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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TONS ESCUROS OU MESMO PÁLIDOS

“Come a little bit closer
Hear what I have to say
Just like children sleepin’
We could dream this night away”

– Neil Young and the Gators, “Harvest Moon”, do álbum de mesmo nome, de 1975

São quase uma e quatro da manhã de uma quinta-feira.
Estou tentando, ainda e infrutiferamente, assimilar tudo o que acabei de ler.
E, pra começo de conversa, pelo tudo que li, Marvels não é o equivalente marvete de O Reino do Amanhã, e sim Terra X o é.
O que parece não ter um sentido durante suas doze partes se prova não precisar de algum sentido claro, além da devoção à humanidade e a tudo aquilo que ela representa e signifique de bom para qualquer um de nós. O.k., a obra foi feita por estadunidenses... Todavia existem tantas referências diretas e indiretas ou mesmo subentendidas, além das citações literárias (quem disse que quadrinista só lê quadrinhos, hein?) nos finais dos capítulos (e suas referencias tanto aos quadrinhos ou não).
A história faz um apanhado geral do Universo Marvel sem deixar a peteca cair. Leitores novatos podem até “achar a coisa legal”, mas os verdadeiros seguidores do mundo à parte criado por Lee & Kirby é quem realmente se deliciam com a proposta oferecida por Jim Krueger (história e roteiro) e Alex Ross (história e design de personagens), além dos desenhos de John Paul Leon (que, tal como Will Eisner em seu O Edifício, não se prende aos quadrinhos comuns, sempre inovando na forma de posicionar os elementos da página), arte-finalização de Bill Reinholds e colorização de Matt Hollingsworth, que contribuem para o clima tenso e no future da condução da história. Mesmo as páginas que possuem cenas à luz do dia possuem tons escuros ou mesmo pálidos.
A priori, que fique explicado – não é uma abordagem fácil somente do assunto já citado, mas também de liberdade, casamento e sacrifício de algumas coisas por outras. Os temas são tratados de forma densa porém suave, contando o fato que nada lá está de graça – todos os fatos são devidamente explicados, assim como porque determinado personagem está em determinado quadrinho em determinado instante. A grande sacada dos autores foi chupada de Watchmen: a história não se explica por si só – cada volume possui um apêndice (que é mais um diálogo entre os principais protagonistas, o Vigia e seu substituto por ele escolhido, X-51, o antigo Homem-Robô) que, lido atenciosamente, possui mais detalhes e nuances sobre o que está acontecendo do que o propriamente desenhado e suas entrelinhas (que também já dizem bastante coisa, fazendo referências a muitas sagas da Marvel, principalmente as cósmicas e de teoria da conspiração).
Todo mundo que, de alguma forma, fez história na Casa das Idéias está lá – do Toupeira ao Galactus, os vilões mais emblemáticos dos Vingadores e do Homem-Aranha (que, aqui, já tem uma filha) – mesmo que citado por alto ou radicalmente transformado. Pouca coisa foi mantida intacta, mantida em seu lugar, e isso não faz a mínima diferença. Se já os vimos iguais tantas e tantas vezes, por que não inovar de vez em quando e nos mostrando o que caras novos (Ross e Hollingsworth não inclusos – estou falando de Krueger, Paul Leon e Reinholds podem fazer) podem fazer? Todavia, Ross e Krueger acertaram a mão ao redefinir os personagens, tanto em conceito quanto em visual.
Com Terra X, a Marvel não somente deu AQUELA canelada na DC com suas Túnel do Tempo (façam um favor para vocês mesmos e leiam o arco Liga da Justiça: o Prego) mas provou que, mesmo depois do desastre dos anos 1990, ainda tem muita lenha para queimar com seus universos alternativos (favor não incluir o besteirol idealizado e realizado por Rob Liefield em Heróis Renascem). Nota: esta saga nunca poderia ter acontecido caso ocorresse a Massacre, Dinastia M, 198, Guerra Civil, Invasão Skrull (que poderia se chamar Invasão CU sem problema) e Reinado Sombrio (a aparição relâmpago de Norman Osborn e Gwen Stacy em Terra X é de gelar a espinha!).
Como dito, se nada vem de graça e de forma fácil, o final é realmente apoteótico e épico, abrindo espaço a MUITAS interpretações e viagens.
Nota: DEZ!





Siro, Cat, Uchiha, Pietra, Íse, Moto-chan – das Post ist für euch!

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