideráveis na história durante o processo), dublou o resultado em inglês, criou uma nova trilha sonora e lançou o produto final com o título de Shogun Assassin. Esse filme, até hoje, é um grande sucesso no mercado de vídeo americano, mais tarde, a série foi lançada sem cortes nos EUA, com o título de Baby Cart Assassin (numa tradução literal, O Assassino do Carrinho de Bebê) e as duas versões (a original e a de Corman) são bastante conhecidas entre os fãs americanos de filmes de artes marciais.

Nesse meio tempo, surgiu no Japão a primeira série de TV do personagem, exibida de 1973 a 1976. Diferente dos filmes, esta adaptou integralmente o manga até seu final. Kinnosuke Nagamura fez o papel de Itto Ogami. Além do sucesso no Japão, a série foi exibida em vários países do ocidente – inclusive no Brasil, com o título de Samurai Fugitivo, pelo SBT.

Diversos outros filmes e séries de TV do personagem foram feitas posteriormente no Japão. Nenhuma parece ter chegado ao ocidente, mas é digno de menção um filme para a TV de 1979, em que Wakayama, o eterno Itto Ogami do cinema, interpreta o maior vilão da série, Retsudo Yagyu.

A influência de Lobo Solitário nas HQs ocidentais começa com Frank Miller. O conhecido artista americano teve seu primeiro contato com a revista através de uma edição encadernada japonesa, emprestada por um amigo seu. Embora não soubesse uma palavra de japonês, Miller ficou impressionado pela força da história e, em especial, da arte de Kazuo Koike. Isso se refletiu logo em seu primeiro trabalho autoral, Ronin (DC Comics), que incorpora muito da temática e da técnica narrativa de Lobo Solitário.

Miller foi também peça fundamental na primeira publicação de Lobo Solitário nos EUA, pela editora First Comics, com o título Lone Wolf and Cub (numa tradução literal, Lobo Solitário e Filhote – título algo incoerente...). Miller fez as primeiras capas e textos introdutórios das primeiras doze edições. A presença de Miller – um dos autores de maior popularidade nos comics americanos – somada aos méritos da série, fizeram da adaptação da First (o primeiro mangá a ser publicado regularmente nos EUA) um enorme sucesso editorial. E apesar de ter durado apenas pouco menos de quatro anos (1987 a 1991), estar repleto de cortes, mal invertido para o sentido ocidental de leitura e com alguns problemas de tradução, a edição da First foi quem tornou o personagem famoso nos EUA.

Merecem atenção especial as capas das edições da First. Assinadas por artistas americanos do porte de Miller, Bill Sienkewicz, Matt Wagner e Mile Ploog, elas contribuíram muito para o sucesso da série. Grande parte delas foi reutilizada nas edições ocidentais posteriores, como a segunda edição americana – agora na íntegra da Dark Horse, nas edições européias, nas várias edições brasileiras (incluindo a presente) e até mesmo em uma das republicações japonesas!

As primeiras edições brasileiras de Lobo Solitário foram baseadas nas da First Comics. A primeira, da Editora Cedibra, reimprimiu fielmente as primeiras edições da First. As duas seguintes, pela Nova Sampa, eram publicadas em um formato menor mas com maior número de páginas.

A segunda edição da Sampa teve algumas capas assinadas por artistas brasileiros, incluindo Mozart Couto. Depois da primeira publicação nos EUA, Lobo Solitário tornou-se referência constante nas HQs norte-americanas com temática samurai. A primeira delas foi Usagi Yojimbo, a maior longa HQ americana de samurais (em publicação regular desde 1986), estrelada por animais antropomórficos. Nela já apareceu um “Bode Solitário” e seu filhote. Um samurai com seu carrinho de bebê também foi coadjuvante da HQ de samurai The Path – de vida infelizmente curta – da extinta editora americana Crossgen.

Qualquer boa idéia que seja incorporada pelos comics americanos acabe inevitavelmente chegando às HQs de super-heróis, e com este mangá não foi exceção. Claramente inspirado na série, o escrito Fabian Nicieza transformou um ex-parceiro do Capitão América, o Nômade, em um super-herói errante com visual de Lorenzo Lamas e um bebê a tiracolo. Embora o personagem tivesse seus méritos (originalidade não era um deles!), ele foi uma vítima da crise que atingiu o mercado americano no início dos anos 90. Algumas de suas histórias foram publicadas na extinta revista Superaventuras Marvel, da Editora Abril.

Uma adaptação muito superior da idéia básica de Lobo Solitário para outra ambientação foi feita na HQ Road to Perdition (Estrada Para Perdição), que coloca o conceito e os personagens no submundo da Grande Depressão dos anos 30. Embora o “Daigoro” dessa versão fosse bem mais crescido, o escrito Max Allan Collins fez a melhor “reimaginação” de Lobo Solitário até o momento (ele inclusive dedica a sua HQ a Koike e Kojima). Curiosamente, esta “versão gângster” também chegou às telas de cinema, em uma adaptada versão cinematográfica bem produzida mas um tanto pausterizada em relação ao original. A HQ foi lançada no Brasil pela Editora Via Lettera.

Por fim, o sucesso conseguido pela sua nova edição de Lobo Solitário nos EUA levou o dono da editora americana Dark Horse, Mike Richardson, a criar a nova versão para o personagem, agora em uma ambientação futurista. Devidamente licenciada e aprovada por Kazuo Koike, Lone Wolf 2100 (Lobo Solitário 2100) vem sendo publicada esporadicamente nos EUA desde então. A história é do competente escritor Mike Kennedy e a arte do bom artista Francisco Ruiz Velasco. Embora seja um trabalho razoável, a HQ sofre em comparação com o muito superior original japonês. Por fim, partindo para o campo da animação, não custa nada mencionar uma ponta de Itto Ogami e seu filho no desenho animado Samurai Jack, que releva uma certa influência da HQ de Koike e Kojima em seu conceito e muitas das soluções narrativas.

Ainda hoje, mais de 30 anos depois de sua publicação original, Lobo Solitário continua inspirando artistas por todo o mundo. E com iniciativa da Panini em publicar o mangá original no Brasil e na Europa, quem sabe quantos outros ainda poderão ser influenciados por ele? Esta é a marca de um verdadeiro clássico!

Pedro “Hunter” Bouça




Nota: há um ponto que ficou meio obscuro no texto da primeira edição de Lobo Solitário (nota do dono do blog: texto presente na postagem Lobo Solitário: o Mangá [parte um de três]). Foi mencionado que o primeiro trabalho de Goseki Kojima foi publicado em 1967. Na verdade, esta é a data de publicação do primeiro mangá do autor serializado em uma antologia periódica vendida em bancas e livrarias de todo o Japão. Antes disso, o autor já tinha uma década de experiência na produção de mangás específicos para o mercado de kashi-bom, as livrarias de aluguel de mangá (uma prática comum no Japão durante os anos 50, hoje em desuso), normalmente adaptações de clássicos da literatura japonesa e histórias de samurai. Kojima fez seu primeiro trabalho ainda neste mercado ainda em 1957, sendo portanto, quando da criação de Lobo Solitário, um artista de mangá já experiente, ainda que, sim, relativamente novo na produção de mangás periódicos, uma disciplina diferente da produção para livrarias de aluguel (onde os autores produziam volumes inteiros, não histórias seriadas como nos trabalhos periódicos a que estamos acostumados).






Fonte: Lobo Solitário, volume 3: A Estrada Branca Entre Dois Rios, Panini Brasil, fevereiro de 2005, páginas 316 a 313.








“Feliz aniversário e Muitas Farras na Vida!” para: Lenina Elizabeth Silva e Silva (ver Canção Para Lenina) e Raoni Sousa Santos!!!!!
Weil ihr das verdient!!!!

sábado, 19 de setembro de 2009

escrito na UFPA na hora da aula [só pra variar]

Trilha sonora de fundo: Foo Fighters, Live at Wembley Arena Stadium, 2009


[sem título]
CADÊ os seus olhos?
Cadê a sua voz?
Cadê o seu corpo?
E sua boa vontade e seu bem-querer?
Cadê o cheiro de seus cabelos?
Cadê a maciez de sua carne?
Cadê o tamanho de seus dedos?
E seu carinho e sua atenção?
Cadê os meus pensamentos
E cadê os meus sonhos?
Além de todos com você?
E por que minhas mãos não estão
Junto às suas
Ao invés de enxugando as lágrimas
Que caem de meus olhos
Quando sinto a sua falta?
E meus lábios que não estão
Junto aos seus
Ao invés de, volta e meia,
Sempre estarem sussurrando seu nome?
E por que, todo dia, estando sem você
É como se fosse o último dos dias
Mesmo sendo o primeiro de tantos outros?
E por que não sinto vontade alguma
De morrer embriagado com toda a cachaça do mundo
Todas as vezes
Que penso em você
E que sonho com você
– dormindo ou acordado –
E que sinto a sua falta
Estando onde estiver?

E porque atualmente
É sempre nas aulas de Frau Steffen
Que escrevo poemas completos
Pra você
Ao invés de prestar atenção na aula
Que ela ministra?
E por que atualmente na aula dela
Que sinto
Mais e mais
a sua falta?

:: escrito durante as aulas de Compreensão e Produção em Alemão 2, ministradas por Frau Patrícia Möller-Steffen, do dia 15 de setembro de 2009 ::








Lendo (e tentando traduzir): Vollkommen fix und Vierzig, quadrinho escrito e desenhado por Erich Rauschenbach, da editora Eichborn, publicado na Alemanha em novembro de 1990.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

nota de esclarecimento

Eu, por algum acaso, já comentei aqui que ODEIO perguntas cretinas?

Me perguntaram esta semana porque, ao postar poemas para a Luciana, eu não coloco mais fotos dela junto (aos poemas em questão).

Respondendo:
EU NÃO POSTO MAIS FOTOS DA LUCIANA JUNTO AOS POEMAS QUE ESCREVO PRA ELA JUSTAMENTE PORQUE NÃO ESTAMOS MAIS NAMORANDO, PORRA!!!!!
Agora ficou claro, caralho?!?










lendo: O Dilema, conto escrito por Wolfdietrich Schnurre, em 1963, presente em Antologia do Moderno Conto Alemão (ver postagem anterior), traduzido por Betty Margarida Kunz.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

SEGUNDO POST FEITO NA UFPA

Booooom dia!

Este é o segundo post que faço na UFPA (o primeiro está em Primeiro Post Feito na UFPA). Desta vez é no laboratório do ILC (Instituto de Letras e Comunicação).
Ainda mais cedo, tivemos uma aula de Teoria do Texto Poético, que, só pra variar, foi uma merda! Ao contrário do que aconteceu com Herr Marco Antônio Camelo e com suas aulas, estou me "afinando" com Frau Giselle Ribeiro, porem suas aulas estão beirando cada mais o e o surreal/ridículo/insuportável/desagradável. Com certeza, o pessoal da sala vai discordar de mim, todavia este é o MEU blog e não o DELES. Ou seja, caso eles tenham – e pode ter certeza que têm – opiniões divergentes da minha, eles que façam seus próprios blogs para explanar suas malditas opiniões sobre o assunto!!!!


(A propósito, vou parar de postar TODOS OS DIAS aqui! Isso 'tá me consumindo tanto tempo quanto atenção desnecessária! "Que porra vou postar hoje, hein?" e "Caralho! Tenho que postar alguma coisa hoje!" são pensamentos freqüentes que consomem tempo em que poderia estar pensando em assuntos mais importantes, como trabalhos acadêmicos e assuntos a serem estudados [freqüentemente para ontem!])


Bom, estes dois últimos dias não foram ruins. Foram divertidos até. Na aula de Frau Steffen de anteontem escrevi mais um poema pra Luciana (na de ontem, passei mais tempo dormindo do que acordado e logo não saiu nada, por mais incrível que isto possa parecer!). É, assim que der na minha telha, eu posto.
Ontem, lá na FIBRA, teve uma palestrinha até que joinha com alguns autores paraenses, tenho destaque para o Walcyr Monteiro, do qual realmente eu só ouvira falar, mas ainda não peguei porra nenhuma pra ler. Depois da primeira bimestral da facul, vou tomar vergonha na minha cara e leras obras deste meu ímpar conterrâneo.



“[...] e se um dia conseguia libertar-me do amor, era preciso voltar para a água, para esse elemento onde ninguém consegue construir um ninho, onde ninguém ergue um telhado sobre vigas, onde ninguém se abriga com uma lona. Não estar em parte alguma, não fixar-se em parte alguma. Mergulhar, repousar, movimentar-se sem despender forças – e um belo dia voltar a sai, emergir novamente, atravessar a clareira”
– Ingeborg Bachmann, Ondina Parte.

A propósito, o meu novo amor-da-minha-vida-literária se chama Antologia do Conto Moderno Alemão, que foi originalmente publicado na Alemanha (tinha que ser lá, né, caralho?!?) em 1966, pela editora Horst Edrmann Verlag, e publicado no Brasil em 1968, pela Editora Globo. (Esta coletânea) tem o prefácio escrito por Heinrich Böll e introdução e notas de Sigrid Kahle. A tradução da maioria dos contos foi feita por Iris Strohschoen enquanto que os demais (foram feitos) por Betty Margarida Kunz. Prometo que, assim que possível, postarei tanto este prefácio quanto introdução e notas aqui!
Na moral, na palestra de ontem eu passei mais tempo lendo este livro do que prestando atenção no que os palestrantes diziam. Por enquanto, eu li somente quatro contos – Meu Irmão Louco, de Stefan Heym (psuedômino de Helmut Fliegel); A Criança Gorda, de Marie Luise Kaschnitz, e, até então, Ondina Parte, de Ingeborg Bachmann – mais tarde, eu termino os outros! E coloco os nomes tanto dos contos quanto dos seus respectivos autores!


Caralhoooooooooooooo, deixa eu ir pra aula de Morfologia, de Herr Armando Barroso!



Bis zu dem fuckin new post!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ANIVERSÁRIO DA MAGA-CHAN: COMENTÁRIOS GERAIS

São quase três da tarde e está um calor transitando do suportável para o maldito! Espero que, caso chova mais tarde, não tenhamos a impressão de estar em uma maldita estufa!

Pois bem, a comemoração do aniversário da Maga-chan ontem foi, no mínimo, muito do caralho! Realmente, depois do sábado (que não foi de todo mal, basta ler a postagem), essa festa tinha que salvar o resto do meu fim-de-semana (que começou muito bem, uma vez que eu 'tava tomando cana com o Mauricio [da minha classe, lá da FIBRA] assim que saímos da aula de Lingüística 2) – e conseguiu realizar sua missão com êxito!

É realmente incrível como eu consigo chegar nesses aniversários onde não somente o clima é ótimo, mas a comida também! A mãe do Breno manda incrivelmente bem como doceira (o que ela fez não foi uma trufa, foi um presente enviado diretamente por Gaia), fora que a torta salgada + salgados + bolo estavam não menos do que excelentes!

É, né? Nem todos os caras do RPG estavam lá, mas os que foram (eu, Naryga, Gustavo, Joe, Wilson, Alex, e, obviamente, o Breno, irmão da aniversariante, e o Anderson, vulgo “Papa”, que, por ser vizinho, sempre ‘tá em todas por lá) se entreteram bastante falando não somente sobre RPG (e se fosse somente sobre isso, ia ficar beeeeeem chato), mas basicamente sobre bebida, festas, filmes, shows, músicas e, claro que este assunto não podia sair da pauta principal, mulheres [inclusive as amigas fresquíssimas da Magali que lá estavam presentes, tal como uma mal-amada e não-comida que fiquei de olho, mas ela ainda está na velha de história de “eu-escolho-meu-cara-pra-ficar-com-ele”, como s’ela pudesse mesmo........ Frau Muinhos {mãe da Maga-chan} até comentou “ela não é amiga da Magali”, mas eu completei: “não, dona Alice, ela pode não ser amiga da Magali, mas ela é amiga, sim.... amiga DA ONÇA!]. Atrevo-me até a dizer que a gente – junto das criancinhas que corriam para todos os lados possíveis – agitou mais a festa do que elas (as amigas da aniversariante).

Nota do aniversário: DEZ! (mesmo com a conhecida mal-amada e não-comida da Maga-chan + tocando só forró e reggae). Como eu previ na postagem de ontem, o aniversário dela foi tal qual o do Breno – FODÁSTICO!


O “Feliz Aniversário e Muitas Farras na Vida” de hoje vai para: Emerson Edeberg, que foi meu professor de Física e Química no saudoso e finado Anchieta, Rakeline Carvalho, que fazia Turismo no CEFET e agora ‘tá morrendo fazia Engenharia Civil na UFPA, além da supracitada Magali Pauxis Muinhos!




não, eu NÃO fui pra UFPA hoje!
(ainda bem! ainda bem! ainda bem!)


(postagem digitada ao som do álbum Vs., de 1993, dos grunges do Pearl Jam)

domingo, 13 de setembro de 2009

QUANTOS MAIS ANIVERSÁRIOS, MELHOR!

Trilha sonora de fundo: Rammstein, Reise, Reise, 2004


“Gostaria de agradecer
Por suportar”

– Dead Fish, “Obrigação”.

Como fiquei na net até umas seis da manhã, baixando pornografia e quadrinhos, acabei de acordar. É praticamente uma da tarde e ainda ‘tô tomando café aqui na frente do micro. Agora só falta arrumar coragem pra ir lá pra casa do Muinhos tanto pra ir jogar RPG quanto pra comemoração do aniversário da Maga-chan (irmã dele – ver Segunda-Feira Wars) [o aniversário propriamente dito é amanhã, mas como hoje é domingo......], que promete ser como o (aniversário) do irmão – FODÁSTICO!
(ver comentários sobre o aniversário do Breno na postagem de mesmo nome!)


Primeiro, como a mamãe disse, tava fazendo sol-para-caralho a manhã inteira, mas agora ‘tá com uma cara de chuva, que vou vos contar............................
(como se fosse chuva que me impedisse de ir pra aniversário!)


“Feliz aniversário” para Wilson Dias, pai do meu amigo Luis Otávio Silva Dias, conhecido entre os CEFETeanos como Robiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho (ver Prostituição) e pro Francisco, que é lá da galera do Canteiro do PAAR. Os dois são caras muito legais e merecem todos os votos de felicidade saúde possíveis!




(ach! ich will nicht nach UFPA morgen gehen!!!!)


bis zu dem fuckin new post!

MAIS UM SÁBADO BOM!

Trilha sonora de fundo: Sugar Kane, Rudimentar, 2006.

Justificar
“Mas não
Eu sei que nunca vou me arrepender
Mas não
Eu sei que nunca vou te esquecer
Mas não
Eu sei que nunca vou me arrepender de você”
– Sugar Kane, “Despedida”.

Apesar de não ter tido aula na Casa de Estudos Germânicos (como nos dois últimos sábados), até que o dia foi legal, devido eu ter ido visitar umas pessoas que são, no mínimo, muito importantes pra mim.

Pois é, é do pessoal da casa da Professora Maria Luiza Ferro de Santana que estou falando.
E é sempre ótimo visitá-los, ainda mais que eles não são somente pessoas maravilhosas, mas também devido serem realmente parte incondicional e indissociável de minha família, além de serem mais meus parentes do que muitos parentes meus, devido terem me acompanhado em muitos dos melhores e piores momentos durante todos estes QUINZE anos em que os conheço.


Lehrerin Luiza, Tia Madalena, Tia Pastora, Tia Dóris, Digão, André, Santana, Tio Fernando – eu amo vocês todos.
Für immer!



Só pra constar, eu escrevi uma coisinha (i.e.: texto em verso) ontem durante a aula de Lingüística 2, mas eu vou postar só semana que vem (se estiver vivo daqui pra lá, há, há, há)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

[muito mais] POEMAS [escritos dentro de sala de aula]

Bom, acabei de chegar da UFPA e posso dizer que hoje não foi o melhor dia do mundo. Mas ate que foi divertido – não é todo dia que se toma banho no rio Tucunduba, lá no Campus Básico, próximo ao RU (Restaurante Universitário). Foi mais divertido do que pensei, todavia não deu pra compensar 100% não termos tido aula de Filosofia da Linguagem e nem de P2LP (ver a postagem de quarta-feira para revisar o significado da sigla). Só teve aula de Frau Steffen mesmo e olhe lá (mas até que foi rentável, devido ter sido nessa aula que escrevi o poema que fecha os três deste post).

Bom, foda-se isso.

Como diz o nome da postagem, têm alguns poemas que escrevi recentemente (pra Luciana Silveira Duarte, só pra variar) que eu tinha até que postar aqui e, bem, pois bem, aqui estão eles. E, na moral, eles são alguns dos melhores que já escrevi este ano. Caaaaaaras, eu os adoro!
Aqui estão eles [2], precedidos de algumas citações que dão o tom do que estes poemas falam.
Fucking enjoy them all!



“Preciso acordar e não me notar, preciso vencer sem sequer ganhar, preciso precisar sem sequer ter.
Eu quero ser e não perceber, vou te amar e não te ter, entender sem estudar.
Me ensina a tirar essas marcas e encontrar... o meu verdadeiro... me ensina.
Vou te olhar de frente então, enfrentar a contradição, sem minha máscara vou sorrir.
Marcas de uma educação, ranços de uma herança que se vão, o poder de observar...
Observar e não ter poder, um verbo que devo calar, as palavras que você não vai ler...
Me ensina a tirar essas marcas e encontrar... o meu verdadeiro... me ensina.
E agora amor vou poder ser feliz... esqueci teu nome.
Seremos eu de verdade, esqueci meu nome.
E aprenderemos diariamente a desaprender e a viver como realmente somos.”
– Dead Fish, “Me Ensina”.

VÁ-SE-FODER! Este ano, pelo visto, eu estou me superando pra escrever coisas legais, muitíssimo superiores do que as que eu escrevia há dez anos atrás, quando eu fazia o Segundo Ano do Ensino Médio, no Anchieta. O poema abaixo já tá no meu Top 10 de melhores desta década, junto a textos como “Mineral” (ver Vivendo de Passado), “Sentimentos Escritos em Muros (Pedaços de Lembranças)” (ver O Mundo Ainda Não Acabou), “Samba do Bombardeio (Canção Para Letícia Tocar e Cantar)” (ver poema da guerra entre Líbano e Israel) e “Poema Completo Para Professora Fabíola” (ver Frau Garou Geburstagfeier!). Esse eu escrevi de uma-só-porrada na aula de Latim, lá na FIBRA. A propósito, o Tomcat do título é uma referência direta ao caça estadunidense F-14-A-Tomcat (que virou até jogo de videogame, o famoso Tomcat Alley). Bem, o Uchiha (Marcelo Santos de Lima) disse que é ultra-romântico, devido tanto ao “uso excessivo de metáforas na exaltação do sentimento” quanto pela “aceitação passiva da partida”, mas eu não sei. Pra mim, é só modernista mesmo (com algumas influências mais-do-que-descaradas de textos do Chico Buarque e do Vinicius) e só.
Além de ser um dos melhores de toda a minha vida.
Será que eu supero este?

TOMCAT ANNIE
Eu entendo perfeitamente
Mas não aceito completamente
De você precisar estar trajando estas tão belas roupas de cosmonauta
E precisar entrar naquele foguete
Que logo irá decolar
E retornará somente quando tudo
Enfim estiver em seu devido lugar.

Não tenha medo de procurar
Seu verdadeiro caminho.

Agora é o momento de eu erguer meus braços até onde possível
E abrir completamente minhas mãos
Para que você abra suas asas de liga mista de metal e carbono,
Ligue seus aparelhos de navegação,
Aqueça seus motores colocando-os em funcionamento.
Decole, decole, decole!
Pressione os trens de pouso contra o pavimento antes de enfim alçar vôo
Recolha os trens de pouso
Destroce as correntes de ar com seu corpo
Seu bico será o indicador do seu caminho!
Perfure as esferas que cobrem o planeta
E, com velocidade ultrasônica, chegue ao espaço sideral –
Chegue onde Luciana alguma jamais esteve antes!
Tatue em seu corpo “Liberdade” e “Força” e “Determinação”
Porque é disso que você é feita agora!
Voe! e Voe! e Voe!
Os céus são o seu novo lugar agora...

Contagem regressiva para o lançamento:
Eu sei muito bem como é estar na cadeira do piloto.
É quando você reza enquanto os números decrescem
E sua vida inteira passa como um filme completo
Na frente dos seus olhos, no reflexo do capacete.
“Decolar!” “Decolar!”
Agora enquanto os propulsores são ativados, nossos corações forçam saída pela boca!
Enquanto pássaros são incinerados, o tempo parece parar e esse lançamento durar a tarde toda!
A saudade já me despedaça e o foguete ainda cruza o céu, deixando uma trilha de fumaça.
E, pra você, como é a sensação de ver as estrelas se tornarem cada vez mais próximas,
E o firmamento, sempre tão azul quando não chove, se tornar escuro tal como petróleo verdadeiro e bruto?
Enquanto todos se levantam e se vão, eu permaneço sozinho e sentado até você sumir no céu.

E o último beijo não como aço faiscando em mármore
E o último abraço não como urso prendendo inimigo
E o último sorriso não como tubarão desmembrando presa
E o último olhar não como sniper no exato momento do tiro

E a paixão de agora tornar-se-á saudade
E a saudade tornar-se-á memória
E a memória tornar-se-á tempo
E o tempo tornar-se-á vida e viver a vida

E eu te vejo sumir tão lentamente enquanto decola
E, ao fechar os olhos, vejo você com aquele vestido misto de turquesa e rosa.
E meus olhos então transbordam de lagrimas
Enquanto meu coração transborda de tristeza e saudade e solidão.

:: escrito durante aulas da disciplina Latim, do professor Izidório Cabral ::
:: 26 de agosto de 2009 ::







“Tantas você fez que ela cansou
Porque você, rapaz
Abusou da regra três
Onde menos vale mais

Da primeira vez, ela chorou
Mas resolveu ficar
É que os momentos felizes
Tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
Porque o perdão também cansa de perdoar

Tem sempre o dia em que a casa cai
Pois vai curtir seu deserto, vai.
Mas deixe a lâmpada acesa
Se, algum dia, a tristeza quiser entrar
E uma bebida por perto
Porque você pode estar certo que vai chorar

– Vinicius de Moraes e Toquinho, “Regra Três”.

Eu gostei muitíssimo do resultado final do texto seguinte. É um pretenso samba (e bote pretenso nisso – por isso o título do mesmo!), mas não rola musicar. A verdade é que fiquei um tempão com a canção “Regra Três” – cuja letra está acima – martelando o meu cérebro que este poema acabou saindo naturalmente enquanto eu tava indo pra UFPA, tanto que (o poema) foi escrito em uma cadeira do buzão UFPA-Cidade Nova 6 quando eu ‘tava indo pr’aula hoje de manhã. Ele contem um caralhal de referências tanto literárias quanto musicais. Apesar dele estar fodasticamente incrível, ainda vou refazer e re-escrever umas passagens dele, pra ficarem mais do meu gosto.


(tentativa de) SAMBA (escrito) PARA LUCIANA
LUCIANA foi-se embora de uma vez
Com o primeiro F-117 da manhã
Sem ninguém para enxugar suas lágrimas:
Nem seu travesseiro
E nem as suas irmãs.
Ainda gostam-se tanto mas ele desistiu
Soltaram as mãos e agora seus corpos,
Mesmo com todo o café de Gaia,
Produzem tanto frio.
Ele sabia o que ia acontecer quando abriu seu coração
Foi devidamente implodido com carinho, bem-querer e afeição.
No fundo de sua alma, Luciana sabia desde então
Que ele não mudaria/cederia para manter/equilibrar a relação.
E amanhecido e se sentindo imensuravelmente vazio
No primeiro UFPA-Cidade Nova 6
Ele se foi para nunca mais.
Rezarão e pedirão e torcerão para que o outro
Encontre alguém que faça-lhe tão imensamente feliz
Como não fizeram a um tempo atrás.
O melhor remédio para o tempo e o tormento é o tempo,
Para a desgraça é a dor é a ressaca,
E para aliviar o sofrimento e apressar o esquecimento
Uma Babel e um Everest de trabalhos acadêmicos!
Brilhe, Estrela-da-Manhã, brilhe!
Chore, Luciana, chore
Raios de sol!
Mesmo com toda a Melancolia e o Pesar e a Beleza
Por hoje e até o indefinido, você é a Dona-da-Tristeza
Que, por muito, insistirão em te incomodar.
E, quando chegar o tão aguardado futuro,
Enquanto ele estiver usando beca e segurando o canudo,
A mulher mais determinada e forte e feliz do mundo
Você será.
E este foi o Samba-Para-Luciana
Bordado com Tristeza e Tarde e Saudade e Mágoa
Assim irá se terminar.
Pois o seu autor
Que assumidamente não sabe corretamente rimar
Retirar-se-á
para chorar.

:: 11 de setembro de 2009 ::






“O Passado e os fatos
me impedem de tentar
E sem vontade
mas prefiro te falar
Chamo de momento errado
mas não consigo esquecer
Quem sabe um dia
você possa me entender

Queria que você com os meus olhos
Conseguisse ver
Mudar o que escolhi
Sentir o que eu sinto
O seu perfume ainda esta aqui
Vamos viver
Agora só me resta
os abraços que perdi
(...)
Longos passos
e lembranças nada mais
Você que estava ao meu lado
e agora esta ai
Representando as escolhas que eu fiz

Tente imaginar como seria
(...)
Lembro do abraço que você me deu”

– Sugar Kane, “Abraço”.

O texto abaixo foi produzido durante a aula de hoje de Frau Steffen, quando eu tava (muitíssimo) mais dormindo do que acordado. Esse, tal como o anterior, foi escrito de uma só porrada. Ele não é tão legal quanto os dois anteriores, mas o resultado também saiu além do que eu esperava. Ele não é bem pra Luciana. “É” e “não é”. Tem umas nerdices no texto, que só nerds (como eu) entenderão. Mas, no todo, todos os meus poemas (como os que estão nesta postagem!) contêm nerdices!


[sem título]
POR que querer alguém
Vai ser sempre ser
Despedaçado
Em pedaços
Que só podem ser contados
Por calculadoras científicas
De centros aeroespaciais internacionais
n x x^y^t
a^b^c k^m^n
Por que: o vento sempre vai
Trazer a voz
o fechar dos olhos sempre vai
Trazer o Olhar?
roupas sempre vão
Trazer o Cheiro?
a chuva sempre vai
Trazer a Lembrança?
e esta trará
as Lágrimas?
Braços angelicais abertos para abraços
Agora estão trancados como portões de campos de concentração...
Mortais que residiam no mais belo Paraíso
Voltaram às suas monótonas e comuns de Antes.
Procurando beijos e abraços e afagos e olhares
E dedos e lábios e braços e pernas e dedos e corpos
Perdidos e salpicados eternamente no tempo e em memórias
Familiares se tornam indiferentes.
E agora chega o momento de todos os solitários e não-mais-amados
Se apoiarem e se afirmarem em seus próprios passos
Para reencontrarem seus caminhos para si próprios...

:: 11 de setembro de 2009 ::
:: inclui citação adaptada da letra de “Anteontem”, da banda paulista CPM22, do álbum A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum”, de 2000, escrita pelo guitarrista Wally ::


Postagem dedicada a todos os meus amigos que escrevem poesia, principalmente à Tami-chan, o Chuva-Vermelha-de-Sangue (taí, Bruno, voltei a escrever poesia, e muito melhores do que as de antes!), o Matt Benassuly (meu judeu favorito!), à Camila Souza, (Karina) Kleinwulf e o Uchiha-kun!

YOU ARE THE FUCKING ONES!


(trilha sonora de fundo: Neil Young e Crazy Horse, Broken Arrow, de 1996)

‘til the fuckin new post!