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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

CANÇÃO EM DUAS PARTES: DESCONSTRUIR/IMPLODIR E ESMIUÇAR/AGRADECER

Sabe onde você está agora?
Em MEU solo sagrado, onde eu posso falar todas as merdas que me der em meu maldito telhado sem ser repreendido (de imediato), talhado e/ou cortado. É aqui onde eu posso rir, chorar, gritar, cantar, reclamar, lamentar, comemorar e entrar em júbilo por tudo que bem convir.
Este é meu solo sagrado e a minha canção de hoje, dividida em duas… Sim, Andarilhos do Asfalto ainda cantam. Não como os outros Garou, mas ainda cantamos. Novas formas de uivar e passar as histórias, mesmo que todos tenham achado que desaprendemos até isso.
E foda-se a opinião de terceiros. Independente de Posto, “Respeitarás o Território do Próximo”.
Esta é a minha canção de hoje.


A primeira parte da canção.

É pra começar a pagar de moralista? Vá procurar isso em outro lugar, aqui não onde você vai encontrar isso. Moralistas não aprontam metade do que apronto, não escrevem metade do que escrevo, não sonham metade do que sonho e não desejam metade do que desejo.
E [longo e profundo suspiro], mais uma vez, meus pesadelos que permitem dormir à noite de tempos em tempos vieram me assombrar novamente, como fazem de tempos em tempos. Meus pecados que me lembram que os cometi, as palavras que sussurram aos meus ouvidos com a minha voz quando as pronunciei. E todos me beliscam com unhas pontudas como agulhas e amoladas como klaives, impregnadas de veneno que eu produzi com paciência e afinco: “nós estamos aqui, Quilômetros-a-Pé. Nós somos você e não iremos embora nunca, porque você é responsável e não poderá nunca voltar atrás.
Certo. Sinuca de bico e/ou dilema moral? Eu consigo dormir à noite e conviver com o que foi feito? Sim. Até o momento que tudo isso volta de tal forma que me lembra que preciso mudar pra que toda essa merda não se repita de forma a me auto-despedaçar todo, como sempre consigo fazer, volta e meia. Volta e meia e quase sempre. Quase sempre.
SEMPRE.
Não se engane, menina linda. Tudo volta. As palavras, as frases, as bebedeiras, as ações cometidas durante ou simplesmente durante pura raiva ou completa frustração. Se você não lembra, não se preocupe. As pessoas vão lembrar e – não duvide disso em momento algum! – vão falar sobre, até chegar aos ouvidos de quem não precisa saber de tais histórias. Ou não precisaria se não fosse pela sua boca – se você lembrasse. E então… Então tudo volta pra você, porque pessoas que você tem algum tipo de apreço ou que não gosta ou pra quem você não dá a mínima ou que simplesmente não conhece sabem e tudo e vão contar pra quem você não somente não quer que saiba, mas que também sabem como usar isso contra você caso você faça a jogada errada.
E ai? Bem, e ai ‘cê acha que é certo a se fazer em tal momento é ficar na moita até que tudo se arrume por si só e que todo mundo vai esquecer.
Errado.
‘Cê já fez isso por tanto tempo e tantas vezes que o pessoal já sabe o porque faz isso e, quem não sabe, vai saber porque está fazendo. Isso adianta? Não, só vai fazer o pessoal te olhar mais errado do que já olha desde antes de te ver pessoalmente. Como “o cara que sempre some quando tudo ‘tá contra ele ou quando tudo cai em cima dele sem que possa se proteger”. Eles estão errados? Não completamente, mas ainda há o quê de certeza em tal certeza. E, por experiência própria, vou te falar porque isso não adianta. Porque as merdas já vão estar lá, já vão ter sido feitas. Elas não se desfazem e as palavras não voltam atrás. E, mesmo com tudo o que você faça para melhorar e superar e ser uma pessoa melhor do que era antes de tudo, as cagadas não se desfazem e não voltam pra dentro do cu – já se tornaram registros. E, não te preocupa, gente graúda em pontos graúdos pode até não saber teu nome quando te ver, mas vai saber quem você é só pelas histórias “fulano fez, fulano falou”. Também já passei por esta última parte, lamento pelos que sentem inveja de tal situação......

Ah, se este é meu mea culpa? É, eu ‘tô admitindo com todas as letras que só faço e só falo merda e que isso fode comigo valendo a posteriori – mesmo com os trabalhos apresentados e os períodos sem beber. Eu poderia muito bem dizer que fico puto e não penso e acabo dizendo e fazendo; ou que fico tão bêbado que não sou mais eu mesmo e acaba dando na cagada que dá. Já chega. Não é isso. E, mesmo não parecendo, já ‘tô de saco cheio de tudo isso. Já passou do tempo – e, vão por mim, já passou pra caralho – que eu deveria ter aprendido tanto a guardar minhas opiniões e frustrações só pra mim quanto beber a ponto de ficar somente calado e quieto no meu canto. “Beber socialmente”, como as pessoas de fora dizem. Sou eu mesmo que vou pagar por tudo isso, a curto, a médio ou a longo prazo, mas a fatura sempre vem com um tridente e uma moto-serra ligada numa usina nuclear. Nem pense em levantar o dedo, menina, eu sei o que você vai dizer: “você e todo mundo ao seu redor, principalmente seus amigos e a mulher que você quer como sua”. Neste caso...

Porém, tudo isso tem um porém.

A segunda parte da canção.

O ENEL, né? Você e eu já tivemos essa conversa muitas vezes desde quando voltamos do olho do furacão. Mesmo com o que aconteceu comigo lá, só quero que VOCÊ saiba que fui até lá com objetivos e cumpri todos eles.
O primeiro. Apresentar as oficinas com o Tailson e Samara e o Denison (que infelizmente não foi, e esta será uma de minhas eternas lamentações, mesmo não sendo culpa minha – primeiro, a ABraPA, depois o EPEL e agora…………..), porque, graças eternas a todos os deuses e contra todas as expectativas, consegui ir, mesmo com os problemas aos 40º do 2º tempo que, graças à minha mãe e graças aos meus amigos, consegui superar pra poder ir. E fomos e apresentamos e, desde o EPEL do ano passado, eu nunca vi tanta gente numa sala até o fim de uma apresentação de trabalho. NUNCA. E, sim, naquela noite de quinta, só fui CONFIRMAR que você não ia assistir, mesmo tendo ido todo arrumado e garboso só por sua causa. “Senhora Contratempo”, lembra? Mas fomos, vimos e vencemos, como sempre foi e sempre o será. Sim, estamos acostumados a isso, a ir onde for preciso apresentar os trampos que fazemos e fizemos com e demos nossos corações e vontade pra fazermos. E, me perdoe por isso, menina linda, duvido que você entenda tudo isso tão cedo.
O segundo. Conhecer pessoalmente os amigos do grupo do ENEL do Facebook. “O Quarteto Fantástico”. Anne, Clederson, Talita e Daniela. Ainda tem o Odin, não posso esquecer desse puto, mesmo nunca tendo proseado com ele por lá pelo grupo outrora. E você não imagina o quanto eu fiquei feliz de conhecer os caras. Realmente, são as pessoas maravilhosas e incríveis que eu acreditei que fossem. E, realmente, estou imensa e verdadeiramente orgulhoso de poder chamá-los e referir-me a eles como AMIGOS, mesmo que – eu duvido muito – que não me considerem como tais (o que eu duvido muito que aconteça). E, de quebra e pra completar, ainda conhecer a Liana e o Rafael (amigos do Alan, são grandes pessoas incríveis também), a Lilian “profeta Dercy”, a Larissa “cachaça, caralho!” (que só éramos lendas um pro outro, de quem as pessoas falam muito e não tínhamos idéia de quem éramos) e o Anderson, que dividiram o “Anexo da Cracolândia” conosco durante o evento, além de ter enfim firmado a amizade com a Annie (com quem ‘tô fazendo o trampo sobre a Anne Frank), com o Rafa (não mais) Calouro, o Crystian, a Talice e a Maely, e ter conhecido os novos Ratos, como o Filipe, o Dhiego, o Thiago, o Léo, o Leno e a Aline, além de descobrir mais gente que não quero por perto, cujos nomes aqui são desnecessários. Não esquecendo, é claro, é claro, é claro, do Patrik e da Laura, os primeiros matogrossenses que conheci na vida e que, caralho!, vou levar pra sempre comigo por serem pessoas muito fodas-para-caralho como eles são. Eis a vitória nº 2 que fica emparelhada com a nº. 1.
O terceiro. Beber todo o álcool possível. Você praticamente disse que me viu em modo hard e que nenhuma garota gosta de ver o cara que deseja ficar com ela no estado que eu fiquei. Não, meu bem. Na viagem, eu ainda ‘tava começando! Eu simplesmente fiquei puto com os rumos dumas coisas (você não inclusa) e ai decidi entrar na garrafa e pro diabo o que você pensaria. Grande erro? E bote “grande erro” nisso (sim, mais um). Chegando lá, não preciso te contar o que você mesma viu: começamos a entrar em “estado monstro” logo no Credenciamento e o resto que se fodesse. Certo? De certa maneira, foi bem isso que aconteceu. Sabe quando eu vi que tinha cagado tudo (é, eu percebi)? Ainda no ônibus, quando eu te vi dormindo do lado do Digão (i.e.: Dhiego). “Mas, oh, caralho… Agora não tem mais volta. Voltando pra Belém, a gente vê isso (eu acho).” É, eu pensei isso mesmo. E segui em frente. E o resto você viu e ouviu o que aconteceu. E este objetivo está diretamente relacionado ao primeiro, porque… Mesmo que as apresentações fossem na segunda e na terça, eu NÃO teria bebido no domingo e na segunda e virado cavalo do cão durante o resto do evento. Mas, como foram na sexta e no sábado, hah. “Vamos cair na farra, baby!” E você viu o quanto a gente agita bastante. E eu precisava MESMO ficar anestesiado enquanto os dias das apresentações não chegavam, devido meu problema sério de ansiedade. Ficar em casa e se distrair pensando é uma coisa. Estar do outro lado do país com seus amigos muda completamente a situação (pelo menos na minha perspectiva). Talvez eu não bebesse tanto caso os trabalhos fossem logo apresentados de cara? Não temos mais como saber disso.
O último. Pegar mulher. Objetivo completo. Sem mais e sem detalhes.

Esta aí. Este foi o ENEL pra mim, mesmo com o que aconteceu naquele sábado fatídico. E, até chegar ai e com aquela terça-feira doentia, ainda me diverti pra caralho como nunca tinha feito na vida e acho que nunca vai rolar de novo. Uma festa nunca é igual à outra. E agradeço sempre e imensuravelmente ao pessoal que ‘tava lá (Alan, Amanda, Neuton, Sue, Charles, Tail, Marcelo – estou falando com vocês) (e lamentando pro quem não tava: Denis, Muitas-Garras, Gisa e Jeanzão, Fab e Momó [agora Mago de Ataque]), por sempre me deixar seguro que eu ia conseguir chegar até o fim e de nós sempre nos ajudarmos quando era sempre mais preciso.
Bom, agora admito que eu ter sumido abriu os precedentes pra que te falassem tudo o que te falaram sobre mim e viestes pensando desde então? Sim. Mas ‘cê ia saber de qualquer jeito. Além de concluir que existem vários Quilômetros-a-Pé dentro de um Quilômetros-a-Pé e que sou todos eles. Até agora não sei se saber disto me apavora – ou não. Mas, realmente e não querendo te zoar, me foi uma grande descoberta. “Variações sobre o mesmo Lobo”, podemos dizer assim? Ou “Variações e conclusões sobre o mesmo Lobo”?
E é aqui que as duas canções se juntam e saber que fui seu rato de laboratório desde quando eu disse o seu nome já me esclarece muita coisa sabendo e tudo isso e de “tudo que passamos até agora”. Sério. Tudo isso faz um puta sentido. Canos e caneladas. Faz tudo muito sentido e sempre fico muito feliz quando as coisas se ajeitam na minha cabeça. Talvez demorasse mais se eu ainda estivesse bebendo como no ENEL ou como quando meus orientadores deram o “ok” final pro meu TCC, mas o caos e o caso não é este.

“E qual seria?”

Você juntar tudo e me entregar este bolo e eu estar digitar tudo isso em resposta. E eu não ‘tô puto, sabe? Estou é grato por você ter me deixado bem mais esperto e bem mais atento a este tipo de situação a que eu me encontro e a qual você está me fazendo passar. Às vezes, não importa o quão nos achemos espertos e inteligentes e superiores e o caralho, ainda precisamos de alguém pra nos sacudir ou mesmo nos implodir direto na base pra sabermos o quanto não sabemos nada e precisamos aprender tudo do zero continuamente pra poder chegar ao verdadeiro entendimento das coisas.

É. Sim. Estou te agradecendo por tudo isso.
Este é um mea culpa, uma explicação dos fatos segundo a MINHA perspectiva dos mesmos e, por fim, um agradecimento sincero e verdadeiro pelo que você tem feito por mim desde quando nos conhecemos.

E, por enquanto, é só isso.


Eu sou Quilômetros-a-Pé, Theurge Fostern da tribo dos Andarilhos do Asfalto, e este é meu pequeno solo sagrado.
Leia o que quiser e depois caia fora.

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