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e ai que tenho três livros de autoria publicada que fiz praticamente tudo neles e vou fixar esse post aqui com os três pra download e todos...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O (OUTRO LADO DO) FIM DO MUNDO

terça-feira, 7 de outubro de 2008, 23:02:23


“Moon river, wider than a mile
I’m crossing you in style some day
Oh, dream maker, you heart breaker
Wherever you’re goin’, I’m goin’ your way

Two drifters, off to see the world
There’s such a lot of world to see
We’re after the same rainbow’s end, waitin’ ‘round the bend
My huckleberry friend, moon river, and me”

– Johnny Mercer e Henry Mancini, “Moon River”, de 1961

“Solidão, caminhar, espero um dia te ver mudar...
Essa vida são escolhas sem direção, nada é linear.
Continuar, sobreviver, pode ser muito cedo pra entender...
(…)
Até que um dia amanhecer e você finalmente perceber... Até que um dia se levantar... (...)
No presente existir, porque a vida é curta e preciso agir”

– Dead Fish, “Noite”, do álbum Afasia, de 2001

A vida é feita de escolhas e decisões. E é uma merda ser altamente impressionável do jeito que eu sou...
Existe um programa do SBT chamado SBT Realidade, que passa dias de segunda-feira e é apresentado até pela (belíssima) Ana Paula Padrão.
Existe uma cidade no estado americano do Alasca chamada Barrow, que fica praticamente no Círculo Polar Ártico, ou seja, no topo do mundo.
Neste programa (que foi até duplo – segunda passada e ontem), o tema foi até essa cidade (Barrow). Eu até fiquei extremamente interessado em ir pra lá, devido eles praticamente estarem pagando as pessoas para morarem e trabalharem lá. “É, pode ser uma boa”, eu pensei. “Ganhar uma grana pra morar lá e mais um adicional pra trabalhar por lá. Que mal pode haver nisso?”. ‘Tá certo que ganhar uma grana é (sempre) importante, mas...
A verdade é que lá é um tremendo puta dum fim do mundo. Eu achava, eu era crente de que, aqui, Ananindeua era o fim do mundo, mas lá... Cidade cú do planeta, com tecnologias e pessoas, mas, se não fosse pela internet (viva a net!) e pela tv, seria completamente isolada do resto do globo. Não que eu seja o cara mais sociável do planeta (porque eu realmente não sou!), porém... Pra todos os lados que se olha, só se vê o branco do gelo, pra cima o azul do céu, e, de quebra, ainda em um período do ano (outubro a novembro) que é somente noite e a cidade funciona à base de luz artificial...
“Por que ‘cê ‘tá se lamentando desse jeito?!?”
É porque, como eu disse, eu sou altamente impressionável e acabei tendo a idéia maluca de querer morar por lá devido justamente eles praticamente estarem pagando as pessoas para morarem e trabalharem lá. E o retardado aqui inventou de se informar pela internet e acabei enviando um currículo e uma requisição de emprego pra lá. Até aí, nada demais... Até chegar em casa e ver a segunda parte do programa sobre a referida cidade em questão (eu nem sabia que seria um programa duplo). Eu até comentei com mamãe e Raquel sobre isso. E então a mamãe disparou à queima-roupa “E se eles te chamarem e não aceitarem um ‘não’ como resposta?”
E, desde então, estou com isso – e isso me apavora real e verdadeiramente.
Lá em Barrow... Lá em Barrow num tem sol, num tem chuva, num tem calor – só tem gelo, gelo, gelo, frio, frio, frio, esquimós, esquimós, esquimós e mais o nada por quilômetros a fio. (“A alguns quilômetros de lugar nenhum”, o Badauí cantaria na música de mesmo nome). Mas, bem, como lá ainda é Estados Unidos, com certeza, lá deve ter rock’n’roll, punk rock, hardcore e metal (grande Gaia, tomara mesmo!). Porééééém, lá não vai ter açaí, nem tapioca, nem feijão, nem tacacá, nem maniçoba, nem a comida da mamãe, nem a Raquel, nem os meus amigos e amigas, nem Praça da República, nem Arraial do Pavulagem, nem convenções de RPG e... Ah, é, só pra completar: legumes e verduras são caros e frango é comida de barão! Caralhoooooooooooooooooooo! Comida lá? Peixe, baleia, e mais umas coisas que não prestei muita atenção. Eu tav’até comentando com o Lucas como deve ser comer carne de baleia com açaí ou carne de foca/morsa com açaí. Deve ser uma coisa... Há, há, há.
Não, pra falar a verdade, isso num tem graça nenhuma.
Eu já me sinto sozinho, só, solitário por aqui, com todo mundo por aqui, imagina lá na casa do caralho, que não vou conhecer ninguém (acho isso meio impossível, uma vez que praticamente todo mundo se conhece por lá). Corrigindo: não vou conhecer muita gente, já que só ando praticamente com os alcoólatras, fumantes, viciados, roqueiros, jogadores de RPG e mais alguns tipos que só podem ser classificados de “anti-sociais fora de seus meios”, vamos ver como é que vão ficar as coisas por lá, caso eu realmente vá mesmo... (Sim, pelo que passou no primeiro programa, lá tem alcoólatra no balde, agora quanto ao resto...)

Eu-tô-com-medo-pra-caralho!

Um comentário:

Raul Thunderbird disse...

Toda mudança é assim, trás temores, incertezas. É por instinto, que o homem, tanto quando os animais, temem o desconhecido, e ter medo é completamente natural. Então, é só esperar e quando chegar a hora, respire fundo e não tenha medo da pancada da vida, erga a cabeça e erga a tua vida. Tu és foda cara! eu tenho conheço, não deixe o medo embaralhar as tuas idéias, respire fundo e siga adiante para outro capítulo dessa incrível saga, A Vida aqui na Terra!
Abraços! e muitas saudades!
\m/

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