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quinta-feira, 17 de março de 2011

MATANZA – ODIOSA NATUREZA HUMANA – 2011

MATANZA
ODIOSA NATUREZA HUMANA2011

REMÉDIOS DEMAIS
Era pra frear e eu acelerei
Era só desviar, mas eu nem tentei
Passei por cima de seis

Mas eu me recordo que não fugi
Esperei até o socorro vir
Mas eu só lembro até aí

Porque eu tomo remédio demais
Porque eu sinto raiva demais
Tanto que eu não durmo mais
Já estou vendo o mal que isso faz

A polícia disse que eu reagi
E que eu tinha um rifle comigo ali
E abri fogo sem discutir

Mesmo que não faça o menor sentido
Por que de um ato tão desmedido
De nada mais eu duvido

Porque eu tomo remédio demais
Porque eu sinto raiva demais
Tanto que eu não durmo mais
Já estou vendo o mal que isso faz

Destruí uns dez carros no total
Sinto pelos caras que eu deixei mal
Já estive também no hospital

Desses que não deixam você sair
Mas que não impedem você de fugir
Ajuda saber dirigir

Mas me davam remédio demais
Por que eu sinto raiva demais
Tanto que eu não durmo mais
Já estou vendo o mal que isso faz

EM RESPEITO AO VÍCIO
Eu não gosto das coisas que eu vejo,
Meu maior desejo eu não sei qual seria.
Não penso em nada que eu queira
Além da primeira cerveja do dia.

Hoje eu tenho certeza que gosto muito mais do bar vazio,
Começo sentado na mesa mas sempre acabo no meio-fio.
Me sociabilizo até bem, mas sempre que posso evito,
Por que eu sei que o menor atrito pode um mecanismo acionar.

Melhor deixar como está por aqui
Pra não ter que contar com o destino
Eu não tiro a razão do assassino em vários casos que vi.

Mundo horrível, gente desprezível, a quem vou me justificar?
Tão difícil, em respeito ao vicio, deixar o conforto do bar.

Eu nao sei se o que eu penso está certo,
Ou se eu parto de um mal julgamento,
Pois metade do mundo eu não quero por perto,
E a outra metade eu lamento.

Eu nao fiz esse mundo ruim,
Mas talvez eu ajude a deixa-lo pior.
Devo ser um monstro sem dó,
Por que na verdade eu não tô nem ai.

Mundo horrivel gente desprezível, a quem vou me justificar?
Tão difícil, em respeito ao vício, deixar o conforto do bar.

ELA NÃO ME PERDOOU
Do buque de rosas que eu mandei pra ela hoje
Nenhuma única pétala ficou
Eu acho que ela ainda não me perdoou
Eu acho que ela não me perdoou

Então eu tive a grande idéia de uma serenata
Levei uma pedrada que quase me matou
Eu acho que ela ainda não me perdoou
Eu acho que ela não me perdoou

Eu não sei o que há de errado
Entender eu sei que não consigo
Se um dia eu for assassinado
Ela vai pro inferno comigo

Mulher difícil, que sacrifício
Fazei somente o que ela vos disser
Não tem parada, não é piada
Pra você ver o amor como é

Se a mulher que voce quer, não te quer mais
E você só foi perceber isso tarde demais
Tudo bem, pois não faz a menor diferença no fim
Eu tenho amigos que gostam de mim
Que não vão se importar se eu ficar com a garrafa de gim, só pra mim

ESCÁRNIO
Tudo brilha, tudo é lindo, e seus amigos são de ouro
Você sabe é um milhonario, um malandro poderoso
A bebida desse doce amacia o cigarro
A fumaça é perfumada, você manda no seu carro

O problema é que no fim vem a conta
O problema é que no fim tem que pagar
O que mata é que o garçom tem um tridente
E vai ter eternidade pra cobrar

Todos riem da piada que não tem nenhuma graça
O mal gosto te define, esculpido em carrara
Os problemas são dos outros
Só importa sua vida, o escárnio é seu comparça, falsidade é sua amiga

O problema é que no fim vem a conta
O problema é que no fim tem que pagar
O que mata é que o garçom tem um tridente
E vai ter eternidade pra cobrar

TUDO ERRADO
Que belo resultado, fico realmente impressionado
O jeito que o sujeito tem de fazer tudo errado
Sabe muito bem que não entende nada
Que não aprende, vai ficando diferente porque fez o dito xis
Fez o que bem quiz, menos o combinado, e não quer que eu fique irritado

Sabe que ta fazendo errado e vai fazendo mesmo assim
Sabe que ta ficando torto e que vai ficar ruim
Sabe que vai ficar por isso e todo compromisso pode deixar de lado
É mesmo um desafortunado, quem acha muito engraçado fazer tudo errado

Junto com o dinheiro posto fora, foi-se a paciencia embora
Já passou da sua hora de sumir daqui
Eu não quero mais que fique, não quero que se explique
Quero ver se me entende e saia já da minha frente
Porque não existe coisa mais nociva que o idiota de iniciativa

Sabe que ta fazendo errado e vai fazendo mesmo assim
Sabe que ta ficando torto e que vai ficar ruim
Sabe que vai ficar por isso e todo compromisso pode deixar de lado
É mesmo um desafortunado, quem acha muito engraçado fazer tudo errado

SACO CHEIO E MAU-HUMOR
Não me dei bem, eu não fui feliz
Não me arrependo do que eu fiz
Mas não foi nada do jeito que eu quis

Eu não gostei mas eu não morri
Eu demorei para digerir
O tempo gigantesco que perdi

Não penso mais
Pois nada traz
De volta o que se passou lá atrás

Se eu não prestar bem atenção
Se eu me deixar pela emoção
Eu vou ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

Se eu não quero, acaba aqui
Se eu não choro eu só posso rir
Pra não ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

Não me dei bem eu não foi feliz
Não me arrependo do que eu fiz
Mas não foi nada do jeito que eu quis

Eu não gostei mas eu não morri
Eu demorei para digerir
O tempo gigantesco que perdi

Não penso mais
Pois nada traz
De volta o que se passou lá atras

Se eu não prestar bem atenção
Se eu me deixar pela emoção
Eu vou ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

Se eu não quero, acaba aqui
Se eu não choro eu só posso rir
Pra não ficar seja onde for, de saco cheio e de mau-humor

ODIOSA NATUREZA HUMANA
Se todo mundo fosse embora
E só eu ficasse aqui
Eu teria nessa hora
Um bom motivo pra sorrir
Se tudo desaparecesse
E nao ficasse mais ninguém
Somente num dia desses
Eu passaria muito bem

Sonho que eu tenho por noites seguidas
Do mundo acabando num belo dia
Sem choro nem despedida
Mesmo porque ninguém se conhecia

Chame de misantropia ou como quiser
Mas você não me engana
Não perde quem desconfia
Culpa da nossa tão odiosa natureza humana

CARVÃO, ENXOFRE E SALITRE
Não faltam juízes que nos condenem
Como não faltam mandados de busca
Deixam claro o medo que sentem
Até nossa sombra os assusta

Só porque assaltamos seus bancos
Porque delapidamos seus bens
Porque nos explodimos as pontes
e descarrilamos seus trens

Só que não tem parede que nos separe
Não tem cadeia que nos segure
Não tem nenhum santo que nos perdoe
Nem diabo que nos ature

Nós somos como água suja que não há processo que filtre
Juntos somos carvão, enxofre e salitre
Juntos temos mãos sujas que não há confissão que absolva
Com pouca pressão, é natural que se exploda

Não tem rotina para o fugitivo
Não tem lugar totalmente seguro
Quem precisa lutar pra estar vivo
Enxerga melhor no escuro

O som de tantas mortes ecoa
Ao longo de tantos anos de luta
A munição que usamos é boa
E a boa vontade, bem curta

Só que não tem parede que nos separe
Não tem cadeia que nos segure
Não tem nenhum santo que nos perdoe
Nem diabo que nos ature

Nós somos como água suja que não há processo que filtre
Juntos somos carvão, enxofre e salitre
Juntos temos mãos sujas que não há confissão que absolva
Com pouca pressão, é natural que se exploda

AMIGO NENHUM
Eu acabei de chegar e já me arrependi
Eu tinha prometido que não voltaria mais aqui
Cai a noite é sempre tudo igual
Começa muito bem, mas acaba muito mal

Passa o tempo, passam gerações e só fica pior
Nessa esquina havia um bar onde jogavam poker de marujo e continua tudo sujo
Continua tudo realmente muito feio
Das lembraças que eu odeio as piores são as que trago daqui

Mil vezes maldita cidade, que infelicidade eu tive de ser mais um
Dos que aqui nasceram respirando perigo
Por isso aqui ninguém se faz de poucos amigos
Aqui ninguém tem amigo nenhum

É muito natural que eu não me sinta bem
Pois chove desgraçadamente desde que eu desci do trem
Complicado até pra caminhar
O vento é tão gelado que é dificil respirar

Sigo um labirinto que me leva de volta ao hotel
O meu quarto empoeirado continua exatamente no estado em que eu deixei
Até o vinho no carpete que eu derramei
Eu só agora eu vi que na verdade eu nunca sai daqui

Mil vezes maldita cidade, que infelicidade eu tive de ser mais um
Dos que aqui nasceram respirando perigo
Por isso aqui ninguém se faz de poucos amigos
Aqui ninguém tem amigo nenhum

CONFORME DISSERAM AS VOZES
Naquele dia comecei a ouvir as vozes
Que me falavam coisas sobre o meu destino
Do dia em que eu me tornaria de um sujeito ordinário
A um sistemático assassino

Eu esperei, conforme disseram as vozes
Pelo sinal do final do nosso tempo
E então passei pela mensagem revelada
Logo na entrada de um grande estacionamento

Não entendia direito todas as vozes
Mal compreendia qual era o objetivo
No entanto, tão rápido que se fala
Enchi o porta-malas do carro com os explosivos

Estacionei, conforme disseram as vozes
Na lateral, junto às portas do cinema
Senti pena pelos carros importados
Mas as vozes garantiram que valeria a pena

E de repente cessaram todas as vozes
Como se nunca tivessem existido
Alívio que seria memorável
Se eu não fosse o responsável por um shopping destruído

E desde então nunca mais ouvi as vozes,
Mas eu duvido que isso mude a minha sorte
O meu futuro é um pouco incerto
Daqui eu sigo direto para o corredor da morte

MELHOR SEM VOCÊ
Acordei sem lembrar o que fiz
Mas pedi pra ninguém me contar
Pela dor de cabeça, eu bebi muito mais do que o figado pôde aguentar

De ressaca eu me sinto feliz
De saber que eu não tenho onde ir
Eu não tenho ninguém esperando, não tenho mais relação pra discutir

Hoje as coisas são como devem ser
E você mesma pode ver
Que a minha vida vai bem melhor baby, sem você

Eu me sinto bem onde estou
Passando minhas férias no bar
Hoje a noite não sei onde vou, mas eu sei muito bem aonde vou parar

Mas não pense que é facil pra mim
Se ninguém me vê reclamar
Tudo o que é bom chega ao fim, sendo assim quem sou eu pra discordar

Hoje as coisas são como devem ser
E você mesma pode ver
Que a minha vida vai bem melhor, baby, sem você

De manhã é tudo agradável
À tarde eu começo a beber
A noite eu fico imprestavel, e não há mais nada que eu pense em fazer

A vida não segue um horário
Faz cada um seu caminho
Quem nasceu pra ser solitário, precisa de muito tempo sozinho

Hoje as coisas são como devem ser
E você mesma pode ver
Que a minha vida vai bem melhor, baby, sem você

A MENOR PACIÊNCIA
Não quero que perca seu tempo comigo, não sou amigo seu e não pretendo ser,
Não quero que perca seu dia, que me dando notícia que eu não quero saber
Não quero ser desagradável, mas não é razoável que me venha pedir
Que fique aqui ouvindo promessa, porque não me interessa o que será disso aqui

Eu não preciso que ninguém venha atormentar meu juízo
Eu não tenho mais a menor paciência pra isso
Eu não preciso que ninguém me de nenhum tipo de aviso
Eu não tenho mesmo a menor paciência pra isso

Não desça do seu aparelho, só pra me dar conselho que eu não vou seguir
Eu sei bem do que me condena, só que não vale a pena tentar corrigir
Não quero que se de ao trabalho, e se for necessário eu torno a dizer
Não se preocupe comigo, eu não sou amigo e não pretendo ser

Aqui eu moro sozinho, não tenho vizinho, até aqui, não tem caminho
Aqui eu vivo isolado, e muito bem, obrigado, não quero ser perturbado
Aqui eu passo tranquilo, longe de tudo aquilo que nunca fez meu estilo
Se alguém morar pra esses lados, o que eu não quero é ser importunado

Eu não preciso que ninguém venha atormentar meu juízo
Eu não tenho mais a menor paciência pra isso
Eu não preciso que ninguém me dê nenhum tipo de aviso
Eu não tenho mesmo a menor paciência pra isso

O BEBUM ACABADO
Que ninguém me cobre atitude, que ninguém me de lição de moral
Que ninguém fale da minha saúde, se volta e meia eu passo mal
Pois se o maior problema ainda fosse a minha desobediência cristã
Já que estou bebendo hoje, só vou parar depois de amanhã

Não penso mais sobre a vida, não mais me ocupo com Deus
A mim, basta a bebida, que serve a todos os problemas meus
Se só o conhaque me ouve, farei do chão do bar meu divã
Se eu estou bebendo hoje só vou parar depois de amanhã

Não me importo com a fama de bebum acabado
Não importa o tempo que ainda falta pro fim
Soube que sai mais uma vez carregado, e mesmo com a chuva eu dormi no jardim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim

Não faço mais amizades, não quero que saibam de mim
Se eu começar a falar sozinho, eu peço que me deixe assim
Não sei onde deixei as chaves, eu não sei onde parei a van
Se eu chegar em casa hoje, vou acordar depois de amanhã

Não me importo com a fama de bebum acabado
Não importa o tempo que ainda falta pro fim
Soube que sai mais de uma vez carregado, e mesmo com a chuva eu dormi no jardim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim
Eu já estou acostumado a ser mal tratado por mim

Um comentário:

Thay Negrão disse...

Eita, se inspirou hoje hein ? rs Até hoje espero seus comentários... tá analisando tudinho é? rs....Bom final de semana, bj!

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