e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos os outros que eu publicarei a posteriori!
fuckin enjoy!!!!
fuckin enjoy!!!!
um cara chamado Tchau
julho de 2020
INTRODUÇÃO
“O mesmo céu, a mesma cor
Quanto tempo passou?
Não há mais o que provar
Recomeçar em outro lugar
Que relevância pode existir
Em lamentar agora o que não fez?”
– Dead Fish, “Exílio”.
um cara chamado Tchau é um título que criei pra um livro de poemas no começo da primeira década do século XXI, não lembro se foi em 2002 ou 2003 mas lembro que comentei com uma amiga e seu comentário altamente pontual
“tchau, Tchau.”
esse livro em seu poder não é um “tchau” e sim um “oi” (“anarquia, oi! oi!”?). “oi” a contos relativamente curtos que, apesar do oceano de referências e homenagens neles presentes, creio serem muito mais aproximados tanto a Bukowski quanto a Nelson Rodrigues do que Rubião, K. Dick, Colasanti e até mesmo... Lovecraft? Howard? também li muito Hemingway mas eu não saberia identificar onde ‘tá essa influência no que escrevi e se faz presente nessa antologia. Robert Ervin Howard é meu autor favorito de literatura fantástica, mas mais cedo ou mais tarde, ‘tô mostrando algo escrito para e por ele. quanto à prosa do gênero em minha língua mater, posso afirmar categoricamente que Murilo Eugênio Rubião e Marina Colasanti ocupam tais assentos. não nessa obra, em outra a porvir, vai ter uma que junta os dois.
a presente antologia tem muitos dos meus textos favoritos, mas todos mereciam ser trazidos à baila cada vez que, quando os vejo... os leio, são filmes que passam em minha cabeça devido eu fazer uma salada de informações neles que me fazem sempre pedir pros meus amigos lerem pra eu ter certeza de que estou escrevendo algo minimamente coerente de forma minimamente coesa et coerente e dizer quando e porque não o estou fazendo. sim, pessoas, é importante ter amig@s que não tenham papas nas línguas pra criticar o que tu escreves. pensando o quê? que tu já nasceste um Dalcídio Jurandir e/ou um Ganymedes José ou uma Cecilia Meireles e/ou uma Pollyana Furtado? não, não, não. há de se sempre haver crítica, a crítica. a crítica por terceiros e a para si própria. até nossos queridíssimos Manoel e Hilda sempre se botavam à análise a si e para outrem. “mas qual seria a função deste livro? objetivo? finalidade? essas coisas...” a primeira é entreter. arte sem entretenimento? não, né? o objetivo é que a pessoa que leia tome vergonha na cara e comece a escrever também textos em prosa. “eu só escrevo textão no Facebook” também vale. contos com capítulos publicados ocasionalmente em Orkut salvos em documentos do Word perdidos em confins de e-mails? vale! microcrônicas twitterianas do cotidiano até 140 caracteres ou mesmo a 280? junte tudo e publique, junte tudo e publique. atualmente temos facilidades de publicação que nossos ancestrais literatos jamais conseguiriam sequer imaginar, então por que não aproveitá-las?
por fim, há três contos na versão em .pdf (e que também estarão na versão impressa) mas, por motivos de conteúdo e formatação, não sairão na versão kindle. mas tu haverás de saber. e alguns outros aqui presentes já deram o ar de sua graça no meu début Encontros e Des-encontros e Re-encontros: os encontros de estudantes como gênero literário (e se eu não tivesse revisado direito, já iam entrar alguns repetidos a mais). e um dos meus favoritos de todos os tempos, Praia no Inverno, deveria ter sido incluso ao début mas não o foi por pura e simples falta de atenção. e há um texto que, caso inserido, provocaria um senhor rebuliço, que considero totalmente desnecessário (a ponto de talvez eu nem mesmo chegue a publicar, diga-se logo).
café a postos?
cigarros a postos?
vinho a postos?
tira-gostos a postos?
é sua hora de dizer “oi” ao cara chamado Tchau. vai que, em algum momento, não vês algo da história dele em ti e comeces a escrever sobre?
a Literatura agradece e todos nós, começando por ti, só temos a ganhar.
baixe sua versão em epub: http://www.mediafire.com/file/bthnlkbqa9c9cya/MALAFAIA%252C_Rafael_Alexandrino._UM_CARA_CHAMADO_TCHAU_%255B2020%255D_-_epub_FECHADO_E_FINALIZADO.epub/file
Terreno Baldio Blues (tomara que maio demore a chegar, tomara que maio não se tarde a passar)
junho de 2020
INTRODUÇÃO
“O mundo esta mesmo louco
Pra que te levar assim?
Sem ao menos lhe dar um tempo
Terminar o que não teve fim
Não dá mais para aguentar
Aonde isso ira chegar?
Por causa de um erro de alguém
Sem um porquê, se é que existe um porquê!
Para de me perguntar
‘Por que aconteceu assim?’
Muitos passarão por isso
Não quero pensar assim...”
– CPM22, “Amigos Perdidos”.
Eu lembro que escrevi meu primeiro poema em seis de agosto de mil novecentos e noventa e cinco, em decorrência de uma matéria no Fantástico sobre os cinquenta anos da bomba atômica em Hiroshima. Depois comecei a escrever mais algumas coisas em 1996, 1997, no final do fundamental, sétima e oitava série. Desembestei mesmo a partir de 1998. Primeiro ano. Anchieta. Mundo novo. Pessoas novas. Frustrações novas. Esperanças novas. Eu incluiria este meu primeiro aqui – “Bomba de Hiroshima” o nome, inclusive – se eu soubesse onde ele está. Os de 1997 e 1998?
Rá, rá.
Não.
De 1995 pra 2020 não contam vinte e cinco anos de poesia, negócio começa mesmo em 1997, ainda que eu não tenha coragem de publicar o que escrevi nesse ano, só começando em “Cães”, de 1999 e indo embora até – pelo menos nesta presente antologia – “Às 17h34min40s (o Fim da Terra)“, do mês passado. Escrevendo sobre praticamente tudo o que me incomoda e raramente sobre o que me agrada.
Eu, enquanto poeta (como escritor a nível geral, diga-se) me vejo constantemente em duas problemáticas tensas. A primeira é não estagnar a nível de produção literária, por isso sempre estou lendo coisas novas e trazendo coisas novas pros meus textos. A segunda é não escrever somente pra mulher. Falando nisso, era pra sair dois livros hoje. Este e o ♫♪vou sentir saudade dos seus olhos de menina♪♫ , com textos somente para Musas Inspiradoras, que não foi porque a primeira capa não está como eu queria. Paciência, né? Mas mês que vem é certeza.
E... Era pra esse livro ser só pra um amigo que morreu em maio de 2000. Mas seria muitíssimo egoísmo e falta de sensibilidade não estender a outro que também disse tchau, mas em fevereiro de 2017. Creio que os dois – que eram duas pessoas, no mínimo e na pior das hipóteses, pessoas maravilhosas e incríveis – aprovariam totalmente e veemente a ideia. E também aposto que, caso se conhecessem, teriam se dado muitíssimo bem. Eu sou suspeitíssimo pra falar qualquer coisa dos dois por ser fã deles e sentir falta deles todos. Os. Dias. E, em suas memórias, em homenagem a elas, este livro que estás lendo.
Eu, sinceramente, não sei se eles gostariam do título. encontrar... Fazer título pra livro é tão difícil quanto fazer a capa. Eu tinha comentado com uma amiga, começo da década passada, sobre um conto chamado Um Cara Chamado Tchau. E depois pensei em utilizar como nome dessa antologia. Poderia até ser o nome do conto que fecha essa coleção, visto que, ao tratar do mesmo tema, sua presença aqui se faz obrigatória. Mas a foto do Heverton, que criou o poema que dá nome a esta obra, ficou tão legal – e o poema também – que pensei “por que não usar como título?” “E, como vou publicar em maio, por que não incluir a parte sobre o mês que o meu chegado disse ‘tchau’?”. Me pareceu uma boa ideia, apesar de ser longo como o livro anterior .
Eu não pretendo revolucionar a Poesia (talvez só um pouquinho). Admito que tenho a pretensão de marcar meu nome a ferro e fogo na literatura brasileira. Todavia, com a presente obra, tenciono somente não deixar estes meus dois amigos... Dois de meus IRMÃOS que a Vida escolheu pra mim passarem... Em vão (?!) pelo mundo. Tenciono dizer “olha, duas pessoas incríveis passaram pelo mundo, eles fizeram a diferença e fazem falta!”, porque eles fizeram diferença pra mim e não tem um maldito dia que não sinto as faltas deles por aqui. E não, eu não sou o único.
E também desejo, de todo meu coração, mostrar que texto em verso escrito por homem não se resume à poética lírica ora drummondiana ou viniciusdemoraesiana de um extremo, ora bukowskiana ou de outro. Sim, há muitos localizados no meio-termo. Mas quem são? Onde estão? O que escrevem sobre si e sobre o mundo ao seu redor? Onde está o que escrevem sobre si e sobre o mundo ao seu redor? Em uma sociedade doente onde há muitas cobranças e poucos retornos e é proibido aos homens externar seus sentimentos sendo isso sinal de fraqueza tanto para homens quanto para mulheres, seria demérito para um homem falar sobre suas aflições e medos e desesperos e desesperanças? Em uma época onde há muitas pedras pontudas e remédios para tudo e poucos beijos e palavras positivas verdadeiras, seria demérito falar o que se sente pra sua mãe, por sua mãe? Em um mundo esquizofrênico dividido entre “tu já ‘tá mocinho, não pode fazer isso” e “tamanho cavalão fazendo uma coisa dessas, tu não se enxerga?” , seria demérito dizer que se sente falta de seus amigos que morreram de maneiras trágicas e isso atormenta sua alma?
Se, para ti, não haver demérito, boa leitura.
Depois da primeira página, não tem mais volta.
“não há volta... não há volta...”
baixe o seu exemplar em https://drive.google.com/file/d/1uQRdWk7BD3MrObeomLPN4tpiuTOvpclK/view?fbclid=IwAR1mFFA-8O2soMSEJXZSICMO02Bya3s3VfKQJvS5ocWm4hxdTW0pguSHVUY
Encontros e Des-encontros e Re-encontros: os encontros de estudantes como gênero literário
maio de 2020
INTRODUÇÃO
Além de terem me dito que o tempo passa de maneira diferente na universidade, algo que vi – e comprovei – pessoalmente foi o quão isso se torna verdade nos encontros de estudantes, sejam os locais, sejam os regionais, sejam os nacionais, sendo a verdadeira integração acadêmica.
Como eu disse na segunda capa, quem se dispõe a participar de tal empreitada, deve ir pronto para encontrar todo e qualquer tipo de pessoa e se dispor tanto a não-matar gente indesejada quanto a aprender e exercer companheirismo, tolerância, despir de preconceitos e pré-conceitos quanto a como o homo universitarius se comporta em um terreno desprovido de qualquer autoridade além do bom senso e das noções básicas de higiene.
Por tal evento ser uma realidade à parte do mundo e separar as crianças das adultas (e eu já estive dos dois lados da equação, pontuo, e mesmo que essa linha seja muitíssimas vezes, muitíssimo tênue), há esse compêndio em seu poder, visto que as respostas de questões como “O que acontece em um encontro de estudantes?”, “Quais são os absurdos que podem acontecer?” e “Que tipo de pessoa frequenta esses encontros?” variam muito dependendo de pra quem se pergunta isso. E uma das melhores coisas do curso de Letras é poder usar a Literatura para se contar pequenas grandes histórias sobre amores de uma noite, perdas, facadas nas costas, festas impossíveis de ser narradas sem os detalhes inenarráveis. Por isso o “encontros de estudantes como gênero literário”.
Mas e o “Encontros e Des-encontros e Re-encontros”? Yeah, tem a ver sim com o filme da Sofia e sobre aquela tristeza que bate no fim de cada encontro, principalmente nas despedidas, e fica pior caso não consiga se despedir. E ainda bem que há internet pra reajuntar o povo, né não? O Orkut que o diga, não?
Venha. Seja bem-vindo. Que, pelo menos, durante essa leitura, volte até quando o mundo lhe pertencia e sua vida era algo realmente extraordinário de ser vivido. E agora lembrado.
E quem dera se, todas as vezes que se recita “We’ll Meet Again” (a versão do Cash, por favor), pudéssemos reunir novamente
mais uma vez
Boa leitura e não se admire com nada que ler!
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