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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

poema sem título do domingo

[SEM TÍTULO POR ENQUANTO]

Boi Pavulagem vai trazendo o fim de tarde...
Boi Pavulagem vai levando embora a tarde embora...
Boi Pavulagem vai trazendo a noite...
Boi Pavulagem vai levando embora o sol embora...
Boi Pavulagem, leve embora...
Boi Pavulagem, leve embora...
Essa nau de lembranças e memórias.
Boi Pavulagem, sopre embora...
Boi Pavulagem, sopre embora...
Boi Pavulagem, sopre-me embora...
Boi Pavulagem, sopre-me embora...
Boi Pavulagem, sopre-A embora...
Boi Pavulagem, sopre-A embora...
Boi Pavulagem, sopre tudo embora...
Boi Pavulagem, sopre tudo embora...
Boi Pavulagem, guarde os sonhos d’Ela ...
Boi Pavulagem, guarde o sono d’Ela ...
Boi Pavulagem, que o céu em sonhos d’Ela sejam tão Vosso azul...
Boi Pavulagem, que Vossa constelação A guie na escuridão da noite...
Boi Pavulagem, atenda as preces e orações que Ela fizer antes de dormir...
Boi Pavulagem, atenda as preces e orações que Ela fizer depois de acordar...
Boi Pavulagem, atenda minhas preces e orações para que Ela se salve de Si Mesma...
Boi Pavulagem, atenda minhas preces e orações para que Ela se proteja de Si Mesma...
Boi Pavulagem, atenda minhas preces e orações para que Ela se cuide de Si Mesma...
Boi Pavulagem, (quando) atendereis minhas preces e orações para que eu me salve de mim mesmo...?
Boi Pavulagem, (quando) atendereis minhas preces e orações para que eu me proteja de mim mesmo...?
Boi Pavulagem, (quando) atendereis minhas preces e orações para que eu me cuide de mim mesmo...?
Boi Pavulagem, por que não consigo mais Vossa constelação quando a Lua se faz presente no firmamento...?
Boi Pavulagem, onde eu me perdi...?
Boi Pavulagem, onde eu perdi a fé...?
Boi Pavulagem, eu perdi a fé...?
Boi Pavulagem, eu já tive fé alguma vez...?
Boi Pavulagem, eu já tive realmente fé alguma vez...?
Boi Pavulagem, (ainda) ouvis minhas súplicas e lágrimas...?
Boi Pavulagem, já ouvistes minhas súplicas e lágrimas...?
Boi Pavulagem, acudais meus clamores e lamentos e A leve para brilhar no azul junto a Vós...!
Boi Pavulagem, acudais meus clamores e lamentos e que Ela seja uma nova constelação...!
Boi Pavulagem, se não consigo contemplar-Vos radiando no céu, como então Ela...?
Boi Pavulagem, Ela ainda relumbra aos meus olhos...?
Boi Pavulagem, Ela refulge aos meus olhos...?
Boi Pavulagem, Ela já rutilou aos meus olhos alguma vez...?
Boi Pavulagem vai trazendo o fim de tarde...
Boi Pavulagem vai levando embora a tarde embora...
Boi Pavulagem vai trazendo a noite...
Boi Pavulagem vai levando embora o sol embora...
Boi Pavulagem, leve embora...
Boi Pavulagem, leve embora...
Essa nau de lembranças e memórias.
Boi Pavulagem, sopre embora...
Boi Pavulagem, sopre embora...
Boi Pavulagem, sopre-me embora...
Boi Pavulagem, sopre-me embora...
Boi Pavulagem, sopre-A embora...
Boi Pavulagem, sopre-A embora...
Boi Pavulagem, sopre tudo embora...
Boi Pavulagem, sopre tudo embora...


:: Hospital Militar de Fortaleza, 17 de dezembro de 2017 ::

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

“Como, diante de uma criança que sofre, diante de uma criança que morre, diante da mãe dessa criança, como ousar celebrar a bondade ou a onipotência de um Deus e as maravilhas de sua criação? Crer em Deus, crer num Deus ao mesmo tempo bom e onipotente, é tolerar o intolerável! É o que chamo de covardia: aceitar o inaceitável. Violar, parece-me, o dever de compaixão, de solidariedade, para aqueles que estão no horror, com aqueles que enfrentam a atrocidade. [...] Ninguém, diante de uma criança que sofre e que morre, ninguém diante da mãe dessa criança, ousaria dizer ‘o mundo é maravilhoso’; ninguém ousaria dizer : ‘Este mundo foi criado por um Deus bom e onipotente’. Pois bem, o que não se pode dizer diante de uma criança que sofre, não se deve jamais dizer, JAMAIS, porque há sempre em algum lugar crianças que sofrem de forma atroz. Não vamos transigir com o horror!”
– André Comte-Sponville para Edmond Blattchen: “O título: Nome de Deus”. IN: “André Comte-Sponville: o alegre desespero”. Trad. Maria Leonor F. L. Loureiro. São Paulo: Editora UNESP. Belém: Universidade do Estado do Pará, 2002.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

“três poemas em um dia”

!SEM TÍTULO!

FALAR de Arte é falar de como a luz reflete em Vossa pele
De como Vossos cabelos se dispõem sobre Vossos ombros e costas
E como os arrumas com Vossos dedos e mãos.
Falar de Arte é falar como Vossos pés em sapatilhas
E como balanças as pernas enquanto sentada
E as linhas destas até Vossos quadris.
Falar de Arte é falar como Vossos olhos fixam e atentam enquanto o/a Professor/a fala
De como o ar entra por Vossas narinas enquanto sentada
De Vós em pé de lá pra cá ou de lá pra cá ou mesmo estática
[estética-estática]
E Vós despindo-Vos ou vestindo-Vos.
Falar de Arte é falar de Vós despida suada mediante movimento
Não somente A-Dupla – comungando e unificando o Universo e ao Todo –
Mas principalmente Vós-Convosco
Identificando, (Re)Conhecendo, Transitando
A Poesia, -Enquanto-Arte-Poesia e -Enquanto-Si-Mesma-Poesia,
Não se submete à nenhuma Arte
Tampouco à qualquer religião
Por ser Sua própria Religião e Divindade
E inclusive Seus princípios e meios e fins
Sendo cada verso escrito a uma Musa ímpar e pleno exercício
de Religiosidade.
-Enquanto-Arte-Poesia
e
-Enquanto-Si-Mesma-Poesia
Não se submete à nenhuma Arte
A Arte-em-Si e Arte-Independente-de-Outras-Artes
Seriam cada uma uma Religião independente e idiossincrática
E Sua Própria Religiosidade
E Ritos e Rituais
E princípios e meios e fins
Sendo que o exercer da Religião
Dá-se pelo exercer da Arte-em-Si e da Arte-Independente-de-Outras-Artes
– ou até mesmo -Multidisciplinar-A-Outras  e -Interdisciplinar-A- Outras –
Onde a Transcendência é chega
Quando a Obra enfim finda
Ou então CONTEMPLADA
pelo religioso ou pelos não-devotos-deste-Totem.
Então: onde termina de ser Arte e começa a ser Religião
Sendo simultaneamente Arte E Religião?
Onde termina a Religião e começa a ser Arte
Sendo simultaneamente Religião E Arte?
Onde e
Quando e
Como
A Mulher deixa de ser humana e passa a ser... se torna
Musa?
Poesia?
Forma Artística Perfeita e Ideal?
Musa sois a meus olhos – sejam abertos, sejam fechados
Poesia sois já pelo tanto por mim para Vós escrito
Forma Artística Perfeita e Ideal sois por Vossos tamanhos e formas e traços
Serem dentro e totalmente e além de meus padrões de
Agrado. 
Onde termina a Arte e começa a ser Religião
Sendo simultaneamente Arte E Religião?
Onde e
Quando e
Como
A Mulher deixa de ser
Mais-que-Humana
sendo
Musa
Poesia
Forma Artística Perfeita e Ideal
e passa a ser... se torna
Hierática?


:: do 1º ao 53º verso: não lembro em qual aula comecei ::
:: restantes do texto escrito em aula da disciplina História e Teologia das Religiões Afro-Brasileiras, Prof.ª Dr.ª Taíssa Tavernard de Luca ::
:: 12 de dezembro de 2017 ::




[¡sem título!]

SONHO e suspiro
Convosco despida
suada
banhando
banhada
deitada
de cabelos dispostos sobre ombros e costas.
Sonho acordado mordendo os lábios
Convosco despida
medindo com as mãos
os contornos
dos seios
do abdome
das coxas
da virilha.
Vós respirando de boca aberta enquanto o fazeis
Passando a língua nos lábios
Rangendo os dentes
Olhos semi-cerrando
abrindo
fechando
continuamente
momentaneamente.
Sonho e suspiro alto
Invejando imensuravelmente e veementemente
Ser Vossos dedos e mãos
Para então descobrir-Vos e conhecer-Vos
Novamente e continuamente;
Ser Vosso corpo, em todas texturas e contornos e segredos
Para serem
Desvendados por Vossas mãos e dedos.
Suspirar Convosco
Suspirar por Vós
Suspirar sonhando meus dedos os Vossos aos Vossos contornos
Vos despindo
despida
Vos [continuamente re]conhecer
Então poderia eu saber
Vossas linhas
Vossos números após a vírgula
Vossos vetores e ângulos de atrito
Vossas vicinais e índices de vazios
?
E como Vosso corpo como horizonte
E então amanhece e o sol se põe
E os compostos químicos e suas respectivas percentagens Vos engendram enquanto rio...?
E então suado e arfante, retorno do sonho
Por ter-Vos idealizado
Primeiro
Suada e arfante e tremendo e sem voz
Então
Rosto ao colchão, o primeiro coberto pelos cabelos
Sussurrares
quase que inaudivelmente
Ainda não estares
devidamente
plenamente
Satisfeita.


:: do 1º ao 30º verso: não lembro em qual aula os escrevi ::
:: restante do texto escrito em aula da disciplina História e Teologia das Religiões Afro-Brasileiras, Prof.ª Dr.ª Taíssa Tavernard de Luca ::
:: 12 de dezembro de 2017 ::





[¡sem título!]

É dezembro
Já deveria estar chovendo copiosamente
Diariamente.
Vossos cabelos castanhos
Já deveriam (DEVEM) estar chovendo em meu rosto
Simultaneamente minhas mãos à Vossa cintura.
Dezembro em processo
Sol escaldante em processo
Deveríamos (DEVEMOS) já juntos ser o/um Sol
E/Ou
Uma Máquina-de-Rendimento-Perfeito de
Queima constante e contínua de gordura e caloria
E produção imparável de suor.

Vamos fundar onde nossa própria Siderúrgica?

É, é dezembro!
Produziremos/Produzamos
Janeiro:
A Quatro-Mãos e
A Quatro-Pés e
A Duas-Bocas e
A Dois-Troncos? 

Verão em Mercúrio e não Belo Horizonte no Outono

Sobre e em Vosso corpo
Industrializar!
A partir de Vossas formas e medidas
A Ciência totemizar!
Tomados estes alicerces
Meu sangue e carne sacrificar!
E então

Através de Vós
Em Unificado e Unificando e Unificante a Vós
Enquanto Portal e Passagem

Ascenderei

e

Transcenderei

de somente Prosa
e
Poesia
e
Parágrafo
e
Verso

e
serei

em seus todos conceitos abertos e fechados
possíveis e impossíveis
simultaneamente e idiossincraticamente

CIÊNCIA E TECNOLOGIA


:: 1º ao 22º verso escritos em um ônibus Guajará-Ver-o-Peso ::
:: restante do texto escrito em aula da disciplina História e Teologia das Religiões Afro-Brasileiras, Prof.ª Dr.ª Taíssa Tavernard de Luca ::
:: 12 de dezembro de 2017 ::