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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

A CAPRICHOSIDADE DA FÊMEA POESIA - poema

A CAPRICHOSIDADE DA FÊMEA POESIA

seria pedir demais, pedir demais
tufos de Vossos cabelos espalhados
pelo chão de meu quarto?
seria pedir muito, pedir muito
um buraco na minha cama
com o formato de Vosso corpo
do tanto de estares lá deitada?
pedir demais ou pedir muito
passar dias contigo
até enjoar de Vossa cara
e então
quando estiveres longe
lamentar por não estar
dormindo abraçado contigo?
pedir muito ou pedir demais
teres uma escova de dentes
e uma toalha de banho
e sandálias de dedo
em meu quarto?
seria pedir em demasia, em demasia
saber como vestidos
e sutiã e calcinha
desmontam de Vosso corpo
deixando somente, somente
Vossos traços originais
e
iniciais?
tanto seria pedir, tanto seria
poder ver água descendo
correndo
de cima abaixo de Vosso corpo
e então
Vossos cabelos como ondas
do mar
que terminam à
beira?
poderiam minhas mãos
ser pés
dento destas ondas
finadas à praia?
poderíamos ser
espada e fiorde
estando eu na condição de
eternamente
protegido
intocável
esquecido
em Vós?


:: 29 de novembro de 2017 ::

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SONHOS COLORIDOS COM PAPEL CREPOM - poesia

SONHOS COLORIDOS COM PAPEL CREPOM

Eu te vi dormindo de olhos abertos
Com o que sonhavas tu?
Sonhavas radiantemente com uma usina nuclear
Caindo do céu.
Sonhos coloridos, sonhos coloridos de papel crepom:
Sonhos lívidos e vividos
De completa extinção
Da espécie humana.
Uma vez sonhei com um mundo totalmente
Reciclável
Porém nem tudo se recicla
Por exemplo, algumas ideias e ideologias
E muitos sonhos e conceitos e doutrinas.
Afinal, quais serão as ideologias e doutrinas
Que nos salvarão de nós mesmos
– se é que temos alguma chance de redenção ou salvação?
Se conseguimos chegar até aqui e agora
É devido a muitos -cídios, subjugação de civilizações
Imposição de religiões e completo estupro do meio ambiente
Em todas as possíveis condições.
Sonhos atualmente são coloridos a computador, caneta piloto, caneta quatro cores e lápis de cor
Mas o mundo também já foi sonhado
Com tinas tiradas de pedras, minérios, folhas, cascos e ervas
Quando o ser humano ainda tinha plena ciência
Que era somente um personagem em uma peça
E não roteirista e diretor.

Quando
Ficamos tão arrogantes?
Como
Nos tornamos tão prepotentes?
Para onde
Foram nossa Humildade e Respeito?
Por que
Nos voltamos tanto para dentro de nós mesmos
A ponto
De nos esquecermos
De nós mesmos?

Quando – Nós – Nos – Perdemos? – Esquecemos?
Como   – Nós – Nos – Perdemos? – Esquecemos?
Onde    – Nós – Nos – Perdemos? – Esquecemos?

Quando e Como e Onde
Desaprendemos a cantar a
Canção do Mundo?

Quando e Como e Onde
Desaprendemos a pintar o Mundo com suas cores?

Quando e Como e Onde
Desaprendemos a sonhar o Mundo colorido?

sabemos as respostas de todas estas questões
Temos coragem de proferí-las em voz alta?


:: 23 de novembro de 2017 ::
:: 01º ao 26º verso escritos no Guajará Ver-o-Peso ::
:: versos restantes: Teoria e Métodos em Ciências da Religião, Prof. Dr. Manoel Ribeiro de Moraes Júnior ::

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

AS BALIZAS EPISTEMOLÓGICAS DO PROCEDIMENTO CIENTÍFICO - poema

AS BALIZAS EPISTEMOLÓGICAS DO PROCEDIMENTO CIENTÍFICO

E Vós brincando com esta caneta em mãos
Que inveja dela, quem dera fossem meus dedos.
Herr Professor  falando sobre desejar a Mulher-do-Próximo
– “Não faça com os outros o que você não quer que seja feito com você” –
Vosso marido ficaria tudo menos feliz se soubesse
Como sonho acordado Convosco sozinho e Convosco
No campo de visão.
Como NÃO sonhar Convosco Vos tendo no campo de visão?
Foge da Ética Vos querer e Vos desejar
O QUANTO Foge da Ética Vos querer e Vos desejar?
Também foge da Moral?
O que é Ética?
O que é Moral?
Como estar dentro da Ética Vos tendo no campo de visão?
Não é Vossa culpa serdes Radiantemente-Princesal que sois.
Terdes Vossos Traços
Possuíres Vossos Contornos
... e Vossa Voz...
... e Vossos Lábios...
... e Vossos Olhos...
AH!, Vossos Traços...!
AH!, Vossos Contornos...!
AH!, Vossos Olhos...!
AH!, Vossos Lábios...!
Ah!, quem dera Vossos Contornos
Olhos
e
Lábios
pudessem somente um dia para mim
  ser.
Para onde vou com meu desejo?
Para onde vou com minha vontade?
Vou ao Paraíso-somente-a-Quem-Escreve-Poema-e-Poesia
Somente com passagem de ida por ter a certeza que lerás este escrito
Enquanto discorre/trata/observa/trata/ministra.
Mas Como e Onde e Quando existirão Poema-e-Poesia
Se não existir a
Musa?
Como e Onde e Quando existirão Poema-e-Poesia
Se não existires em específico
VÓS?


:: Teorias e Métodos dos Estudos das Religiões, Prof. Dr. Donizete Rodrigues ::

:: 16 de novembro de 2017 ::

terça-feira, 14 de novembro de 2017

“The Nalu are recent converts to Islam (Silva 1956; Carreira 1961; Frazão-Moreira 2009), and a pre-Islamic cosmology exists in a syncretic form according to which supernatural beings (genies, or 'irans' as they are called in Guinea-Bissau protect people and the territory. Places where these beings live are considered sacred and, as such, they are preserved as taboo objects and ritual places. In general, natural beings, whether animals or plants, are seen as elements of the world at the same level as humans in a holistic and systemic vision of the universe. This pre-Islamic Nalu cosmology is thus another illustration of what many authors, such as Stathern (1995 [1980]) or Ingold (1996, 2000), have been arguing when they say that non-Western views cannot be adapted to a naturalist eye influenced by an anthropocentric viewpoint and the opposition between culture and nature.”
- Amelia Frazão-Moreira, “Ethnobiological research and the ethnographic challenges in the 'ecological era'”. IN: Etnográfica, outubro de 2015, 19 (3): 605-624.