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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

(tem muita gente que vai me excluir por causa desse texto, mas foda-se)

A priori, é preciso apontar o fato que não sou feministo (oh, eu ODEIO VERDADEIRAMENTE este termo) desconstruído. Eu teria que estar, na melhor das hipóteses e no mínimo, no LvL do Sidarta Gautama (567 a.C.-484 a.C.), para tanto. Sim, ainda tenho atitudes bem machistas e alopradas (quem me segue no Twitter e me ouve falando sabe do que ‘tô falando), logo ainda me tenho e ainda posso ser tido como machista. Não que eu seja a bolacha no pacote por ter ciência de minha condição – eu não sou. Tem gente muito pior do que eu? Sim, tem. Isso me incentiva a não ser tão ruim. Mas creio falhar miseravelmente aqui e ali, o “aqui e ali” que faz o todo de aprendizado contínuo  diário. Feitos os esclarecimentos, vamos ao assunto.
(Expresso aqui meus agradecimentos pra todo mundo que veio à minha festa de aniversário deste ano, vocês foram FODA e vocês fizeram a festa. HAIL!!!!) E então que uma amiga minha bem das antigas (nome não vem ao caso) veio dias depois com um amigo dela (não faço questão de lembrar de onde, diga-se) aqui em casa pra compensar trazendo um monte de latinhas e uma carteira de cigarros e vamos botar a conversa em dia. E então que o pariceiro dela – homoafetivo, vamos situar no texto porque é importante para compreensão do mesmo –, ao ela perguntar da minha namorada da época “Porra, mas tu gostas de gordas? Gorda não é mulher!” Já bateu aquela tela azul da morte violentíssima, a pariceira já quis se enterrar, e o puto metralhando merda (sim, eu me vi na imagem dele em n situações, diga-se) sobre mulher gorda. Então a pariceira “fulana, mãe do Garou é gorda”. O cara se cala e fica assim até a hora de irem embora. De certo modo, foi até bom ele não ter se retratado porque ia ser pior pro lado dele. Muito pior. E como já sabemos o que seria alegado caso (quando) eu o agredisse em resposta...... Cri eu ser lenda urbana quando a Carolina e a Lita me falaram da existência de “gay misógino”. Até aquele dia.
E eis que ela nunca mais falou comigo depois de passar uma semana pedindo desculpas? Ela nunca mais falou comigo. ‘Tá na mão. Vida que segue.
Hoje acordo pra ir pro trampo. Mais dormindo que acordado e com um monte de papel pra ler assim que conseguir sentar. Olha só, tinha cadeira no ônibus quando entrei, coisa mais linda do universo. Então que entra um energúmeno pedaço de bosta que nunca vi na vida que não faço ideia de quem seja senta do meu lado todo sorridente, todo alegre, parece que comeu bacon com ovos (ui!) no café da manhã, senta do meu lado e solta a pérola.
“TU QUE É O MALAFAIA QUE SÓ COME GORDA E MAROMBADA?”
Desci do ônibus na hora e voltei pra casa. E ‘tô aqui, puto, remoendo raiva (e adiantando outras coisas que deixaria pra mais tarde). E pensando nisso – a ponto de confeccionar este texto. Porque não importa o quanto eu seja ruim, eu não posso piorar. Porque não importa o quanto eu seja ruim, eu tenho que melhorar. Não sei de onde a coragem de mudar tudo isso ai em mim virá, mas terá que vir. Porque não basta ter consciência do problema e consciência de que se é parte do problema e saber qual é a solução pro mesmo. É preciso... Eu preciso começar a fazer parte da solução. Porque, um dia o problema não vai ter mais solução. E esse dia não está longe.
Tenham certeza disso.

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