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domingo, 25 de novembro de 2007

entrevistão com o DEAD FISH sobre o álbum UM HOMEM SÓ, de 2006

Entrevista concedida ao Portal Mundo Rock (http://www.mundorock.net).
Mundo Rock - Um Homem Só é um CD diferenciado dos demais da discografia do Dead Fish. Como vocês o comparariam a seus antecessores?
Dead Fish - Um Homem Só é um disco mais pesado que os demais, com as afinações mais baixas e músicas não tão rápidas. Este disco também teve mais tempo para ser composto, por volta de 5 meses.
A banda atualmente executa um som bem mais trabalhado, com algumas pitadas do hardcore de antigamente, mas bem mais voltado para o poppy punk. Bandas como Green Day e Offspring também vem trilhando tal caminho. Seria uma tendência?
Não estamos seguindo uma tendência, mas experimentando novas formas de se fazer música. Não se repetir é fundamental para fazer um novo disco.
Em "Didático" há uma clara alusão ao nosso atual governo. Como vocês avaliam a situação política de nosso país?
A política está caminhando cada dia mais para uma total desilusão. Acabamos de passar por uma CPI que não deu em nada. Os políticos tinham que pensar em novas formas para combater as diferenças sociais.

"Fora Do Mapa" traz flertes com o chamado rock brasileiro dos anos 80. Em alguns momentos vocês se inspiraram em bandas como Aborto Elétrico, Plebe Rude ou IRA!?
Nunca tivemos essas bandas como influência. Entre as bandas nacionais, nós ouvimos muito Ratos de Porão, Cólera e Replicantes. O Rodrigo (vocalista), além das bandas citadas, gosta também do IRA!.

Ao mesmo tempo “Obrigação” flerta abertamente com o pop. Tal flerte vem sendo visto como uma tentativa de soar comercial por parte de fãs mais radicais. Como a banda analisa esta postura?
De maneira nenhuma, na nossa visão essa é uma música rock que tem uma letra que nos emociona e essa é a razão porque fizemos a música. A nossa única motivação na composição desse disco foi a satisfação pessoal. Compor baladas rock faz parte do Dead Fish desde o disco independente “Afasia”, que contém as faixas “Tango” e “Noise”.

O contraste de faixas como “Exílio” e “Canção Menor” traz ao ouvinte uma característica do CD, pesado, com partes hardcore, e com outras mais “acessíveis”. Como foi decidido este formato durante o processo de composição?
Cada música foi composta com a intenção de firmar um álbum conceitual. Este choque das músicas foi intencional para criar climas diferentes no disco.

A banda não colocou nenhuma música em inglês neste CD. Foi algo intencional?
Sim, tivemos a intenção de escrever todas as letras em português pois desde o último cd, as letras em inglês, não fazem parte do repertório.

O Dead Fish teve sua popularidade elevada com a gravação do DVD/CD em conjunto com a MTV. Muitos conheceram a banda por conta deste projeto, mas como lidar com os fãs mais radicais, que não aceitam tal iniciativa?
É natural a atitude dos fãs radicais e estamos até acostumados com isso. Não tem fundamento um fã achar que por ter uma divulgação ampla na mídia, estaremos fazendo algo errado. Os fãs tem o direito de não gostar, mas continuamos fazendo o que gostamos e acreditamos, independente da aceitação e da mídia.

Por sinal há algo bem curioso que será levado para os shows: as faixas mais hardcore dos primeiros CD’s, e o material atual. Vocês já imaginaram como irão montar o set para os shows?
Já montamos o novo set list e ele contém parte de todos os discos da banda. É muito bom colocar várias músicas de álbuns diferentes. As músicas antigas foram re-arranjadas e soam mais atuais.

A produção ficou muito boa. Como foi o trabalho com o produtor Rafael Ramos?
Foi ótimo trabalhar mais uma vez com o Rafa. Nesse álbum,
eu (Philipe) e o Hóspede co-produzimos e podemos somar na sonoridade, na busca de timbres e formatos para as músicas.

E como estão os planos para shows este ano?
Estamos agendando a turnê nacional de Um Homem Só pelas capitais do Nordeste, Norte e Sul. Em setembro, vamos fazer uma tour pela Europa, passando por vários países como Alemanha, Bélgica e Suíça.

Com este CD a banda meio que joga uma pá de cal na chance de tocar no exterior, a princípio. Vocês pretendem focar sua carreira só no Brasil?
Achamos que não. Cantar em português na Europa é um desafio, mas não é difícil. Tivemos vários convites e ainda este ano devemos fazer uma tour por lá.

Uma curiosidade: recentemente ouvi de que o Dead Fish era uma banda de emocore. Apesar de não ter nada contra o estilo, creio que a banda está bem longe disso. Particularmente se tivesse que pensar em algum rótulo acho que o poppy-punk seria mais adequado. Vocês já ouviram algo a respeito disso?
O Dead Fish sempre foi uma banda de hardcore melódico como NOFX, Pennywise, etc..., mas nesse álbum, a maior parte das influências foram rock metal como Black Sabbath, Helmet Queens of the Stone Age, Deftones, então o meu rótulo seria simplesmente Rock.

E como vêem a moda emo, que vem ganhando destaque inclusive na grande mídia? E a reação dos fãs mais radicais, principalmente do heavy metal?
Essa moda emo não passa de bandas com letras sertanejas com uma roupagem de pop rock. O que podemos dizer é que esse movimento é uma moda passageira que não terá relevância nenhuma a longo prazo.
Parabéns pelo novo CD, e boa sorte na turnê. O espaço é de vocês para uma mensagem final:
Obrigado a galera do Mundo Rock pelo espaço e nos vemos no show!!! Abraços, Dead Fish.

:: espero que vocês tenham gostado! ::
::: até à próxima! :::

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